Divisão de Controle das Endemias de Ji Paraná Ro http://dcejipa.blogspot.com.br/
Divisão de Controle de Endemias
PLANO DE CONTINGÊNCIA
COMBATE AO AEDES
AEGYPTI
2018/2019
"Ji Paraná, unida contra o Aedes"
Prefeitura Municipal de Ji-Paraná
Marcito
Pinto
Secretário Municipal de Saúde
Renato
Antonio Fuverki
Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde
Emanoela
Maria Rodrigues de Souza
Diretor da Divisão de Controle de Endemias
Samuel
Antonio dos Santos
Equipe Técnica:
Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde
Ademir
Ferreira de Farias
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Alinny Rezende
Santos Ferreira
Coordenador Técnico do Núcleo de Vigilância Epidemiológica
Hospitalar
Thiago Butszk
Freire
Coordenação do Programa de FA/DENGUE
Gezu
Justino
INTRODUÇÃO
O presente plano de Contingência está sendo elaborado em
atenção ao que preconiza o programa nacional, de competência do Ministério da
Saúde, referente ao combate ao Aedes Aegypti no país, e diante da atual
situação epidemiológica da dengue, Chikungunya e o Zika vírus no estado de
Rondônia, caracterizada por surtos epidêmicos em diversos municípios, o que
torna preocupante para a gestão municipal dos serviços de saúde, no que diz
respeito ao atendimento à rede básica.
O trabalho
proposto, através do plano de ações de combate ao Aedes Aegypti, consiste na
atual situação vivenciada no município de Ji-Paraná, no que se refere à dengue,
Chikungunya e Zika Vírus, endemias de gravidade considerável e que, em razão do
período chuvoso a tendência de elevação de focos é uma constante. Com um índice
populacional estimado em aproximadamente 130.000 habitantes, o risco de
ocorrência de epidemia é iminente. Considerando ainda a localização regional do
município de Ji-Paraná, tende-se a favorecer a instalação e permanência do
mosquito Aedes Aegypti, por ser uma
região de clima quente e úmido e durante o período da chuva é grande o acúmulo
de água parada nos domicílios e demais estabelecimentos, aumentando o número de
criadouros do mosquito, acrescendo assim o índice de infestação predial no
município e conseqüentemente o aumento da doença.
A maior parte da população pode ser
considerada de classe baixa e média, característica que enfatiza a necessidade
da permanência na vigilância em saúde.
Ji-Paraná está localizado na região central do estado,
sendo obrigatória a passagem de transportes terrestres na travessia para
diferentes estados da região amazônica. Em face desta força maior, a chegada de
diferentes tipos de criadouros é diária no município. Os serviços de saneamento
urbano são bastante precários e com essa deficiência a proliferação do
transmissor torna-se mais acentuada.
Baseado nessas condições que se
apresenta o município de Ji-Paraná, os serviços de saúde devem estar alerta
para situações de crise, implantando uma ampla estrutura e ações eficazes que
permitam conter a transmissão das endemias, reduzir as internações e evitar
possíveis óbitos, bem como minimizar as consequências socioeconômicas da
população
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-POLITICA DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ
Ji-paraná foi emancipado
politicamente em 11 de outubro de 1977. Sua instalação ocorreu em 22 de
novembro de 1977, através da Lei nº 6.448.
Prefeito Municipal: Marcito Pinto
Unidade federativa: Rondônia
Mesorregião: Leste
Rondoniense - IBGE/2008
Microrregião: Ji-Paraná -
IBGE/2008
Municípios limítrofes: Vale
do Anari (N), Mato Grosso (L), Ouro Preto do Oeste, Vale do Paraíso, Theobroma,
Urupá, Teixeirópolis (O), Presidente Médici e Ministro Andreazza (S).
Distância até a capital do
estado, Porto Velho é de 373 Km.
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS
Área: 6.897 Km²
População: 132.667 habitantes
IBGE/2018
Densidade: 16,91habitantes/ Km²
Altitude: 170 m
Clima: equatorial AM
Fuso horário: UTC - 4
Ji-paraná é um município
brasileiro
do estado de Rondônia com uma estimada em 2017 de 132.667 habitantes, é o segundo
mais populoso do estado e o décimo sexto mais populoso da Região Norte do
Brasil, a 210ª mais populosa do Brasil e a 113ª mais populosa cidade do
interior brasileiro. A cidade é movida por indústrias de transformação, laticínios
e uma considerável extensão agropecuária.
O nome do
município é de origem indígena, significando rio-machado. Onde Ji seria machado e
Paraná, grande rio. A cidade também é conhecida por Coração de Rondônia, devido
a localização da cidade na região central do estado e a presença de uma ilha,
com o formato que lembra um coração,
localizada na confluência dos rios Machado e Urupá.
ASPECTOS GERAIS DO
SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ
Segundo o PDR
(Plano Diretor Regionalização da Saúde) Ji-Paraná é Pólo Regional de Saúde e
exerce um papel importante na área de saúde do Estado por ser o centro de uma
micro-região ocupada por habitantes que recorrem diariamente aos serviços
médicos, hospitalares e laboratoriais do município. Este movimento aumentou de
forma significativa após a instalação do PDR.
O
município de Ji-paraná encontra-se habilitado na Gestão Plena do Sistema
Municipal de Saúde, conforme cadastro do CNES.
De acordo com levantamento feito
através do sistema de cadastro de estabelecimento de saúde (CNES) o município
de Ji-Paraná possui uma rede instalada de saúde com as seguintes estruturas:
Estabelecimentos
públicos e privados de saúde do município de Ji-Paraná
Cadastrados no
CNES-2018.
Hospital público municipal
|
01
|
Hospital
particular
|
03
|
Hospital
filantrópico - Santa Casa de Misericórdia
|
01
|
Unidade básica
de saúde municipal urbana
|
12
|
Unidade básica
de saúde municipal rural
|
02
|
Unidade básica
de atenção a saúde da mulher
|
02
|
Hemocentro
|
01
|
Centro de
referencia em DST/AIDS
|
01
|
Centro de
atenção Psicossocial tipo II
|
01
|
Clínica de
hemodiálise
|
01
|
Leitos de UTI
– conveniados ao SUS
|
06
|
Centro de
Controle de Zoonoses
|
01
|
Clínica de
reabilitação oral, auditiva e física
|
01
|
Fonte: CNES/2018
DIRETRIZES GERAIS
A proposta referida no plano de ações de
combate a dengue 2018/2019 , foi elaborada em consonância com todos os
responsáveis dos programas inerentes às ações pertinentes ao programa de
combate a dengue do município de Ji-Paraná, sendo realizado por um grupo
técnico do Departamento de Vigilância em Saúde.
Contemplando em seu
conteúdo as ações de vigilância epidemiológica, combate ao vetor Aedes aegypti, através de visita
domiciliar, inspeção predial, eliminação de criadouros, tratamento de depósitos,
assistência ao paciente, desenvolvimento de ações educativas como: orientação,
comunicação, sensibilização e mobilização social e avaliação dos resultados
durante e após sua execução.
Como resposta conclusiva
tem-se a apreciação do Conselho Municipal de Saúde.
OBJETIVOS GERAIS
·
Reduzir os índices de
infestação predial pelo Aedes aegypti
·
Reduzir a incidência das
doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
·
Manter em 0 o índice de
letalidade e outras complicações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Intensificar as notificações e investigações
dos casos suspeitos de dengue.
·
Observar
o ambiente doméstico, descobrir locais, situações e hábitos familiares que
possam servir de criadouros do mosquito Aedes
aegypti, tomando as medidas necessárias para mudá-los ou eliminá-los.
·
Relacionar
e colocar em prática formas preventivas criando meios desfavoráveis para a
proliferação do vetor.
·
Sensibilizar
profissionais dos estabelecimentos de saúde público/privado para a
implementação no diagnóstico e manejo clínico do paciente.
·
Colaborar
com o programa de combate e controle do Aedes, participando continuamente das
ações a serem desenvolvidas, contribuindo na divulgação das medidas de
prevenção.
COMPONENTES DO PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE
1- Divisão de Vigilância Epidemiológica
Com um trabalho
simultâneo às outras ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e controle da endemia, a vigilância epidemiológica da
dengue, Chikungunya e Zika vírus objetiva reduzir o número de casos e a
ocorrência da epidemia, sendo de fundamental importância que a implementação
das atividades de controle ocorra em momento oportuno. Neste caso oportunidade
é entendida como detecção precoce da circulação viral e adoção de medidas de
bloqueio adequadas para interromper a transmissão.
1.3 – INTENSIFICAÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .
·
Fortalecer o papel da vigilância
epidemiológica como norteadora das ações de controle da dengue;
·
Promover discussões
conjuntas com equipes de controle de vetores e de vigilância, visando a adoção
de medidas capazes de reduzir (impedir) a circulação viral em momento oportuno;
·
Intensificar
as notificações e investigações dos casos suspeitos de dengue dando enfâse aos casos (FHD e DCC);
·
Implantar
a notificação via Unidade de Resposta
Rápida dos casos suspeitos de FHD e óbitos;
·
Intensificar o
encerramento oportuno dos
casos de dengue;
·
Avaliar a distribuição dos casos suspeitos de
dengue por bairros, semanalmente para acompanhamento da dinâmica
de transmissão;
· Realizar investigação
epidemiológica de todos os casos suspeitos e/ou confirmados de FHD, DCC e
óbitos (SINAN-NET);
·
Capacitar 01 (uma) equipe de profissionais da
saúde quanto ao preenchimento do formulário da notificação;
·
Implementar equipes de plantão para a
realização de notificação (Formulário SINAN-NET) nos Pronto Atendimentos e
Hospital Municipal no período crítico, evitando a sub-notificação.
1.4 – Medidas de
Controle
·
Acompanhar
sistematicamente a evolução temporal da incidência de casos em cada área
da cidade e confrontar com os índices de infestação vetorial.
· Realizar vigilância ativa de casos
e da circulação viral em função da ocorrência
de inúmeras infecções oligossintomáticas e problemas com sub-notificação e
sub-registro de casos. Desta forma, definir unidades sentinelas em áreas
estratégicas da cidade e fazer coleta de material de indivíduos com suspeita de
dengue para isolamento viral e/ou sorologia.
· Investigar o local provável de infecção, verificando cuidadosamente a
possibilidade de ser caso autóctone. Não existem medidas de proteção especifica direcionada ao homem,
uma vez que não há disponibilidade de vacina ou antivirais. A notificação/investigação dos casos suspeitos, a investigação do local provável de infecção
e a busca ativa de casos são elementos fundamentais da vigilância.
1.5 - Análises
de Dados
· A análise dos dados das investigações deve permitir a avaliação da
magnitude do problema e orientar as medidas adotadas. Deve ser feita
sistematicamente, e sua periodicidade dependerá da situação epidemiológica e da
organização do fluxo de informações, para que as mesmas possam subsidiar a análise
da situação epidemiológica e otimizar o uso dos recursos de controle
disponíveis.
· Os dados referentes aos casos devem ser consolidados, agrupados e
ordenados segundo características de pessoa, tempo, lugar, possibilitando
avaliação de tendência da doença e comparação com igual período em anos
anteriores (se necessário),
1.6 – Vigilância Laboratorial
Este
sub-componente da Divisão de Vigilância Epidemiológica tem como função precípua
o aprimoramento da capacidade de diagnóstico laboratorial dos casos. A
vigilância laboratorial será empregada para atender a demanda inerente a
vigilância epidemiológica, não sendo o seu propósito o diagnóstico de todos os
casos suspeitos. Em situações de epidemia utiliza-se o critério de vínculo
clínico e epidemiológico para confirmação dos casos. Em relação às atividades
laboratoriais, o município realiza apenas a coleta do sangue para sorologia e
envia as amostras para o LACEN (Laboratório Central) em Porto Velho
semanalmente.
1.7 – Área de Assistência
·
Organizar a assistência aos doentes, à partir da atenção
básica e garantindo serviços de referência e contra referência nos municípios
que tenham hospitais de média e alta complexidade;
·
Equipe Médica e de Enfermagem capacitada quanto ao manejo
clínico dos doentes, tanto da Rede Básica quanto hospitalar;
·
Leitos disponíveis no Hospital Municipal de Ji-Paraná para
atender os casos mais graves da doença.
·
Seguir o protocolo do Ministério da Saúde quanto à definição
de caso de Febre Hemorrágica da Dengue e Dengue com complicações;
·
Integrar a discussão com as áreas de atenção básica, média e
alta complexidade;
·
Enviar protocolo clínico para todos os hospitais;
·
Implementar o uso do cartão de acompanhamento do paciente com
Dengue a partir das Unidades Básicas.
1.8 – Capacidade Operacional para estrutura Física
e Recursos Humanos
A Divisão de Vigilância
Epidemiológica possui em sua estrutura os seguintes recursos:
*Estrutura Física
05 (cinco) Computadores para
Analise de dados e Sistema de Informação (SINAN-NET)
02 (duas) motos
01 (um) laboratório para coleta de
sorologia (Lab. da Vigilância Epidemiológica)
2– Divisão de
Controle e Endemias
Execução e Implementação das ações de Operação de Campo no Combate ao
Aedes Aegypti, Exercício 2018/2019.
Considerando
a meta recomendada pelo Ministério da Saúde que é reduzir os Índices de
Infestação Predial – IIP pelo Aedes aegypti, para menos de 1%, índice
considerado de baixo risco para transmissão de dengue, se faz necessário a intensificação de algumas ações de combate ao
mosquito transmissor da doença, tais como:
-
Visitas domiciliares: Serão realizadas anualmente 06 (seis) visitas
domiciliares nos imóveis existentes no município, tendo essa atividade o
objetivo de abordar os moradores e conscientizá-los da importância dos cuidados
que deverão ter em seu domicílio com relação àqueles objetos que possam
acumular água, formando ali um criadouro do mosquito, trazendo sérios riscos
para a saúde dos moradores e comunidade em geral;
-
Tratamento focal: visa à eliminação de larvas.
-
Bloqueio da transmissão: realizado nos imóveis com notificações de
suspeita de dengue, Zika Vírus ou
Chikungunya, através do controle químico (UBV costal e UBV pesado)
-
Investigação in loco: formação de 01 (uma) equipe para atuar no trabalho de
vistoria no local denunciado por terceiro.
-
Fossa séptica: utilização de telas nos suspiros das fossas, para bloquear a
entrada e saída de mosquitos, bem como a orientação ao morador sobre como
proceder em caso de fossa com alguma irregularidade estrutural.
-
Coleta de pneus: 01 (uma) equipe de ACE na coleta de pneus nos locais que
acumulam pneus inservíveis, destinando posteriormente à coleta, para o eco
ponto, (depósito dos pneus), e recolhidos posteriormente pela ANIP (Associação
Nacional da Indústria Pneumático) onde é dada sua destinação final;
-
Assistência aos casos com complexidades: Criação de uma equipe de
orientação e notificação pelos agentes de endemias, acompanhado de dois agentes
da Vigilância sanitária ou Ambiental, para os casos mais complexos (aqueles
casos que não são respeitadas as orientações do agente de endemias) com
notificação e encaminhamento para os setores responsáveis e, se necessário, a
aplicação de multa;
-
Adequação e integração de ações de campo: visita domiciliar, eliminação de
criadouro, coleta de lixo doméstico em locais prioritários, seguindo critérios
entomológicos e epidemiológicos;
-
Mutirão de limpeza: coleta de entulhos, priorizando os bairros que apresentarem
alto índice de notificações de casos positivos em dengue durante o período
epidêmico;
-
Força tarefa conjunta: veículos de apoio no mutirão de limpeza e coleta de
entulhos, envolvendo o Departamento de Vigilância em Saúde, Secretaria de Obras
e outros segmentos do município;
-
Terreno baldio: Orientação e notificação de limpeza em terreno baldio, no
sentido de não deixar que as pessoas descartem lixos nos mesmos formando
criadouros de mosquito;
2.1 – Outras medidas
Contato direto com o gestor e coordenação estadual do programa de
controle da dengue;
Ações complementares ao Plano de Ação no Combate a
dengue, frente a razões que justificam tal medida;
Limpeza urbana (manejo ambiental), para
redução das fontes produtoras de alados (mosquito adulto), uma vez que a
eficácia do inseticida somente ocorre sobre os mosquitos adultos que estão
sustentando a transmissão de dengue;
Aplicação dos inseticidas
(adulticidas e larvicidas) sendo estes liberados mediante as Normas Técnicas do
Programa Nacional de Controle da Dengue/Ministério da Saúde.
2.2 - SITUAÇÃO ATUAL
Precipuamente, as ações de combate ao vetor têm a função de
eliminar os criadouros de mosquito, e reduzir a infestação do mosquito adulto e
desta forma interromper a cadeia de transmissão da doença.
Simultaneamente às ações realizadas será feita avaliação
continuada das atividades desenvolvidas pelos programas do Departamento de
Vigilância em Saúde, responsáveis pelo combate e controle da dengue no
município. Com essa comunicação intersetorial haverá o entendimento de que o
controle do vetor somente será possível através do trabalho em conjunto entre
os profissionais de saúde do município/estado, gestor municipal e sociedade em
geral.
2.7 – Capacidade Operacional
A Divisão de Controle de Endemias
possui em sua estrutura os seguintes recursos materiais:
- 04 computadores
- 01 impressora
- 02 veículos Pick up
Saveiro;
- 01 veículo FIAT Doblô
- 01 Caminhão F-4000;
- 05 motocicletas.
Na
área de recursos humanos temos 37
(trinta e sete) Agentes
de Endemias envolvidos diretamente com as visitas domiciliares, divididos em 06
(seis) equipes, além de 06(seis) supervisores e (01) Coordenador do Programa
FA/Dengue,
3.0 – Divisão de Educação Permanente em Saúde
O principal objetivo deste departamento é fomentar o
desenvolvimento de ações educativas para a mudança comportamental e a adoção de
práticas para a manutenção do ambiente domiciliar preservando da infestação do
mosquito transmissor da dengue Aedes aegypti, observadas a sazonal idade
da doença e a realidade local quanto aos principais criadouros. A comunicação
social terá como objetivo divulgar e informar sobre as ações de educação em
saúde e mobilização social para mudança de comportamento e hábitos da
população, buscando evitar a presença e reprodução do transmissor nos
domicílios por meio de recursos disponíveis.
As idéias propostas em torno do plano de ações educativas
visam a mudança de comportamento da comunidade, ou seja, através da prática de
diferentes condutas em seu dia a dia
as pessoas irão
gradativamente se conscientizando de que a prevenção é imprescindível para a
obtenção e conservação de uma saúde plena.
Para atender a demanda existencial em comunicação social
e educação em saúde no tocante a prevenção, combate e controle do vetor da
dengue, O Departamento de Vigilância em Saúde conta com uma equipe que faz o
trabalho buscando parceiros para realização de ações conjuntas na prevenção da
doença, desenvolve trabalhos na rede de ensino do município, define e realizam
ações educativas juntamente com a comunidade através de seus representantes e
demais segmentos do município.
3.1 - AÇÕES PROGRAMÁTICAS
Integração dos agentes do PACS e PSF
com Agente de Endemias no controle da DENGUE através de capacitações;
Planejar, organizar e realizar o dia de
mobilização contra a dengue no município. (Campanha Nacional do Dia “D” de
Combate ao aedes);
Articulação em torno das Empresas, indústrias e
outras instituições com visitas e mobilização ao combate do mosquito;
Desenvolvimento de campanhas publicitárias de
conscientização da população através da mídia (rádios, televisões, jornais
etc);
Elaboração e
distribuição de material educativo (cartilha, banner cartaz e folder) por meio
de ações mobilizadoras com a população;
Divulgação e publicação das ações desenvolvidas;
Avaliação de resultados.
3.2
- INTEGRAÇÕES INTERSETORIAIS
Todos os segmentos
responsáveis e/ou comprometidos em razão de sua competência pelo combate e
controle do mosquito transmissor Aedes
aegypti no município de Ji-Paraná:
- Secretaria Municipal de Saúde - SEMUSA
- Divisão de Controle de Endemias
- Divisão de Vigilância Epidemiológica
- Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde
- Programas PACS/PSF
- Conselho Municipal de Saúde
- Secretaria de Ação Social - SEMAS
- Secretaria de
Obras
- Secretaria do
Meio Ambiente
- Associações de
bairros
- Escolas
Técnicas
- Universidades
- Seduc
- Semec
- Escolas e
creches particulares
- Poder
Judiciário
- Lideranças e
entidades religiosas
- ACIJIP/CDL
- Imprensa
- Entidades
filantrópicas
- outros
4 - Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde
·
Execução de atividades nas áreas alagadas, com
distribuição de hipoclorito de sódio, verificação e tratamento nas fossas
negras que acumularam água no período das enchentes e orientação aos moradores
no sentido de provável infestação do mosquito Aedes aegypti;
·
Promover a ampliação da cobertura da população
urbana com instalações domiciliares adequadas para armazenamento de água,
resíduos sólidos e disposição dos esgotamentos sanitários através das melhorias
sanitárias (confecção de lixeiras, manilhas, tampa de fossas e caixa d’águas)
contribuindo para a redução da proliferação do vetor Aedes aegypti;
·
Adotar medidas educativas para minimização da
geração de resíduos sólidos;
·
Intensificar as visitas domiciliares sanitárias
através de ações educativas e se necessário punitivas, para efetivo controle da
Dengue.
·
5 - Apresentação de
sugestões complementares ao Plano anual de Controle do Aedes
O
Plano de Contingência Municipal propõe a Intensificação das Ações de Controle
da Dengue onde deverá incorporar as experiências nacionais e internacionais de
controle, enfatizando a necessidade de mudança nos modelos anteriores,
fundamentalmente em alguns aspectos essenciais: O desenvolvimento de campanhas
de informação e de mobilização das pessoas, de maneira a criar-se uma maior
responsabilização da sociedade na manutenção de seu ambiente doméstico e
comercial livre de potenciais criadouros do vetor.
Sugerimos o
fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para ampliar a
capacidade de predição e de detecção precoce de surtos da doença, a melhoria da
qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor, a integração das ações de
controle da dengue com atenção básica.
Ressaltamos
ainda a importância da utilização de instrumentos legais que facilitem o
trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais,
casas abandonadas etc. O desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de
acompanhamento e supervisão das ações.
O plano de
contingência visa trabalhar em parceria com diversos setores do Município de
Ji-Paraná, tais como: Divisão de Controle de Endemias, Divisão de
Epidemiologia, Divisão de Educação em Saúde, Divisão de Vigilância Ambiental,
Vigilância Sanitária, Secretaria de Obras e entidades privadas.
6 – CONCLUSÃO
Enquanto trabalhamos medidas que assegurem a melhoria assistencial à
população do município, a fim de garantir seu bem estar pleno e evitar casos de
óbitos, novas ações poderão se aplicadas de acordo com a situação detectada.
Tendo em vista que, estamos vivenciando, a nível nacional, uma constante ameaça
de epidemia de dengue.
Sabe-se que para controlar a dengue o
primeiro passo é a redução do índice de infestação predial e, para que isso
aconteça, é necessário à participação de toda a sociedade, pois observamos que
os focos predominantes com a presença do Aedes aegypti estão intra e peri domiciliar. Portanto, a
responsabilidade da redução dos casos de dengue não é tão somente do poder
público, mas sim, com o envolvimento de toda a sociedade.