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PORTAL DO SERVIDOR PUBLICO DO BRASIL: PÁGINA OFICIAL

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Larvicida mais eficiente no combate à dengue será utilizado a partir de segunda nos bairros de Ji Paraná Ro.

Larvicida mais eficiente no combate à dengue será utilizado a partir de segunda nos bairros de Ji Paraná Ro.



A partir desta segunda-feira, 23 de novembro, será incluído um novo larvicida no combate a dengue em Ji -Paraná, é o Pyritroxyfen em pó, em substituição ao Organofosforado Temefós Abate. A diferença entre os dois é que a nova substância é mais eficiente que a anterior. Ela não controla diretamente as larvas de mosquito, mas age imitando o hormônio juvenil do inseto e no quarto estágio interrompe o processo normal de desenvolvimento do inseto, que resulta em anormalidade da larva e da pupa, na mortalidade da pupa.

Portanto o novo LARVICIDA não mata imediatamente a larva, mas inibe o crescimento desta, que morre quando chega ao estádio de pupa por estar debilitada. Basta apenas 1 grama do pó para tratar 500 litros de água. “A vantagem em relação ao anterior, é que ele consegue matar a pupa, o Temefós Abate só matam a larva. Dali ele não passa não vira mais mosquito”.

O tempo de ação do novo larvicida também é de 60 dias, este é o período suficiente para que as equipes voltem e façam novamente o tratamento. No entanto informamos o índice de infestação predial registrado no último LIRAª foi de 2,3%, Outubro de 2014 muito além do suportado pelo Ministério da Saúde, que é de <-1%. 

A ação do larvicida consiste na inibição do crescimento do mosquito Aedes aegypti, levando-o a má formação e esterilidade, caso o ovo consiga eclodir. “Essa forma de ação permite um efetivo controle de larvas, com baixa dosagem, reduzindo dessa forma os riscos de intoxicação e contaminação”, 

“Quanto à população, os profissionais da saúde continuam pedindo que se mantenha mobilizada, eliminando de suas casas, apartamentos e outros imóveis os objetos que acumulam água, que atenda os agentes durante as inspeções nas residências e aproveite para tirar possíveis dúvidas. 


edes aegypti adulto se alimentando.
Seu abdome está cheio de sangue.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


fêmea adulta do Aedes aegypti põe ovos
principalmente em recipientes artificiais
com água limpa e estagnada em ambientes domésticos.
Crédito: Vieira G.J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.




Aedes albopictus é vetor de diversas
infecções arboriais, especialmente a dengue.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


Aedes albopictus de barriga cheia.
Listrado, também é chamado de mosquito-tigre.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


Larva do Aedes albopictus. Ele causa pequenos surtos
de dengue principalmente no Sudeste da Ásia.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. 



Larva e pupa do do mosquito Aedes albopictus,
o vetor secundário da dengue.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


Uma larva quebra a casca do ovo. As larvas
se desenvolvem na água e se tornam pupas.
Crédito: cortesia de Secundino NFC Pimenta Nacif R Pimenta PFP Miranda da Cruz D., Laboratório de Entomologia Médica.



Fêmea adulta de Aedes aegypti,
vetor do vírus da dengue, picando uma pessoa.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


Ovos de Aedes aegypti. As fêmeas adultas
depositam entre 5 e 500 ovos na água.
Crédito: Berhnard Nocht, Institute for Tropical Medicine and Garms


As pupas de Aedes aegypti vivem na água, em recipientes
feitos pelo homem e em ambientes domésticos.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


As larvas de Aedes aegypti passam por quatro estágios de desenvolvimento. Em condições ideais, o processo leva 7 dias.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.

sábado, 15 de novembro de 2014

INFORME TÉCNICO FEBRE AMARELA

INFORME TÉCNICO



Centro de Vigilância Epidemiológica
"Prof. Alexandre Vranjac"
Divisão de Imunização, Divisão de Zoonoses 

e de Doenças Transmitidas por Vetores


Febre amarela

 visão geral

O que é Febre amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), e de gravidade variável. Possui dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre primatas não humanos, onde o vírus é transmitido por mosquitos silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil desde 1942).

Causas

A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus da febre amarela, (pertencente ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae) ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado. O vírus e a evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febre amarela urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor da doença. A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus. Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela urbana.

 sintomas

Sintomas de Febre amarela

Dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

tratamento e cuidados

Tratamento de Febre amarela

Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva.

 prevenção

Prevenção

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. A vacina contra febre amarela é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. É administrada em dose única a partir dos 9 meses de idade e é válida por 10 anos. Deve ser aplicada 10 dias antes de viagens para as áreas de risco de transmissão da doença. O Aedes aegyptiprolifera-se nas proximidades de habitações, em recipientes que acumulam água limpa e parada. Para evitar a proliferação do mosquito devem ser adotadas medidas simples como colocar areia nos pratinhos de plantas, cobrir recipientes que acumulam água - lixeiras,pneus,caixas d'água, tonéis,retirar água de lajes,desentupir calhas,guardar garrafas de vidros ou pet,baldes e vasos vazios e de boca para baixo
1. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS


A febre amarela é um dos maiores problemas de saúde pública, pela sua gravidade e pela sua influência na política e na econômica de um país.


Desde 1942 não se registra no Brasil surto epidêmico de Febre Amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti. Os 3 últimos casos ocorreram no ACRE. Na África ainda ocorrem epidemias de Febre Amarela Urbana, em regiões contíguas a regiões de floresta chuvosa, onde a Febre Amarela Silvestre é enzoótica.

No Brasil a Febre Amarela Silvestre é enzoótica em uma enorme área constituída pelos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e DF (tabela 1).

Até 1997, a incidência dos casos apresentava certa regularidade, com epidemias cíclicas, a intervalos mais ou menos regulares de cinco a sete anos, alternados com pequena ocorrência de casos. A partir de 1998 esta tendência se modificou, com aumento progressivo do número de casos confirmados, com tendência de deslocamento para o sul e leste, expansão da área de transição e reativação ou ativação de novos focos da doença para áreas, até então consideradas indenes (figura 1).

Em 1998 ocorreu, em nosso país, um surto na ilha de Marajó – Pará - com transmissão prosseguindo em 1999.

Em 2000 ocorreram casos humanos nos estados de Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, São Paulo e Tocantins.

No primeiro trimestre de 2001 ocorreu um surto no estado de Minas Gerais, nas regionais de Divinópolis e de Patos de Minas e em 2003 no vale do Jequitinhonha.

Em 2004, foram confirmados 5 casos, 3 no Amazonas e 2 no Pará, com 2 óbitos.

Em 2005 tivemos 3 casos, 2 no Amazonas e 1 em Roraima com 3 óbitos.

Nestes últimos anos também se observa intensificação da circulação viral em países vizinhos ao Brasil, principalmente Peru e Bolívia.


No estado de São Paulo os casos de febre amarela ocorreram até a década de cinqüenta (figura 2). Em 2000, foram notificados dois casos na região de São José do Rio Preto (municípios de Santa Albertina e Ouroeste, residentes respectivamente em São José do Rio Preto e Dolcinópolis), além de casos importados em outros municípios (figura 3).


No início de 2003, houve a informação de morte de um macaco no município de Miguelópolis (figura 4) pertencente à regional de Franca. As mortes em macacos podem significar a ocorrência de surtos de febre amarela entre estes primatas e, mesmo não havendo a possibilidade de identificar a causa deste óbito (notificação tardia), mas considerando a localização geográfica do município (fronteira com Minas Gerais) e a situação epidemiológica da febre amarela silvestre no país foram adotadas as seguintes estratégias:

- vacinação casa-a-casa, imediata, da população ribeirinha ao rio Grande;

- coleta de informações junto a esta população sobre a morte de primatas e casos suspeitos em humanos;

- intensificação da vacinação de viajantes para esta área;

- busca ativa de casos com quadro clínico de febre, icterícia e hemorragia;

- intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti para afastar a possibilidade de reurbanização da doença;

- instituição junto aos municípios de toda a área de transição da notificação de óbitos de macacos à Vigilância Epidemiológica regional;

- planejamento de intensificação da vacinação da população residente em todos os municípios da área de transição no estado de São Paulo;

As investigações realizadas naquele ano não identificaram casos de febre amarela em humanos ou em macacos, no entanto as recomendações para a vacinação de TODA a população residente na área, especialmente a ribeirinha e da área rural, além dos viajantes que para lá se dirigem se mantém atualmente. 


1.1. Modo de Transmissão

Nas zonas urbanas e em alguns aglomerados rurais a transmissão é pela picada do Aedes aegypti infectado e nas selvas da América do Sul, pela picada de mosquitos silvestres, tais como : Haemagogus janthinomys, Haemagogus albomaculatus, Haemagogus leucocelaenus e Sabethes chlopterus.

1.2. Período de Incubação

Varia de 3 a 6 dias.

1.3 Período de Transmissibilidade

O sangue do paciente é infectante para o mosquito pouco antes do início da febre e durante os 3 a 4 primeiros dias da doença. Localidades onde existam muitas pessoas suscetíveis e densidade elevada de mosquitos transmissores, estão sujeitas a ocorrência de epidemias.

O ciclo extrínseco de incubação do vírus no Aedes aegypti é, em geral de 9 a 12 dias nas temperaturas normais de verão (23º a 32º C). Uma vez infectado, o Aedes aegypti assim permanecerá durante toda a vida, que dura em média de 30 a 60 dias.

É importante ressaltar a possibilidade de que um indivíduo picado na mata, por mosquitos silvestres infectados, chegue a localidades infestadas por Aedes aegypti ainda no período de incubação ou em plena fase virêmica. Nestas condições, pode ser picado por estes mosquitos e dar início 9 a 12 dias mais tarde, a um surto urbano da doença.

1.4. Suscetibilidade e Resistência

A doença confere imunidade duradoura não se conhecendo segundo ataque; na infecção natural os anticorpos aparecem no decorrer da primeira semana de doença e permanecem por toda a vida.

A imunidade passiva transitória, dos filhos nascidos de mães imunes, pode durar até 6 meses.

A imunidade ativa é obtida mediante a aplicação da vacina contra a febre amarela. Atualmente, o Regulamento Sanitário Internacional exige revacinação a intervalos de 10 anos, no entanto há estudos que revelam a presença de anticorpos em níveis elevados por mais de 20 anos. 

2. ASPECTOS CLÍNICOS

A Febre Amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada por vírus, do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

O quadro clínico caracteriza-se por início abrupto, com febre alta, cefaléia, calafrio, dor lombar, náuseas, vômitos, mialgia, prostração, congestão conjuntival, artralgia e fotofobia com duração, em torno, de 3 dias. Após esse período a doença pode evoluir para a cura ou agravamento do caso. Nos quadros graves aparece novo acesso febril, icterícia progressiva, fenômenos hemorrágicos (epistaxe, hemorragias bucais e cutâneas, hematêmese e melena), hipotensão, bradicardia (dissociação pulso-temperatura – sinal de Faget), prostração acentuada, oligúria ou anúria. O comprometimento do sistema nervoso central manifesta-se em geral por delírio, convulsão e coma. Este quadro que caracteriza uma síndrome hepato-nefro-tóxica termina entre o 7º e 10º dia de doença. Dentre os casos graves notificados, a letalidade é superior a 40%.

A confirmação laboratorial é realizada através do isolamento do vírus, da demonstração de anticorpos específicos IgM por técnica de Elisa, ou de aumento significativo de anticorpos específicos em amostras pareadas de soro, pelas técnicas de Fixação de Complemento, Inibição de Hemaglutinação e Neutralização. Pode ser realizada também através de Imunohistoquímica e pela Reação em Cadeia de Polimerase (PCR).

Os principais diagnósticos diferenciais são: hepatite aguda fulminante, malária por Plasmodium falciparum, leptospirose, septicemias bacterianas com icterícia, e outros

3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

3.1 - Definição de Caso Suspeito:

3.1.1 – Indivíduo com quadro febril agudo (há menos de 7 dias), acompanhado de icterícia e manifestação hemorrágica, independentemente do estado vacinal para febre amarela.

3.1.2 - Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias) que resida ou que tenha se deslocado para área de transmissão viral (ocorrência de casos humanos, epizootias ou de isolamento viral em mosquitos) nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.

3.2 - Definição de Caso Confirmado

Paciente com quadro clínico compatível que apresente diagnóstico laboratorial confirmado através de:

a) - Isolamento de vírus a partir de amostras de sangue ou tecido hepático; e/ou

b) - Detecção de anticorpos do tipo IgM pela técnica de Mac Elisa em indivíduos não vacinados; e/ou

c) - Demonstração de aumento de 4 vezes ou mais no título de anticorpos IgG pela
técnica de Inibição da Hemaglutinação; e/ou

d) – Detecção do genoma viral (PCR); e/ou

e) – Imunohistoquímica.

No curso de surto ou epidemia todo caso suspeito que evolua para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, 
será considerado caso confirmado, desde que outros casos já tenham sido confirmados laboratorialmente. Também será considerado confirmado todo indivíduo assintomático ou oligossintomático originado de busca ativa que não tenha sido vacinado contra febre amarela e que apresente sorologia positiva para FA (MAC-ELISA).

Obs: Diante de um caso confirmado de Febre Amarela em áreas com infestação domiciliar pelo Aedes aegypti deverá ser realizada a busca ativa de outros casos suspeitos na área de residência e/ou trabalho do paciente. Na suspeita de febre amarela autóctone a busca ativa de casos deverá ser realizada antes da confirmação do caso. 

3.3 - Investigação Epidemiológica

Notificação imediata e preenchimento da ficha de investigação do SINAN;

Determinação do local provável de infecção especificando a(s) localidades, município(s) visitado(s), tempo de permanência, datas de viagem e retorno a São Paulo;

Coleta de sangue para exame sorológico e isolamento do vírus. Nos pacientes com coleta de sangue anterior ao 5º dia do início dos sintomas coletar uma 2º amostra;

Verificação de antecedente de vacinação contra febre amarela;

Notificação a SUCEN ou o órgão de controle do Aedes aegypti para realização da pesquisa entomológica na área de residência e/ou trabalho do paciente.

4. MEDIDAS DE CONTROLE

4.1 Medidas referentes a via de transmissão:

Na forma silvestre, onde os vetores estão amplamente distribuídos e com hábitos silvestres, não é possível a aplicação de medidas de controle.

Na forma urbana, onde o vetor é o Aedes aegypti, há risco de transmissão quando os índices de infestação são superiores a 5%. Devem ser aplicadas as medidas de combate a esse vetor, de acordo com as técnicas preconizadas no controle de vetores da Febre Amarela e Dengue.

4. 2 Medidas referentes ao novo hospedeiro

4.2.1 Vacinação

É uma vacina viral atenuada originária da cepa 17D do vírus da Febre Amarela. O vírus vacinal é cultivado em ovos embrionados de galinha.

4.2.2 Indicações

A vacinação tem como objetivo:

§ Conferir proteção individual

§ Conferir proteção coletiva na população

§ Bloquear a propagação geográfica da doença criando uma barreira de imunidade na prevenção de epidemias.

Portanto está indicada:

· a partir dos 9 meses de idade residindo e/ou viajando para áreas endêmicas;

OBS: em situações de epidemia ou surtos pode-se antecipar a idade da vacinação para 6 meses.

· pessoal de laboratório suscetível à exposição de vírus amarílico selvagem.

· a partir da confirmação de um caso de febre amarela o município de residência do paciente deverá ser avaliado segundo a infestação domiciliar pelo Aedes aegypti e vacinação anterior contra febre amarela:

ü município infestado pelo Aedes aegypti e com vacinação de rotina deverá ser realizada intensificação da 
vacinação.

ü município infestado pelo Aedes aegypti sem vacinação de rotina deverá ser realizado vacinação de bloqueio.

ü Município sem infestação pelo Aedes aegypti, manter vigilância.

OBS: O limite mínimo da abrangência para realização do bloqueio é de 30 km ao redor do caso suspeito.

A vacinação requer estratégias que garantam a cobertura de 100% de forma homogênea para a proteção efetiva da população suscetível com risco de adoecer e morrer de febre amarela. Neste sentido é importante ressaltar que na área indene a atividade de vacinação deve ser direcionada na área indene: esta atividade deve ser direcionada à população de risco (caminhoneiros, motoristas, turistas, pescadores, caçadores, garimpeiros, dentre outros) que se dirigem esporádica e/ou freqüentemente às áreas de risco. A vacina deve ser aplicada, no mínimo, 10 dias antes do deslocamento.

Essas atividades são preconizadas pela SECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE (SVS/MS), porém as ações deverão ser desencadeadas após avaliação conjunta com CVE.

4.2.3 Imunidade e Duração da Proteção

A vacina confere imunidade em cerca de 95% dos vacinados. O início da proteção é a partir do 10º dia. O Regulamento Sanitário Internacional preconiza a revacinação a cada dez anos.

4.2.4 Contra-indicações gerais

• crianças menores de 6 meses de idade são susceptíveis a eventos adversos graves (encefalite);

• portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida ou neoplasia maligna (leucemias, linfomas e AIDS);

• pacientes sob tratamentos com imunossupressores (corticóide, quimioterapia antineoplásica, radioterapia etc.)

• gestante : como regra geral nenhuma vacina viral atenuada deve ser administrada na gravidez. Caso não haja possibilidade de adiar o deslocamento para áreas endêmicas, e considerando-se o alto risco de exposição, recomenda-se neste caso a vacinação;

• pessoas com história de reação anafilática após ingestão de ovo.

4.2.5 Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação.


• vigência de doenças febris graves, sobretudo para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou mesmo confundidos com os possíveis eventos adversos da vacina.

• tratamento com imunossupressor (até três meses após a suspensão de seu uso).

4.2.6 Vacinação simultânea e intervalo entre as vacinas virais


• não há contra indicação em relação a vacinação simultânea, com outras vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI) como também não se observa maior incidência de eventos adversos nestas situações;

• recomenda-se agendar um intervalo de pelo menos 2 semanas entre as vacinas virais atenuadas (sarampo, rubéola, caxumba), exceto em situações especiais (por ex. vacinação de bloqueio contra o sarampo). Não há necessidade de suspensão da vacina contra a Febre Amarela antes ou após as Campanhas Nacionais de Vacinação contra a Poliomielite.

4.2.7 Eventos Adversos


• Cerca de 2 a 5 % dos vacinados poderão apresentar após o 6º dia, febre, mialgia e

• Reações imediatas de hipersensibilidade são raras (incidência < 1/1.000.000).

• A encefalite é raríssima, dados da OMS (1994) referem mais de 200 milhões de vacinas aplicadas com a descrição de 17 casos de encefalites temporalmente associados (4 casos em crianças menores de 4 meses).

A partir de 1998, visando evitar a ocorrência de surtos de grande magnitude, iniciou-se uma ampla campanha de intensificação da vacinação contra febre amarela, nas áreas de risco. Durante a intensificação a comunidade científica foi surpreendida com um novo fato: casos fatais com quadro clínico de febre amarela, associados temporariamente à vacina.

Diante das modificações verificadas no perfil epidemiológico da febre amarela a partir de 1998, tanto temporal como espacial, como ampliação da área de transição (figura1) e considerando os eventos adversos à vacina recomenda-se a vacinação de febre amarela para as pessoas que viajem para a área endêmica e para a área de transição.

Indicação da vacina de Febre Amarela no Estado de São Paulo:

A partir de 9 meses de idade, nos indivíduos residentes na área de transição: Direções Regionais de Saúde (DIR) de Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Ribeirão Preto, Franca e parte da DIR de Marília.

Clique aqui para verificar a lista de municípios paulistas

Indivíduos que viajem para a área endêmica e área de transição: estados de Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Distrito Federal e regiões de Piauí, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul


Clique para verificar a lista de municípios da região endêmica e de transição

Indivíduos que viajem, no estado de São Paulo, para os municípios ribeirinhos ao Rio Grande, ao Rio Paraná e ao Rio Paranapanema e municípios fronteiriços ao estado de Minas Gerais da DIR de Franca e da DIR de Ribeirão Preto, além de viajantes que pretendam freqüentar regiões de matas com possibilidade de circulação de vírus de febre amarela




Bibliografia consultada
1.      Monath T. Yellow fever vaccine. In: Plotkin AS, Orestein WA, eds. Vaccines. Third ed. Philadelphia, PA:WA Saunders Co, 2004.
2.      American Academy of Pediatrics Report of the Committee on infections Disease, 25ª edição Elk Grove Village, 2000.
3.      CDC. Yellow Fever  Vaccine Recommendations of the Advisory Committee on Immunizations e Practices. MMWR, 2002; 51(RR-17):1-10.
  1. The Immunological basis for Immunization – Module 8 : Yellow Fever – WHO/EPI/GEN – 1993.
  2. Tauil P L. Febre Amarela no Brasil. Médicos - HCFMUSP 1998; 1 (3): 50-2.
  3. Brasil/ Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde - Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela - 2º ed. 2004.
  4. Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Febre Amarela – julho/2001. Disponível em http://www.saude.gov.br/svs.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sistema de Informação de Agravos de Notificação

- Portal da Saúde - www.Saude.gov.br - Vigilância


Vigilãncia em Saãde

































O QUE É O SINAN
https://www.google.com.br/#newwindow=1&q=http+%2F%2Fdtr2004.saude.gov.br%2Fsinanweb%2Fnovo%2FO Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 ), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo.

Leia mais

Portaria GM/MS Nº 201, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010 Parâmetros para monitoramento da regularidade na alimentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), para fins de manutenção do repasse de recursos do Componente de Vigilância e Promoção da Saúde do Bloco de Vigilância em Saúde.

Portaria GM/MS Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013 Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
DOCUMENTAÇÃOTABULAÇÃO DE DADOS

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  • Nova classificação de caso de Dengue - OMS
  • Ficha de Dengue
  • Dicionário de Dados
  • Programa SINAN Relatórios - versão 4.6
    Programa para análise local de base de dados do Sinan Net




  • Download do programa
  • Manual de operação
  • DEFs e CNVs SINAN NET 4.2
    Arquivos de definição e conversão para o uso no Tabwin.
    DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VERSÕES

    Febre chikungunya: você sabe como prevenir essa doença?





    Febre chikungunya: você sabe como prevenir essa doença?As medidas já são conhecidas pela população, pois são iguais às adotadas contra a proliferação do mosquito da dengue.


    Apesar de ter um nome complicado, a febre chikungunya é uma doença que pode ser prevenida de um jeito simples. As medidas já são conhecidas pela população, pois são iguais às adotadas contra a proliferação do mosquito da dengue. 

    Segundo a gerente de Vigilância em Saúde do Estado, Gilsa Rodrigues, não há motivo para a população se alarmar, mas ela alerta que todos devem trabalhar para reduzir a possibilidade de disseminação da doença eliminando os focos de criação dos vetores – veja orientações no final da matéria. 

    Conforme explica Gilsa, a febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mesmo mosquito que causa a dengue, o Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, que não é novo no Brasil. “Ele é, inclusive, mais comum que o aegypti. Entretanto, esse vetor não possuía relevância no contexto da dengue, e passou a ter atenção por ser um dos transmissores da febre chikungunya”, complementa. 

    Precauções 

    De acordo com Gilsa, é esperado que a febre chickungunya chegue ao território capixaba, já que o Espírito Santo possui os vetores da doença, as condições climáticas favoráveis para que eles se reproduzam e há casos se manifestando em estados vizinhos. 

    A gerente explica que não há como prever a dimensão que a doença vai tomar no Estado, por isso a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) tem orientado a população e está agindo em parceria com os municípios. “Profissionais da Vigilância Estadual têm ido a treinamentos em Brasília nos últimos meses. Nós já solicitamos aos municípios um plano de contingência e programamos reuniões e capacitações para a rede de atendimento”, explica. 

    Nesta semana, haverá reunião com as coordenações de Vigilância em Saúde dos municípios e com referências técnicas da dengue no Estado e nas cidades da Região Metropolitana de Vitória. E no dia 06 de novembro será promovida uma capacitação com foco em médicos de hospitais e da atenção básica e enfermeiros que atuam na classificação de risco.

    A população e a rede de atendimento também contam com um reforço de informações no site da Sesa. Na seção “Informações ao Cidadão”, estão disponíveis documentos detalhados sobre a doença, o manejo clínico e o fluxograma de atendimento, entre outros dados.

    Semelhanças 

    A referência técnica do Núcleo Estadual de Vigilância Epidemiológica, Theresa Cristina Cardoso da Silva, esclarece que tanto o aegypti quanto o albopictus circulam durante o dia e são as fêmeas que picam porque precisam de sangue para promover a maturação dos ovos. Ambos se adaptam bem em climas quentes e antes gostavam de água mais limpa, mas agora se reproduzem até mesmo em água pouco poluída. 

    Há semelhanças também com relação aos sintomas da febre chikungunya e da dengue. Theresa explica que as duas causam febre, dores no corpo, dores nas articulações, vômito e lesões na pele. 

    “O que chama atenção na chikungunya é que alguns casos evoluem com uma dor articular que não passa e é de difícil controle. Uma dor que pode chegar a ser incapacitante. Há registros em outros países de ser uma dor que pode permanecer durante anos. Essa é a grande diferença entre as duas doenças”, detalha Theresa. 

    Ajude a eliminar os focos da dengue e da febre chikungunya 

    Limpe o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
    Tire água dos vasos de plantas;
    Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;
    Tampe tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
    Mantenha os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas etc.;
    Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos.

    O que é Febre Chikungunya?

    O que é Febre Chikungunya?



    O vírus é transmitido pela picada de mosquistos fêmea infectados como o Aedes aegypti. Após o contato de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de três a sete dias.

    Os sintomas são muito parecidos com os da Dengue: febre e dor muscular. Não há um tratamento capaz de curar a infecção, e nornalmente, os infectados fazem o uso de analgésicos para aliviar os sintomas.
    Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)

    Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.

    Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

    A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.

    Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.

    A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.

    Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e numerosos outros países por meio de viajantes infectados. A preocupação com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o vírus advindo da Índia.

    As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu na Ilha Réunion.

    Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan, França, Estados Unidos e Brasil, trazidos por viajantes advindos, respectivamente, da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudoeste asiático.

    Atualmente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. Isso quer dizer que a febre chikungunya está migrando e pode chegar ao Brasil, onde os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm todas as condições de espalhar esse novo vírus.

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    Febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aedypti

    Causas



    A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

    O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

    A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre chikungunya podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

    O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.

    A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.

    Fatores de risco

    A febre chikungunya pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos. Entretanto, a apresentação clínica é conhecida por variar de acordo com a idade, sendo os muito jovens (neonatal) e idosos os mais afetados pelas manifestações graves da doença. Além da idade, as comorbidades (doenças subjacentes) também vêm sendo identificadas como fator de risco para pior evolução da doença.


    A maioria das infecções por CHIKV que ocorre durante a gravidez não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros relatos de abortos espontâneos após a infecção maternal por febre chikungunya. Aqueles infectados durante o período intraparto podem também desenvolver doenças neurológicas, sintomas hemorrágicos e doença do miocárdio. Anormalidades laboratoriais incluíram testes de função hepática aumentados, plaquetas e contagem de linfócitos reduzidos e níveis de protrombina diminuídos.

    Indivíduos maiores de 65 anos tiveram uma taxa de mortalidade 50 vezes superior quando comparados ao adulto jovem (menores de 45 anos de idade). Apesar de não ser claro por que os adultos mais velhos têm um risco aumentado para doença mais grave, pode ser devido à frequência de comorbidades ou resposta imunológica diminuída.

     sintomas

    Sintomas de Febre Chikungunya

    O período de incubação da febre chikungunya varia de dois a 12 dias. Muitas pessoas infectadas com CHIKV não apresentarão sintomas. O quadro clínico é muito semelhante ao da dengue, e os sintomas de febre chikungunya são:
    • Febre
    • Dor nas articulações
    • Dor nas costas
    • Dor de cabeça.
    Outros sintomas incluem:
    • Erupções cutâneas
    • Fadiga
    • Náuseas
    • Vômitos
    • Mialgias.
    Os sintomas comuns de chikungunya são graves e muitas vezes debilitantes, sendo as mãos e pés mais afetados. No entanto, pernas e costas inferiores frequentemente podem estar envolvidas.

    Febre chikungunya x Dengue

    A febre chikungunya deve ser diferenciada da dengue, a qual tem um potencial para resultados muito piores, incluindo a morte. Entretanto, as duas doenças podem ocorrer juntas no mesmo paciente.



    Observações de surtos prévios na Tailândia e na Índia têm demonstrado as principais características que distinguem o CHIKV de dengue. Na febre chikungunya, o choque ou hemorragia grave são raramente observados. O início é mais agudo e a duração da febre é muito mais curta.

    Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa na presença na dengue, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e tendões nos casos de febre chikungunya.

     diagnóstico e exames

    Diagnóstico de Febre Chikungunya



    Se você suspeita de febre chikungunya, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue). A partir de uma amostra de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos específicos para combater o CHIKV no sangue. Isso indicará que o vírus está circulando pelo seu corpo e que o organismo está tentando combatê-lo.

    Para diferenciar febre chikungunya da dengue, outros exames podem ser feitos:

    - Testes de coagulação;Eletrólitos;Hematócrito;Enzimas do fígado;Contagem de plaquetas;Teste do torniquete: amarra-se uma borrachinha no braço para prender a circulação. Se aparecerem pontos vermelhos sobre a prele, é um sinal da manifestação hemorrágica da dengue;Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.

    tratamento e cuidados

    Tratamento de Febre Chikungunya



    Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre chikungunya. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.

    É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.

    Como na dengue, pacientes com febre chikungunya devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

     convivendo (prognóstico)

    Complicações possíveis



    A mortalidade por febre chikungunya é muito pequena. Entretanto, um aumento na taxa de óbito absoluto foi relatado durante as epidemias de 2004-2008 na Índia e na Ilha Maurício.

    Após os primeiros dez dias, a maioria dos pacientes sentirá uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos. Isso é muito comum entre dois e três meses após o início da doença. Alguns pacientes também podem desenvolver distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, a maioria dos pacientes reclama de sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.

    Estudos da África do Sul mostraram que 12%-18% dos pacientes terão sintomas persistentes de 18 meses a três anos. Em estudos mais recentes na Índia, a proporção de pacientes com sintomas persistentes em dez meses após o início da doença foi de 49%, enquanto dados da Ilha Reunión demonstraram que 80%-93% dos pacientes se queixam de sintomas persistentes três meses após o início da doença, reduzindo para 57% aos 15 meses e 46% aos dois anos.

    O sintoma persistente mais comum é dor nas articulações decorrentes de inflamação, geralmente as mesmas articulações afetadas durante os estágios agudos. Outros sintomas, como cansaço e depressão, podem persistir após a fase aguda da doença.

    Entre os fatores de risco para não recuperação estão idade avançada (mais de 65 anos), problemas de articulação pré-existentes e doenças agudas mais graves.

     prevenção

    Prevenção



    O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre chikungunya! Veja como eliminar o risco:


    Evite o acúmulo de águaO mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.




    Coloque areia nos vasos de plantasO uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.



    Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre chikungunya devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.


    Limpe as calhasGrandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de febre chikungunya, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.




    Coloque tela nas janelasEmbora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.




    Lagos caseiros e aquáriosAssim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de febre chikungunya deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.




    Seja consciente com seu lixoNão despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.




    Uso de repelentesO uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a febre chikungunya. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

    Suplementação vitamínica do complexo B

    Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra a febre chikungunya. A estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.

     fontes e referências

    • Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
    • Ministério da Saúde
    • Modificado a partir de: UJVARI, Stefan Cunha. Pandemias - A humanidade em risco; Editora Contexto, 2011; P53-69.