Divisão de Controle das Endemias de Ji Paraná Ro http://dcejipa.blogspot.com.br/
O período
chuvoso proporciona um melhor ambiente para a proliferação do mosquito
transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, por esse motivo, a Divisão de Controle
das Endemias (DCE) e Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) faz um alerta
à população e pede que todos os cidadãos colaborem fiscalizando suas
residências, como também os locais de trabalho, afim de que sejam
eliminados todos os locais que acumulam água, como cacos de telha, pneus
velhos, vasos de plantas, fossas,caixa d’água, etc.
De acordo
com o Levantamento de Índice Rápido (LIRA) realizado pela Divisão de Controle
de Endemias no mês de outubro em Ji-Paraná, o índice de infestação
predial relativo ao Aedes Aegypt está na ordem de 1,4%, isso que dizer
que, com base nos parâmetros do Ministério da Saúde, o município está em
estado de alerta.
Para o
controle da infestação do mosquito, 44 agentes da Divisão do Controle de
Endemias, realizam regularmente visitas domiciliares de cunho educativo,
abrangendo os 63 bairros do município. Nestas visitas são realizadas as
vistorias em busca de possíveis focos do mosquito e são repassadas
orientações aos moradores quanto às formas de prevenção da proliferação
do Aedes Aegypti. Em conjunto com a Divisão de Epidemiologia, também é
realizada bloqueios das áreas onde são notificados possíveis casos de
dengue através do Tratamento de Ultra Baixo Volume (UBV- Fumacê).
“Sabemos
que várias regiões brasileiras estão vivendo na eminência de um surto de DENGUE,Febre chikungunya e Zika Vírus e Microcefalia e não queremos que Ji-Paraná seja afetado. Temos conseguido
manter a situação sob controle, os casos de dengue vêem diminuindo ano a
ano, mas a colaboração da população é imprescindível para que consigamos
manter esses resultados. Por favor, tirem alguns minutos do seu dia e façam uma
ronda em suas residências, no seu trabalho, em busca de locais que possam
ser possíveis criadouros do mosquito, e os eliminem. Por mais que
realizemos o nosso trabalho de combate, os focos estão dentro
das residências, que devem ser fiscalizadas dia a dia por seus
proprietários’.
LISTA DE VERIFICAÇÃO DE MEDIDAS A SEREM ADOTADAS PARA O CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI.
A população unida é a melhor arma de combate ao mosquito Aedes Aegypiti
A população unida é a melhor arma de combate ao mosquito Aedes Aegypiti
A MANEIRA MAS EFICAZ COM A RELAÇÃO AOS INSETICIDAS SÃO:
1) Encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de plantas;
2) Lavar semanalmente, por dentro, com escovas e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
3) Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias, etc;
4) Manter bem tampados tonéis e barris d’água;
5) Lavar principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água, como jarras, garrafas, potes, baldes, etc;
6) Manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada;
7) Trocar a água e lavar, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, o vaso de plantas aquáticas, pelo menos uma vez por semana;
8) Manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
9) Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
10) Não jogar lixo em terrenos baldios;
11) Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
12) Não deixar a água de chuva acumulada sobre a laje;
13) Lavar com escova, água e sabão os pratinhos dos vasos de plantas, pelo menos uma vez por semana, caso não tenha sido colocada a areia;
14) Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guardá-los sem água, em local coberto e abrigado de chuva;
15) Vedar bem as fossas
16) Manter o vaso sanitário bem fechado
17) Ficar atento no caso de ralo do banheiro, cozinha etc..
18) Guardar garrafas sempre de cabeça para baixo.
ESTAGIO LARVÁRIO DO AEDES AEGYPITI
OVO
LARVAS
PUPA
MOSQUITO (ALADO)
Zika Vírus: a biopolítica dos úteros
controle das populações ganha nomes originais a depender da época. Já foi eugenia, agora é prevenção. Cada tempo teria sua biopolítica e seus inimigos do bem-estar, permitam-me lembrar Michel Foucault. O infeliz da vez é o zika vírus; e, com pouca originalidade, a população são os úteros das mulheres. O aumento na notificação de recém-nascidos com microcefalia em áreas endêmicas de dengue acendeu a hipótese de que haveria causalidade entre o zika e a má-formação. O Instituto Evandro Chagas encontrou o vírus em tecidos e sangue de um único bebê, e o alarde foi internacional: “Ministério da Saúde confirma relação entre zika vírus e microcefalia”.
Quanta ambiguidade e terror nesse anúncio. Em ciência, “relação” pode ser tudo e nada ao mesmo tempo. Há uma diferença entre causa e relação — o que precisamos saber é se o zika vírus causa a microcefalia no feto. Por que essa diferença importa? Porque relação pode ser erro científico — “o risco de sarampo é maior entre os consumidores de tomates” diz o quê? Que entre as pessoas que gostam de tomate, muitas tiveram sarampo, mas nada sobre a causa do sarampo. Não quero aqui contestar que uma nova descoberta científica possa estar em curso, apenas estranhar como uma hipótese, um único caso de relação comprovada, pode ter sido suficiente para um alerta de saúde pública com consequências importantes para as mulheres. E não quaisquer mulheres, mas as pobres e nordestinas.
Há tempos convivemos com a dengue. O mosquito Aedes aegypti é daqueles cujo nome científico é conhecido sem decoreba de escola. A dengue é doença da vida comum, todas nós conhecemos alguém que já sentiu as dores cortantes do vírus da dengue. A microcefalia no feto é outra ordem de inquietação sanitária — a má-formação não tem cura e, mesmo o diagnóstico sendo feito intraútero, não há direito ao aborto no Brasil. Os dados epidemiológicos anunciam um crescimento de dez vezes nos casos notificados — de pouco mais de cem nos últimos cinco anos, agora identificamos mais de mil recém-nascidos com microcefalia. E os casos são complexos: em alguns bebês, há múltiplas más-formações; em outros, apenas a microcefalia.
Se essa é uma “situação inédita para a pesquisa científica mundial”, segundo o Ministério da Saúde, para a história do controle dos corpos das mulheres, é repetição do já-vivido. A biopolítica tem nas mulheres alvo preferido — não se esperam certezas científicas para anunciar que a melhor prevenção da microcefalia é não engravidar; que para conter o crescimento populacional é preciso restringir número de filhos; que, para que não haja crianças na rua, esterilizar mulheres pobres seria a saída. Esse não é um bom anúncio. A única prevenção ao zika vírus é o controle do mosquito. O resto é política de saúde para amadores.Debora Diniz é antropóloga, professora da Universidade de Brasília, pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética e autora do livro “Cadeia: relatos sobre mulheres” (Civilização Brasileira). Este artigo é parte do falatório Vozes da Igualdade, que todas as semanas assume um tema difícil para vídeos e conversas. Para saber mais sobre o tema deste artigo, siga https://www.facebook.com/AnisBioetica.
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