Bem-vindos ao nosso site!!!

Seja bem-vindo ao nosso site!!!


PORTAL DO SERVIDOR PUBLICO DO BRASIL: PÁGINA OFICIAL

PORTAL DO SERVIDOR PUBLICO DO BRASIL: PÁGINA OFICIAL
CURTA NOSSA PSPB

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O que é Febre Chikungunya?

O que é Febre Chikungunya?



O vírus é transmitido pela picada de mosquistos fêmea infectados como o Aedes aegypti. Após o contato de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de três a sete dias.

Os sintomas são muito parecidos com os da Dengue: febre e dor muscular. Não há um tratamento capaz de curar a infecção, e nornalmente, os infectados fazem o uso de analgésicos para aliviar os sintomas.
Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)

Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.

Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.

Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.

A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.

Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e numerosos outros países por meio de viajantes infectados. A preocupação com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o vírus advindo da Índia.

As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu na Ilha Réunion.

Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan, França, Estados Unidos e Brasil, trazidos por viajantes advindos, respectivamente, da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudoeste asiático.

Atualmente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. Isso quer dizer que a febre chikungunya está migrando e pode chegar ao Brasil, onde os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm todas as condições de espalhar esse novo vírus.

Getty Images
Febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aedypti

Causas



A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre chikungunya podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.

A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.

Fatores de risco

A febre chikungunya pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos. Entretanto, a apresentação clínica é conhecida por variar de acordo com a idade, sendo os muito jovens (neonatal) e idosos os mais afetados pelas manifestações graves da doença. Além da idade, as comorbidades (doenças subjacentes) também vêm sendo identificadas como fator de risco para pior evolução da doença.


A maioria das infecções por CHIKV que ocorre durante a gravidez não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros relatos de abortos espontâneos após a infecção maternal por febre chikungunya. Aqueles infectados durante o período intraparto podem também desenvolver doenças neurológicas, sintomas hemorrágicos e doença do miocárdio. Anormalidades laboratoriais incluíram testes de função hepática aumentados, plaquetas e contagem de linfócitos reduzidos e níveis de protrombina diminuídos.

Indivíduos maiores de 65 anos tiveram uma taxa de mortalidade 50 vezes superior quando comparados ao adulto jovem (menores de 45 anos de idade). Apesar de não ser claro por que os adultos mais velhos têm um risco aumentado para doença mais grave, pode ser devido à frequência de comorbidades ou resposta imunológica diminuída.

 sintomas

Sintomas de Febre Chikungunya

O período de incubação da febre chikungunya varia de dois a 12 dias. Muitas pessoas infectadas com CHIKV não apresentarão sintomas. O quadro clínico é muito semelhante ao da dengue, e os sintomas de febre chikungunya são:
  • Febre
  • Dor nas articulações
  • Dor nas costas
  • Dor de cabeça.
Outros sintomas incluem:
  • Erupções cutâneas
  • Fadiga
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Mialgias.
Os sintomas comuns de chikungunya são graves e muitas vezes debilitantes, sendo as mãos e pés mais afetados. No entanto, pernas e costas inferiores frequentemente podem estar envolvidas.

Febre chikungunya x Dengue

A febre chikungunya deve ser diferenciada da dengue, a qual tem um potencial para resultados muito piores, incluindo a morte. Entretanto, as duas doenças podem ocorrer juntas no mesmo paciente.



Observações de surtos prévios na Tailândia e na Índia têm demonstrado as principais características que distinguem o CHIKV de dengue. Na febre chikungunya, o choque ou hemorragia grave são raramente observados. O início é mais agudo e a duração da febre é muito mais curta.

Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa na presença na dengue, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e tendões nos casos de febre chikungunya.

 diagnóstico e exames

Diagnóstico de Febre Chikungunya



Se você suspeita de febre chikungunya, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue). A partir de uma amostra de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos específicos para combater o CHIKV no sangue. Isso indicará que o vírus está circulando pelo seu corpo e que o organismo está tentando combatê-lo.

Para diferenciar febre chikungunya da dengue, outros exames podem ser feitos:

- Testes de coagulação;Eletrólitos;Hematócrito;Enzimas do fígado;Contagem de plaquetas;Teste do torniquete: amarra-se uma borrachinha no braço para prender a circulação. Se aparecerem pontos vermelhos sobre a prele, é um sinal da manifestação hemorrágica da dengue;Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.

tratamento e cuidados

Tratamento de Febre Chikungunya



Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre chikungunya. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.

É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.

Como na dengue, pacientes com febre chikungunya devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

 convivendo (prognóstico)

Complicações possíveis



A mortalidade por febre chikungunya é muito pequena. Entretanto, um aumento na taxa de óbito absoluto foi relatado durante as epidemias de 2004-2008 na Índia e na Ilha Maurício.

Após os primeiros dez dias, a maioria dos pacientes sentirá uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos. Isso é muito comum entre dois e três meses após o início da doença. Alguns pacientes também podem desenvolver distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, a maioria dos pacientes reclama de sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.

Estudos da África do Sul mostraram que 12%-18% dos pacientes terão sintomas persistentes de 18 meses a três anos. Em estudos mais recentes na Índia, a proporção de pacientes com sintomas persistentes em dez meses após o início da doença foi de 49%, enquanto dados da Ilha Reunión demonstraram que 80%-93% dos pacientes se queixam de sintomas persistentes três meses após o início da doença, reduzindo para 57% aos 15 meses e 46% aos dois anos.

O sintoma persistente mais comum é dor nas articulações decorrentes de inflamação, geralmente as mesmas articulações afetadas durante os estágios agudos. Outros sintomas, como cansaço e depressão, podem persistir após a fase aguda da doença.

Entre os fatores de risco para não recuperação estão idade avançada (mais de 65 anos), problemas de articulação pré-existentes e doenças agudas mais graves.

 prevenção

Prevenção



O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre chikungunya! Veja como eliminar o risco:


Evite o acúmulo de águaO mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.




Coloque areia nos vasos de plantasO uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.



Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre chikungunya devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.


Limpe as calhasGrandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de febre chikungunya, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.




Coloque tela nas janelasEmbora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.




Lagos caseiros e aquáriosAssim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de febre chikungunya deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.




Seja consciente com seu lixoNão despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.




Uso de repelentesO uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a febre chikungunya. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Suplementação vitamínica do complexo B

Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra a febre chikungunya. A estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.

 fontes e referências

  • Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
  • Ministério da Saúde
  • Modificado a partir de: UJVARI, Stefan Cunha. Pandemias - A humanidade em risco; Editora Contexto, 2011; P53-69.

Procedimentos a serem adotados para a vigilância da Febre do Chikungunya no Brasil


Procedimentos a serem adotados para a vigilância da Febre do Chikungunya no Brasil



A Febre do Chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Ae. aegypti e Ae. albopictus os principais vetores. A doença tem transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, e até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil. No final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe.

Até a semana epidemiológica 35 de 2014, foram confirmados 33 casos de Febre Chikungunya no Brasil, todos importados de outros países. Dois casos ainda estão em investigação. Atualização periódica do número de casos nesses países pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico: http://bit.ly/Z7pLCy

A infecção pelo vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. O período médio de incubação da doença é de três e sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus. O tratamento sintomático é o indicado. A doença pode manifestar-se clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crônica. Na fase aguda os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia (predominantemente nas extremidades e nas grandes articulações). Também é frequente a ocorrência de exantema maculopapular. Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.

A definição de caso proposta pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para vigilância na Américas, e adotada pelo Ministério da Saúde, segue os seguintes critérios:

• Caso suspeito: paciente com febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa com inicio agudo, não explicada por outras condições, sendo residente ou visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas;

• Caso confirmado: caso suspeito com um dos seguintes testes específicos para diagnóstico de CHIK: o Isolamento viral; o Detecção de RNA viral por RT-PCR; o Detecção de IgM em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou convalescente); o Aumento de quatro vezes no título de anticorpos específicos anti-CHIKV (amostras coletadas com pelo menos 2-3 semanas de intervalo);
Considerando o quadro epidemiológico atual, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) recomenda às secretarias estaduais e municipais de saúde as seguintes orientações:

• Divulgar aos profissionais de saúde as informações relativas aos aspectos clínicos da infecção pelo vírus Chikungunya, enfatizando a importância do diagnóstico diferencial para dengue e outras viroses.

• Divulgar os países com transmissão autóctone de Chikungunya.

• Notificar imediatamente os casos suspeitos conforme orientação constante no Anexo 2;

• Coletar amostras dos casos suspeitos e encaminhá-las para diagnóstico ao Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referencia nacional, de acordo com os fluxos de envio de amostras estabelecidos pelo Lacen do estado;

• Intensificar as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e peri-urbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais do Programa Nacional de Controle da Dengue. • Em caso de ocorrência de casos suspeitos em áreas restritas à presença de Aedes albopictus, as ações de bloqueio de casos devem ser realizadas com as mesmas medidas estabelecidas para o controle do Aedes aegypti.
Visando a implantação do sistema de vigilância e monitoramento da Febre do Chikungunya no país, a SVS adotou as seguintes medidas:

• Importação de conjugado para produção de antígenos e distribuição para os LACEN;

• Treinamento de técnicos da rede de laboratórios de referencia para realização do diagnóstico de Chikungunya;

• Envio de dois profissionais médicos ao surto de Chikungunya na Martinica para atualização no manejo dos pacientes e posteriores capacitações da rede de saúde;

• Elaboração do Manual de Preparação e Resposta diante da introdução do Vírus Chikungunya no Brasil;

• Atualização da distribuição geográfica atual do Aedes albopictus no Brasil;

• Adequação do LIRAa para inclusão de informações mais detalhadas para Aedes albopictus;

• Acompanhamento e monitoramento semanal do surto de Chikungunya no Caribe pelo Comitê de Monitoramento de Emergências em Saúde Pública (CME).

Informações mais detalhadas sobre a doença podem ser consultadas no documento da OPAS : Guía de Preparación y respuesta ante la eventual introducción del virus chikungunya en la Américas (Disponível em: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=9053&Itemid=39843 ).

Países com transmissão endêmica ou com epidemia do Vírus Chikungunya

Ásia: Camboja, Timor Lest, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Maldivas, Mianmar, Paquistão, Filipinas, Ilha da Reunião, Seychelles, Singapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã.
África: Benin, Burundi, Camarões, República Centro Africano, Comores, Congo (RDC), Guiné Equatorial, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Mayotte, Nigéria, Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zimbabwe.
Europa: Além de taxas de incidência menores causadas por casos importados de viajantes, a Itália é o único país europeu que tem tido um surto.
Américas: Caribe Latino (Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, São Martinho/França e São Bartolomeu) Caribe não Latino (Anguilla, Aruba, Dominica, Saint Kitts e Nevis, São Martinho/Holanda e Ilhas Virgens/Reino Unido). Fonte: CDC,OMS

Orientações para notificação de caso suspeito de Chikungunya

Conforme Anexo II da Portaria MS Nº104 de 25 de Janeiro de 2011, os casos suspeitos de Chikungunya devem ser comunicados/notificados em até 24 horas a partir da suspeita inicial. O profissional deve comunicar à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em até, no máximo, 24 horas. Caso a SMS não disponha de estrutura e fluxos para receber as notificações de emergências epidemiológicas dentro deste período, principalmente nos finais de semana, feriados e período noturno, a notificação deverá ser feita à Secretaria Estadual de Saúde (SES). Caso a SMS ou SES não disponha de estrutura para receber as notificações de emergências epidemiológicas, o profissional pode ligar gratuitamente para o Disque Notifica (0800-644-6645), serviço de atendimento telefônico destinado aos profissionais de saúde. O atendimento funciona 24 horas por dia durante todos os dias da semana. Esta notificação também poderá ser feita por meio do correio eletrônico (e-mail) do CIEVS nacional, o E-notifica(notifica@saude.gov.br ).

Reforça-se que a notificação realizada pelos meios de comunicação não isenta o profissional ou serviço de saúde de realizar o registro dessa notificação nos instrumentos estabelecidos (acesso a cópia da ficha de notificação/conclusão individual:




Perguntas e Respostas sobre Chikungunya

CARACTERÍSTICAS
O que é Chikungunya?

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
O que significa o nome?

Significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Qual a área de circulação do vírus?

O vírus circula em alguns países da África e da Ásia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o ano de 2004 o vírus já foi identificado em 19 países. Naquele ano, um surto na costa do Quênia propagou o vírus para Comores, Ilhas Reunião e outras ilhas do oceano Índico, chegando, em 2006, à Índia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Cingapura, Malásia e Indonésia. Nesse período, foram registrados aproximadamente 1,9 milhão de casos – a maioria na Índia. Em 2007, o vírus foi identificado na Itália. Em 2010, há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan – todos com transmissão sustentada. França e Estados Unidos também registraram casos em 2010, mas sem transmissão autóctone (quando a pessoa se infecta no local onde vive). Recentemente o vírus foi identificado nas Américas.
Qual é a situação do Chikungunya nas Américas?

No final de 2013, foi registrada transmissão autóctone em vários países do Caribe (Anguila, Aruba, Dominica, Guadalupe, Guiana Francesa, Ilhas Virgens Britânicas, Martinica, República Dominicana, São Bartolomeu, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Martinho) e em março de 2014, na República Dominicana. Toda a população do continente é considerada como vulnerável, por dois motivos: como nunca circulou antes em nossa região, ninguém tem imunidade ao vírus e ambos os mosquitos capazes de transmitir a doença estão presentes em praticamente todas as áreas das Américas.

SINAIS E SINTOMAS
Quais os principais sinais e sintomas?

Febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Como se identifica um caso suspeito?

O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Após a picada do mosquito, em quantos dias ocorre o início dos sintomas?

De dois a dez dias, podendo chegar a 12 dias. Esse é o chamado período de incubação.
Se a pessoa for picada neste período, infectará o mosquito?

Isso pode ocorrer um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea. Este período é chamado de viremia.
Dor nas articulações também não ocorre nos casos de dengue?

Sim, mas a intensidade é menor. Em se tratando de Chikungunya, é importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos).
Existem grupos de maior risco?

O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
As pessoas podem ter Chikungunya e dengue ao mesmo tempo?

Sim.

TRANSMISSÃO
Como o vírus é transmitido?

O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas e peri-urbanas em menor densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia.
Qual a diferença entre a distribuição dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus?

O Aedes aegypti tem presença essencialmente urbana e a fêmea alimenta‐se preferencialmente de sangue humano. O mosquito adulto encontra‐se dentro das residências e os habitats das larvas estão mais frequentemente em depósitos artificiais (pratos de vasos de plantas, lixo acumulado, pneus, recipientes abandonados etc.). O Aedes albopictus está presente majoritariamente em áreas rurais, peri-urbanas e alimenta‐se principalmente de sangue de outros animais, embora também possa se alimentar de sangue humano. Suas larvas são encontradas mais frequentemente em habitats naturais, como internódios de bambu, buracos em árvores e cascas de frutas. Recipientes artificiais abandonados nas florestas e em plantações também podem servir de criadouros.
Se um pessoa for picada por um mosquito infectado necessariamente ficará doente?

Não. Em média, 30% das pessoas infectadas são assintomáticas, ou seja, não apresentam os sinais e sintomas clássicos da doença.
Quem se infecta com o vírus fica imune?

Sim. Quem apresentar a infecção fica imune o resto da vida.
Uma pessoa doente pode infectar outra saudável?

Não existe transmissão entre pessoas. A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.
A mãe grávida transmite o vírus para o bebê?

Não há evidências de que o vírus seja transmitido da mãe para o feto durante a gravidez. Porém, a infecção pode ocorrer durante o parto. Também não há evidências de transmissão pelo leite materno.
É possível a transmissão por transfusão sanguínea?

Com os cuidados da segurança do sangue que a rede de hemocentros no Brasil já adota para evitar transmissão de doenças por transfusão, não se considera essa via uma forma de transmissão com importância para a saúde pública.

NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Já existem casos no Brasil? 

No Brasil, os três primeiros casos, todos fora do país, foram identificados em 2010: dois homens que estiveram na Indonésia – um de 41 anos, do Rio de Janeiro, e outro de 55 anos, de São Paulo; e uma mulher de 25 anos, também de São Paulo, que esteve na Índia. As pessoas atingidas já se recuperaram. Os casos foram informados à OPAS e à OMS. O Ministério da Saúde tem alertado as Secretarias Estaduais de Saúde para manterem os serviços de saúde atentos às pessoas que venham de áreas com transmissão e apresentem os sintomas da doença.
Que medidas podem ser adotadas para evitar a disseminação do vírus?

O mais importante é evitar os criadouros dos mosquitos que podem transmitir a doença. Isso previne tanto a ocorrência de surtos de dengue como de Chikungunya. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência, ao local de atendimento dos pacientes e nos aeroportos internacionais da cidade em que aqueles residam.
Há transmissão autóctone no Brasil?

Até o momento, não. Os casos identificados foram de pessoas que se infectaram no exterior.
A notificação de casos é obrigatória?

No Brasil, sim. Os casos suspeitos de Chikungunya devem ser comunicados e/ou notificados em até 24 horas a partir da suspeita inicial. Qualquer estabelecimento de saúde, público ou privado, deve informar a ocorrência de casos suspeitos às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde.

DIAGNÓSTICO
Como saber se de fato uma pessoa tem Chikungunya?

O vírus só pode ser detectado em exames de laboratório. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis nos laboratórios de referência da rede pública.
Quantos laboratórios capacitados existem no Brasil? Existe algum de referência?

Atualmente, o laboratório de referência para realizar o diagnóstico laboratorial do Chikungunya é o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, localizado no Pará. Outros laboratórios de saúde pública estão em fase de treinamento para adotar o exame de detecção do vírus CHIKV.

• Fluxo das amostras para laboratório de referência de acordo com a região do país: 
 Região Norte – Instituto Evandro Chagas (IEC);
 Região Nordeste – Lacen/CE e Lacen/PE;
 Região Sudeste – Instituto Adolfo Lutz-SP, Fundação Nacional Ezequiel Dias-MG (Funed) e Fundação Oswaldo Cruz-RJ (Fiocruz);
 Região Sul – Lacen/PR;
 Região Centro-Oeste – Lacen/DF.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Como é feito o tratamento?

Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
É necessário isolar o paciente?

Como não existe transmissão autóctone no Brasil, é necessário que o paciente evite deslocamento, utilize medidas de proteção individual e permaneça em repouso durante o período de viremia.
O que as pessoas podem fazer para se prevenir?

Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. As medidas que as pessoas devem tomar são exatamente as mesmas recomendadas para a prevenção da dengue.
Existe vacina?

Não.

VIGILÂNCIA DE CASOS IMPORTADOS
Há casos em que é necessário internar a pessoa?

Sim, mas apenas nos casos que apresentarem maior gravidade.
Em quanto tempo o paciente se recupera?

Em geral, em dez dias após o início dos sintomas. No entanto, em alguns casos as dores nas articulações podem persistir por meses. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica.
A doença pode matar?

As mortes são raras. Dados da epidemia ocorrida em 2004, nas Ilhas Reunião, indicaram taxa de letalidade de 0,1% (256 mortes em um total de 266 mil casos). Entretanto, na Índia, em 2006, houve 1,3 milhão de casos e nenhuma morte registrada.

ORIENTAÇÕES EM CASO DE SUSPEITA
Será adotada alguma medida em fronteiras e aeroportos?

Para doenças como Chikungunya não existem medidas efetivas em fronteiras ou aeroportos, pois a pessoa pode viajar durante o período de incubação ou ser um caso assintomático. Além disso, os sintomas de Chikungunya são semelhantes aos de outras doenças. Assim, a melhor prevenção e cada pessoa buscar eliminar os criadouros de mosquitos na sua casa e vizinhança.
O que a pessoa deve fazer se suspeitar que tem Chikungunya?

Procurar a unidade de saúde mais próxima, imediatamente. E, fundamental: NÃO TOMAR REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos.
O que as pessoas podem fazer para evitar a doença?

Como a doença Chikungunya é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros das espécies. Elas são exatamente as mesmas para o controle da dengue, basicamente, não deixar acumular água em recipientes. Entre outras medidas, são muito efetivas: verificar se a caixa d´água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta. Os procedimentos de controle são semelhantes para ambos os mosquitos.

Link externo (em inglês) 
OMS – www.who.int/mediacentre/factsheets/fs327/en/



Por Ministério da Saúde

Informação para profissionais de saúde

DA Febre de Chikungunya

file:///C:/Users/User/Downloads/POR_CHIK_Aide-memoire_-clinicians%20(1).pdf

Ministério da Saúde lança campanha contra dengue e febre chikungunya - C...

Ministério da Saúde lança campanha para combater a dengue e a febre chikungunya

Ministério da Saúde lança campanha para combater a dengue e a febre chikungunya

05 novembro, 2014

A febre Chikungunya e a dengue têm um denominador comum: ambas as doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti . Com a chegada do período das chuvas, a preocupação cresce em relação à proliferação do inseto, que se reproduz em água parada. O Ministério da Saúde, por meio do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA'a), identificou as regiões de maior risco.
 
No total, participaram do levantamento deste ano 1463 municípios. Os resultados mostraram que 813 estão em situação satisfatória, 533 em alerta e 117 em situação de risco para a ocorrência de dengue. O Nordeste é a região que concentra o maior número de municípios em situação de risco - 96 dos 727 avaliados.
Por enquanto, há 10 capitais em alerta: Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. Em compensação, 11 capitais apresentaram resultados satisfatórios: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa. “Qualquer município brasileiro que tenha uma população elevada dos mosquitos Aedes Aegypti eAedes albopictus está sujeito à febre chikungunya”, explica Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde. Na região Sudeste, 55% dos depósitos de água encontrados, lugares propícios para a proliferação do mosquito, são domiciliares. É aquela água que se acumula nos vasos, na calha das casas, nas garrafas abandonadas no quintal. A preocupação agora é ainda maior já que, por causa da crise de abastecimento causada pela estiagem, muitas famílias têm armazenado água em casa.
 receio das autoridades frente à chikungunya é a perda de capacidade de diagnosticar a dengue, cuja taxa de mortalidade é muito mais elevada. Confundir os sintomas das duas doenças na hora de realizar o diagnóstico pode ser um problema. "Todas as equipes de saúde que atuam nas unidades básicas estão sendo orientadas, por meio dos protocolos clínicos, para que possam reconhecer os sintomas, tanto de dengue como chikungunya”, explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. É preciso estar atento sobretudo aos sinais de agravamento da dengue, vômitos e dores abdominais, que podem levar o paciente a uma situação bem complicada, chegando até a óbito.
A palavra de ordem é prevenção

“É preciso realizar um esforço conjunto para combater o mosquito. Se cada um olhar a sua própria casa, contribui muito para a prevenção", afirmou secretário de Vigilância da Saúde, Jarbas Barbosa. O levantamento confirma o apelo do secretário, já que 80% dos focos de mosquito foram encontrados dentro de domicílios. O grande problema é que o UBV, o “fumacê” como é chamado o aparelho utilizado pelas prefeituras para eliminar o vetor das doenças, só funciona para os mosquitos adultos: não afeta as larvas. Por isso, se os focos de proliferação do mosquito não forem eliminados, 15 dias depois, quando o inseto torna-se adulto, a doença pode ser transmitida novamente.

Para aumentar os esforços de mobilização das prefeituras, secretarias municipais de saúde e, claro, da próxima sociedade, foram escolhidas duas datas para a realização maciça da campanha: 6 de dezembro e 7 de fevereiro. "As medidas de prevenção para a dengue e chikungunya são as mesmas. Por isso, devemos intensificar as ações", disse o ministro.
Sobre a Febre chikungunya

Além de ter como vetor o mosquito Aedes Aegypti, o vírus CHIKV, causador da doença, também é transmitido por um outro tipo de mosquito, o Aedes albopictus. O principal sintoma da doença é uma dor intensa nas articulações, que pode persistir durante meses. Não é à toa que o nome dado à doença, chikungunya, significa “aquele que se dobra” em swahili, o idioma oficial de países como a Tanzânia. Outras manifestações clássicas da doença são: febre acima de 39 graus, dor de cabeça e muscular, náusea e vermelhidão na pele, que começa no tronco e avança para as extremidades do corpo. Era uma doença comum na África e na Ásia e chegou à América pelo Caribe Francês.

O primeiro caso autóctone no Brasil foi confirmado em setembro de 2014. Até dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou um total de 824 casos. São 330 em Oiapoque, 371 em Feira de Santana, 82 em Riachão do Jacuípe, um em Matozinho e um em Campo Grande.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Avaliação da Colinesterase Sangüínea Humana

Avaliação da Colinesterase Sangüínea Humana

Avaliação da colinesterase sanguínea humana - ACE


 
Avaliação da colinesterase sanguínea humana - ACE 
A Colinesterase é a enzima responsável pela hidrólise (destruição) da acetilcolina. Esta encontra-se presente nas sinapses (terminações nervosas), servindo como mediadora química da transmissão de impulsos nervosos através de fibras pré-ganglionares parassimpáticas e pós-ganglionares simpáticas. A acetilcolina, quando em excesso, é prejudicial. Para evitar isso, a colinesterase sanguínea quebra a acetilcolina quase instantaneamente, inativando-a, à medida que ela vai sendo elaborada. Essa reação química dá origem à colina e ao ácido acético, ambos inofensivos para o organismo.

Existem dois tipos de colinesterases: acetilcolinesterase ou colinesterase verdadeira (eritrocitária) existente nas hemácias, no tecido nervoso e nos músculos estriados, sendo esta a de maior importância na destruição da acetilcolina; e a pseudocolinesterase ou inespecífica, presente em quase todos os tecidos, principalmente no fígado, no plasma, pâncreas e no intestino delgado e em menor concentração no sistema nervoso central e periférico. A pseudocolinesterase encontrada no soro diminui antes daquela encontrada nas hemácias, sendo portanto, indicador biológico da exposição a inseticidas organofosforados.

Os inseticidas organofosforados e carbamatos são poderosos inibidores da colinesterase, sendo os organofosforados muito utilizados atualmente em saúde pública, em especial pelo PEAa. Com objetivo de garantir a proteção da saúde dos manipuladores desses inseticidas, os convênios do PEAa que estão sendo celebrados atualmente com Estados e Municípios contêm cláusula em que se comprometem a garantir aos manipuladores desses produtos exames periódicos e uso de equipamento de proteção individual (EPI).

A colinesterase pode sofrer alterações com diminuição da sua concentração basal em pessoas que são expostas constantemente a esses inseticidas. Os valores da colinesterase podem sofrer diminuição também em pacientes portadores de alguma doença hepáticas (hepatite viral, doença amebiana, cirrose, carcinomas, congestão hepática por insuficiência cardíaca), desnutrição, infecções agudas, anemias, infarto do miocárdio e dermatomiosite e alcoolismo.

Considerando que os níveis basais da colinesterase sofrem variações de uma pessoa para outra, é importante realizar o teste basal (pré-exposição) antecipadamente nas pessoas que irão ter contato com organofosforados e carbamatos.

A dosagem periódica da colinesterase sanguínea em manipuladores desses inseticidas é obrigatória, devendo ser realizada no mínimo a cada seis meses, podendo reduzir-se este período a critério do médico coordenador ou do médico agente da inspeção de trabalho ou, ainda, mediante negociação coletiva de trabalho. A FUNASA/MS, através do seu serviço médico, definiu que a periodicidade dos exames deverá ser quinzenal, e, para cada resultado encontrado, haverá um procedimento que vai desde o afastamento temporário até o definitivo afastamento das atividades com inseticidas.

A avaliação dos resultados depende do kit em uso. Atualmente, existem dois testes de campo: um que determina a atividade colinesterásica e o outro a sua inibição e kits espectrofotométricos. Tais resultados devem ser correlacionados com os antecedentes patológicos do paciente.

Finalmente, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e o apropriado manuseio desses inseticidas constituem medidas de suma importância na prevenção da saúde do trabalhador.

Nesse sentido, constituirão objeto de permanente preocupação por parte dos responsáveis pela programação e execução do combate ao Aedes aegypti as normas regulamentadoras de prevenção e controle da saúde dos grupos ocupacionais incumbidos das atividades descritas neste Manual. Extraído “Manual Técnico do Combate a Dengue”, FUNASA Abril/2001, páginas 62 e 63. 

COMENTÁRIO:


A análise da colinesterase deve ser feita a cada quadrimestre, é obrigatória para as Secretarias Municipais de Saúde, que devem enviar amostras coletadas dos agentes de saúde ambiental ao LACEN de seu Estado e/ou município.

DE:   Madruga /DCEJIPA

Recomendações quanto ao Manuseio de Inseticidas e Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Recomendações quanto ao Manuseio de Inseticidas e Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O combate ao Aedes aegypti envolve algumas vezes o controle químico
mediante o uso de produtos inseticidas que pertencem ao grupo dos
organofosforados e dos piretróides.
Evidentemente, o manuseio desses inseticidas implica cuidados que visam à
prevenção de acidentes, bem como à manutenção da saúde do trabalhador que, por necessidade de manipulação, mantém contato direto com tais produtos. As
orientações detalhadas constam do Manual Controle de Vetores – Procedimentos de Segurança – FUNASA, 2001.
A manipulação dos inseticidas requer:
- Em relação ao uso de temephós, é recomendado que seja evitado o contato
prolongado direto do inseticida com a pele. O inseticida deve ser transportado sempre em sacos plásticos ou depósitos plásticos com tampa, até o momento
da aplicação;
- Em relação ao uso de piretróides e organofosforados, PM, CE ou GT-UBV,
os aplicadores devem evitar o contato direto do produto com a pele, na
formulação original ou diluída. No caso do inseticida em pó molhável, ele deve ser transportado sempre em sacos plásticos, até o momento da diluição;
- Como medida de segurança, recomenda-se que mulheres gestantes evitem
trabalhar com inseticidas, devendo, nesse período, serem aproveitadas em
outras atividades

Em relação ao trabalho com inseticidas ultrabaixo-volume, são
recomendados os seguintes cuidados:

Não fumar ou comer (qualquer alimento) durante a aplicação;
Usar equipamento de segurança individual (EPI, conforme descrito);
Evitar qualquer contato com o inseticida e, se isto acontecer
acidentalmente, lavar o local imediatamente com água e sabão, trocar o
uniforme e tomar banho após cada etapa do trabalho (no fim do expediente
da manhã e da tarde);

Usar uniforme limpo, bem como os acessórios de segurança já referidos. O
uniforme deverá ser lavado diariamente com água e sabão.

Tratamento a Ultra Baixo Volume – UBV

Tratamento a Ultra Baixo Volume – UBV 

Consiste na aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume. Nesse
método as partículas são muito pequenas, geralmente se situando abaixo de 30 micras de diâmetro, sendo de 10 a 15 micras de diâmetro médio, o ideal para o combate ao Aedes aegypti, quando o equipamento for do tipo UBV pesado.
O uso deve ser restrito a epidemias, como forma complementar para 
promover a rápida interrupção da transmissão de Dengue, de preferência associado a mutirão de limpeza e eliminação de depósitos.
Devido ao reduzido tamanho das partículas, este método de aplicação atinge
a superfície do corpo do mosquito mais extensamente do que através de qualquer outro tipo de pulverização.


Vantagens deste Método 

Redução rápida da população adulta de Aedes;
Alto rendimento com maior área tratada por unidade de tempo;
Melhor adesividade das partículas ao corpo do mosquito adulto;
Por serem as partículas muito pequenas e leves, são carregadas pelo ar,
podendo ser lançadas a distâncias compatíveis com a largura dos
quarteirões.

 Desvantagens deste Método 

Exige mão-de-obra especializada;
Sofre influência do vento, chuva e temperatura;
Pouca ou nenhuma ação sobre as formas imaturas do vetor;
Ação corrosiva sobre pintura de automóveis, quando o tamanho médio
das partículas do inseticida for superior a 40 micras;
Necessidade de assistência técnica especializada;
Elimina outros insetos quando usado de forma indiscriminada;
Não elimina mais que 80 % dos mosquitos;
Nenhum poder residual.
Cuidados especiais devem ser observados para obter-se êxito na aplicação de
inseticida a Ultra Baixo-Volume. Para isso, recomenda-se que a pulverização com equipamento pesado seja sempre feita na parte da manhã, bem cedo, ou ao anoitecer, uma vez que nesses períodos do dia normalmente não existe correntes de ar significativas, que poderiam influenciar a eficácia da aplicação, além de facilitar a operacionalidade do conjunto UBV devido a menor intensidade do tráfego urbano de veículos nesses horários.

O método não deverá ser empregado quando a velocidade do vento for 
superior a 6 km/hora para que as partículas aspergidas não sejam transportadas ara fora da área objeto de tratamento.

Quando a máquina pulverizadora for do tipo montada sobre veículo, a
velocidade deste nunca deve ultrapassar 16 km/hora durante o processo de
aplicação. Neste caso, a boquilha do pulverizador deve ser direcionada para as casas, obedecendo a um ângulo de inclinação de aproximadamente 45 graus, com vazão regulada de acordo com o inseticida utilizado e velocidade do veículo.

 CUIDADOS

Durante a aplicação o agente evitará o contato do inseticida com os olhos e
demais partes do corpo; não tratará o interior de fábricas, depósitos ou armazéns que contenham alimentos; não fará aplicação em áreas com plantações de
verduras, cereais, frutas.
Deverá ter cuidado especial para que as máquinas estejam bem reguladas
de modo que produzam partículas que não manchem pinturas de carro, mármores e outras. Deverá cuidar ainda para que o local de limpeza das máquinas seja sempre em áreas distantes de rios, córregos ou locais que tenham animais, evitando-se, assim, envenenamento ou a poluição do ambiente.
O tratamento pelo método UBV deve ser feito em ciclos semanais para que
sejam atingidos os adultos provenientes de ovos e larvas remanescentes.
Recomenda-se que o tratamento seja feito em uma cobertura completa na área selecionada, no menor espaço de tempo possível, repetindo-se o tratamento na semana seguinte.
A UBV portátil vem sendo utilizada como forma complementar a UBV
pesada, principalmente nas áreas de difícil acesso, como favelas, e são utilizados os seguintes equipamentos na aplicação de inseticidas por UBV portátil o Termonebulizador portátil motorizado;Nebulizador portátil motorizado;