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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mosquitos culicídeos – Espécies

Mosquitos culicídeos – Espécies

            Esta matéria complementa o primeiro artigo sobre larvas de mosquitos culicídeos, onde há informações gerais, seu uso como alimentos vivos e aborda a questão da Dengue. O artigo pode ser visto  aqui .
            Nesta segunda parte, abordaremos as espécies mais importantes de mosquitos culicídeos que podem ser encontrados por nós, aquaristas.

Os mosquitos culicídeos

A ordem Diptera, insetos de duas asas, compreende as moscas, mutucas, pernilongos e mosquitos. Dentre os dípteros, a família Culicidae (mosquitos) é um grupo bastante importante, com cerca de 3.600 espécies descritas. Como muitos outros táxons, a classificação dos culicídeos tem sido revista à luz das novas descobertas genéticas, na classificação atual estão distribuídas em cerca de 40 gêneros, em 3 subfamílias: Toxorhynchitinae, Anophelinae e Culicinae.
O gênero Toxorhynchites é o único da subfamília Toxorhynchitinae, estes mosquitos são grandes, coloridos e não são hematófagos, dessa forma não possuem importância epidemiológica na transmissão de doenças. Suas larvas, sendo predadoras, podem ser um grande componente em um programa integrado de controle de mosquitos vetores.
A subfamília Anophelinae agrupa três gêneros: Anopheles, Chagasia Bironella, sendo as principais características a presença de flutuadores nos ovos que são colocados isoladamente na água, a ausência do sifão nas larvas, o pouso dos adultos com o corpo e a probóscide quase verticalmente em relação ao substrato enquanto outros culicídeos pousam quase paralelamente. Dos três gêneros, o único de grande importância é o Anopheles, mosquitos cosmopolitas responsáveis pela transmissão da Malária.
A subfamília Culicinae é a mais numerosa, reúne cerca de 3.000 espécies distribuídas em 11 tribos e 34 gêneros, sendo que 18 destes ocorrem no Brasil. Esta subfamília caracteriza-se pela presença do sifão respiratório nas larvas, palpos muito mais curtos que a probóscide nas fêmeas adultas e a postura agrupada ou isolada dos ovos sem flutuadores. Nesta subfamília reúnem-se espécies como Aedes aegypti, Aedes albopictus Culex quinquefasciatus que possuem importância epidemiológica na transmissão de doenças.


Culex

Culex (Culex) quinquefasciatus Say 1823 é um dos mosquitos mais freqüentes em áreas habitadas pelo homem com saneamento precário. Esta espécie é adaptada ao desenvolvimento de imaturos em água estagnada com forte carga orgânica. Possui vários nomes populares, como pernilongo, muriçoca, carapanâ, sovela e zancudo.
C. quinquefasciatus é o vetor primário e principal da filariose linfática conhecida como elefantíase (filariose bancroftiana) no Brasil. Sua predileção pelo sangue do homem (único hospedeiro da Wuchereria bancrofti) e a sua preferência por sugar durante a noite (período de aumento da microfilaremia periférica) facilitam muito o contato das microfilárias com este culicíneo, tornando-o mais eficaz que os outros mosquitos susceptíveis. Também tem sido incriminado como vetor de arbovírus dentro de vilas rurais e cidades, como o vírus Oropouche, onde atua como vetor secundário. É a única espécie do gênero Culex com importância como vetor de doenças humanas.

Ovos: Depositam seus ovos em conjuntos, com aspecto de "jangada", que flutuam na superfície da águaSensíveis à dessecação, os ovos de C. quinquefasciatus murcham fora d'água.
Larvas: Têm o aspecto habitual das larvas da subfamília Culicinae, adquirindo uma posição oblíqua em relação à superfície da água. A cabeça é maior e mais larga do que outros mosquitos. Possui um sifão longo e fino (4 ou 5 vezes o valor da largura basal no C. quinquefasciatus).
Adultos: São mosquitos de porte médio, cor de palha (coloração geral marrom escuro ou claro), sem brilho metálico, tarsos escuros, sem marcação clara. Suas asas não possuem manchas.
Habitat: Culex quinquefasciatus é considerado cosmopolita, foi originalmente descrito de espécimes de New Orleans, EUA. Tipicamente urbano e antropofílico, é encontrado em maior quantidade nos aglomerados humanos, dentro das cidades e vilas rurais.
Seus criadouros preferenciais são os depósitos artificiais, com água rica em matéria orgânica em decomposição e detritos, de aspecto sujo e mal cheiroso. Estão sempre próximos às habitações, pois esse Culex é extremamente beneficiado pelas alterações antrópicas no ambiente peridomiciliar. Porém, outras espécies são essencialmente silvestres.
Comportamento: Na fase adulta, as fêmeas hematófagas têm hábitos noturnos, tendem a frequentar os domicílios nos quais encontram abrigo e alimentação. Perturbam bastante o sono das pessoas, principalmente pela sua habitual atividade noturna, mas não costumam ser tão agressivos como os Aedini. São muito atraídos pela luz artificial.


Mosquito Culex sp. Foto de Sonia Furtado.

Ooteca flutuante do Culex quinquefasciatus. Fotos de Walther Ishikawa.




Larva de Culex sp., espécie com sifão bastante longo, a primeira imagem com larvas mais desenvolvidas, e a segunda com a larva imatura. Fotos de Walther Ishikawa.






Esse é outro Culex, de espécie desconhecida, aspecto tigrado, e pequenas dimensões. As antenas com faixas brancas lembram o Culex sitiensFotos de Walther Ishikawa.

Larvas e pupa de Culex quinquefasciatus.

Pupas de Culex quinquefasciatus, em dois estágios.


Aedes aegypti

Descrito por Linnaeus em 1762, acredita-se que o Aedes (Stegomyia) aegypti seja uma espécie originária da África tropical (Etiópia), tendo-se tornado cosmopolita graças ao tráfego comercial. Está presente em todos os continentes e é admitida sua introdução na Região Neotropical pelo tráfico entre a África e as Américas, ao longo dos séculos XV até o XIX. No Brasil, na década de 50 foi considerado erradicado, porém reintroduzido a partir de 1967, instalando-se definitivamente no território brasileiro.
No Brasil, A. aegypti é o único vetor conhecido de febre amarela urbana e é também o único transmissor do dengue, em nossos dias.

Ovos: os ovos são depositados fora da água, nas paredes internas e úmidas dos recipientes, onde são capazes de se manter viáveis por longos períodos(superior a um ano), mesmo em condições desfavoráveis de dessecação. Os ovos têm cor clara quando são depositados, mas escurecem após contato com o oxigênio. São descritos como tendo um aspecto em “gergelim”, cada postura tem uma média de 100 ovos. Outra característica importante doAedes é o fato da fêmea depositar os ovos em diferentes criadouros em uma mesma postura, aumentando a sua dispersão.
Larvas: Têm o aspecto habitual das larvas da subfamília Culicinae, adquirindo uma posição oblíqua em relação à superfície da água. A cabeça é escura e menor do que os Culex. O sifão é curto, grosso e quase cônico, geralmente bem escurecido.
Adultos: O mosquito adulto tem coloração escura, com manchas branco-prateadas no abdome formando anéis. As pernas escuras também têm anéis brancos, conferindo um aspecto tigrado ao mosquito. Na parte superior do tórax possui faixas branco-prateadas formando um desenho classicamente comparado a uma “lira”.
Habitat: Embora oriundo do Velho Mundo (provavelmente da região etiópica, tendo sido originalmente descrito do Egito), acompanhou o homem em sua longa e ininterrupta migração pelo mundo, e permaneceu onde as alterações antrópicas propiciaram a sua proliferação. Hoje é considerado um mosquito cosmopolita. Espécie urbana, restrita às vilas e cidades, sempre ligada ao peridomicílio e ao domicílio humano.
Seus criadouros preferenciais são os recipientes artificiais, tanto os abandonados pelo homem a céu aberto e preenchidos pelas águas das chuvas, como aqueles utilizados para armazenar água para uso doméstico. A água armazenada precisa ser limpa, isto é, não turva, pobre em matéria orgânica em decomposição e em sais, preferencialmente acumulada em locais sombreados e de fundo ou paredes escuras, pelo seu caráter de fotofobia.
Comportamento: As fêmeas de A. aegypti restringem seus hábitos hematófagos aos horários diurnos. Seus picos de maior atividade acham-se, geralmente, situados no amanhecer e pouco antes do crepúsculo vespertino, mas ataca a qualquer hora do dia. O homem é atacado principalmente nos pés e na parte inferior das pernas. A longa associação do A. aegypti com a espécie humana parece tê-lo dotado de certa habilidade para escapar de ser morto por sua vítima durante o repasto sanguíneo. Assim é que, se o hospedeiro produz movimento, mesmo que suave, uma fêmea de A. aegyptiprontamente o abandona, voltando a atacá-lo ou procurando outra vítima, depois de cessado o iminente perigo de ser atingida. Esta peculiaridade tem grande importância, pois uma só fêmea de A. aegypti infectada pode, enquanto procura alimentar-se satisfatoriamente de sangue, produzir várias alimentações curtas em diferentes hospedeiros e disseminar o dengue ou a febre amarela.


Close em Aedes aegypti, mostrando o típico padrão em "lira" no seu tórax. Foto de Daniel Ramos.


Aedes aegypti, nesta foto podem ser vistos outros sinais auxiliares para a identificação da espécie, como a faixa branca no fêmur e o padrão de manchas na região lateral do tórax. Foto de Marcos Teixeira de Freitas.

Ovos de Aedes aegypti na primeira imagem, com aspecto descrito como "gergelim". O adulto emergindo da pupa na segunda foto. Fotos de Walther Ishikawa.

Larvas e pupa de Aedes aegypti .


Larva de Aedes aegypti.


Pupa de Aedes aegypti, e inseto adulto emergindo.


Aedes albopictus

Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse 1894) é um mosquito originário do Sudeste da Ásia, encontrado até em regiões de clima subtropical e temperado, já tendo sido observado no norte da China e Sibéria, devido a sua maior tolerância ao frio.
É vetor natural do Dengue em áreas rurais, suburbanas e urbanas da Ásia, desde a década de 50. Estudos realizados com cepas de Aedes albopictus procedentes do Brasil comprovaram sua competência vetorial para a dengue e febre amarela. No entanto, até o momento, não se tem registro de casos de febre amarela, cujo vetor tenha sido Aedes albopictus, sendo, portanto, considerado apenas vetor potencial desta arbovirose.
Está bem adaptada ao ambiente doméstico, predomina em áreas urbanas com cobertura vegetal, proliferando tanto em recipientes naturais como artificiais, o que tem facilitado o seu estabelecimento também em áreas rurais.

Ovos, larvas e pupa: Muito parecido com o Aedes aegypti, de distinção bastante difícil para o não-especialista.
Adultos: Bastante parecido com o Aedes aegypti, também com coloração escura, manchas e anéis branco-prateados conferindo um aspecto tigrado, daí seu nome “Tigre asiático”. Porém, pode ser facilmente diferenciado pelo padrão de desenho da porção superior do tórax, onde possui uma faixa longitudinal mediana branco-prateada.
Habitat: A. albopictus é, como o A. aegypti, um mosquito estrangeiro, foi originalmente descrito da Índia. Ocorrem naturalmente em áreas de clima temperado e tropical na Região Oriental, na Austrália, na Nova Guiné, nas Ilhas  Havaianas, em Madagascar, no Oeste do Irã e Japão.
Invadiu o continente americano recentemente (1985), ocupando localidades ao sul dos Estados Unidos. Foi pela primeira vez encontrado no Brasil, em maio de 1986, deve ter entrado no Brasil através de portos no Espírito Santo e se interiorizado, via estrada de ferro, no Vale do Rio Doce (transporte de minério de ferro). A população desse mosquito no Brasil parece ser oriunda do Japão (para onde é exportada grande quantidade de ferro através daqueles portos) e apresenta diferenças biológicas em relação à cepa invasora da América do Norte.
            Sua distribuição, no Brasil, ainda é associada à presença do homem, utilizando, como o A. aegypti, os criadouros propiciados pela atividade humana. Contudo, é um mosquito que se espalha com facilidade no ambiente rural, semi-silvestre e silvestre, não dependendo dos locais de grande concentração humana, como o A. aegypti. É comumente encontrado, por isso, nas áreas onde a população humana é escassa, nas bocas de matas e plantações, onde o A. aegypti é ausente ou muito raro. É, porém, mais tolerante às temperaturas mais baixas (ex.: norte da Ásia), enquanto o A. aegypti as evita.
A. albopictus cria-se em recipientes naturais e artificiais, nos mesmos locais do A. aegypti, com o qual compete. Acredita-se, até, que o resultado dessa competição seja favorável ao A. albopictus, pois a densidade deste costuma aumentar enquanto a do A. aegypti diminui, gradativamente, após certo tempo de coexistência.
Comportamento: Muito parecido com o Aedes aegypti.


Aedes albopictus, fotografado no Parque das Dunas, Natal (RN). Note a característica faixa branca mediana no tórax. Foto de Sonia Furtado.

Ochlerotatus

Originalmente considerado um subgênero de Aedes, após uma revisão em 2000 ganhou o status de gênero. Todas as espécies nativas originalmente classificadas como Aedes foram reclassificadas para Ochlerotatus.
            As fêmeas desse subgênero são muito vorazes, insistentes em obter sangue e oportunistas. Aumentam muito sua atividade no crepúsculo vespertino, mas atacam, indiscriminadamente, de dia ou à noite. Parte das espécies tem ovos resistentes à dessecação. Seus criadouros são principalmente os de caráter transitório, no solo. Algumas espécies criam-se em recipientes naturais ou artificiais. O O. taeniorhynchus necessita de água salobra para o desenvolvimento larvar.
São cerca de 25 espécies que ocorrem no Brasil. As principais diferenças entre os gêneros Aedes e Ochlerotatus é determinada pela estrutura dos órgãos sexuais, de difícil análise sem microscópio. Larvas e pupas lembram os Aedes, alguns adultos são muito parecidos com o A. aegypti, com aspecto tigrado (como o O. taeniorhynchus O. fluviatilis), outros têm aspecto mais pardo lembrando os Culex (como o O. scapularis e O. lepidus).


Ochlerotatus taeniorhynchus, uma espécie litorânea que depende de água salobra, seu aspecto lembra bastante os Aedes. Fotografado em Vero Beach, Indian River County, Florida, EUA. Foto de Sean McCann.


Ochlerotatus lepidus emergindo da  pupa, uma espécie que lembra um Culex na forma adulta. Fotografado em Vinhedo, SP. Foto de Walther Ishikawa.







Ochlerotatus lepidus, um gênero originalmente classificado junto com os Aedes. Notem o sifão curto, semelhante ao Aedes, mas com o corpo mais robusto, de coloração distinta.



Pupas de Ochlerotatus lepidus.


Anopheles

Da subfamília Anophelinae, o gênero Anopheles é o único com importância epidemiológica. É um mosquito cosmopolita responsável pela transmissão da Malária e Filariose Linfática, compreende hoje 54 espécies que ocorrem no Brasil.
As principais características desta subfamília são a presença de flutuadores nos ovos que são colocados isoladamente na água, a ausência do sifão nas larvas, o pouso dos adultos com o corpo e a probóscide quase verticalmente em relação ao substrato enquanto outros culicídeos pousam quase paralelamente. Por esta última característica, são chamados popularmente de "Mosquito-prego".
Anopheles (Nyssorhynchusdarlingi Root 1926 é, sem dúvida, o principal vetor de Malária no Brasil. É vetor primário, altamente susceptível aos plasmódios humanos e capaz de transmitir Malária dentro e fora das casas, mesmo quando sua densidade está baixa. É o único anofelino brasileiro no qual foram detectadas infecções naturais pelos três plasmódios que causam Malária humana nas Américas - P. vivax, P.falciparum e P. malariae -sendo o mais suscetível, experimentalmente, a esses parasitas.
Outras espécies tem importância secundária, como o A. albitarsis Lynch Arribalzaga 1878, o anofelino mais comum e amplamente distribuído no Brasil, é considerado vetor secundário do plasmódio da Malária humana, sendo, porém, encarado como único transmissor em algumas localidades do País.

Ovos: presença de flutuadores nos ovos que são depositados unitariamente na superfície da água.
Larvas: Aspecto habitual das larvas dos demais culicídeos, porém, não possui sifão, mas um espiráculo respiratório. Devido a este fato, adquire uma posição paralela em relação à superfície da água, imediatamente abaixo do filme d´água.
Pupas: Trombeta curta, cônica e de abertura larga, contrastando com as pupas da subfamília Culicinae, que possuem trombeta alongada, geralmente de forma cilíndrica e de abertura estreita.
Adultos: Fêmeas com palpos longos, de comprimento semelhante ao da probóscide; pousam com o corpo e a probóscide em linha reta, quase em ângulo reto com o substrato.




Anopheles darlingi
, imagem do CoNaSeMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).







Larva de Anopheles sp..

Pupa de Anopheles sp., realizando movimentos de flexão e extensão. Note o sifão respiratório mais curto.



Mansonia

Seguramente 9 espécies de Mansonia ocorrem no Brasil, das quais Mansonia titillans Walker, 1848 é a mais comum.
Os Mansoniini têm em comum uma interessante característica biológica nos estágios imaturos. As larvas de primeiro estágio movimentam-se livremente na água durante algum tempo após a eclosão do ovo, obtendo oxigênio na superfície líquida, como fazem os demais culicíneos. Aos poucos, vão localizando raízes de plantas aquáticas, flutuantes ou não, ou outros tecidos vegetais submersos, onde se fixam perfurando esses tecidos a custa de dentes fortes existentes no ápice do sifão respiratório. A partir de então, durante todos os demais estágios larvais e pupal (sua trombeta respiratória tem aspecto de corno, com ápice bem quitinizado, adaptado para perfurar), retiram todo o oxigênio que necessitam dos parênquimas aeríferos.
As formas imaturas podem mudar de um local para outro numa mesma planta ou desta para outro vegetal. No momento da emergência do adulto a pupa se desprende da planta e migra para a superfície. As larvas se alimentam de matéria orgânica em suspensão na água do criadouro, pois não descem ao fundo ou sobem à superfície para procurar, ativamente, o seu alimento.
As espécies de Mansonia não são vetores de doenças endêmicas no Brasil. Por outro lado, podem tornar certas localidades impróprias à habitação ou à pecuária, por causa de seu hematofagismo agressivo.

Ovos: Os ovos de Mansonia são depositados em conjuntos geralmente de contorno circular, sob as folhas de plantas flutuantes. Não ficam, portanto, flutuando, mas submersos na água. Durante a desova, as fêmeas introduzem o ápice do abdome na água, prendendo os ovos na face inferior da folha escolhida. Neste momento, depositam também uma bolha de ar, que carreava no seu abdômen, para que os ovos possam respirar.
Larvas: Têm o aspecto habitual das larvas da subfamília Culicinae, adquirindo uma posição oblíqua em relação à superfície da água, quando obtêm oxigênio do ar atmosférico. Porém, como já mencionado, passam boa parte da sua existência atracada a plantas subaquáticas. Seu sifão é adaptado a esta finalidade, bem curto (geralmente bem menor que o lobo anal), escuro e cônico, com dentes cortantes muito quitinizados na face dorsal. As larvas têm antenas bem longas.
Adultos: São mosquitos muito robustos, de porte médio ou grande, escuros, com escudo de aspecto felpudo (principalmente na área supralar), asa e fêmures bem salpicados, sendo as escamas das asas bem largas, o que também confere um aspecto sujo e felpudo. Coloração escura, e patas francamente marcadas de branco.
Habitat: M. titillans é uma das espécies mais frequentes no nosso país, distribui-se amplamente do sul dos EUA ao sul da América do Sul. Habitam corpos d´água permanentes, onde existam plantas aquáticas.

Comportamento: Atacam em maiores números no crepúsculo vespertino e à noite. São verdadeiras pragas, dificultando a vida humana e a pecuária em certas regiões. Um exemplo desse problema vem ocorrendo na área de influência da usina hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins (PA), onde centenas de famílias abandonaram suas casas e cerca de 1000 que ali permaneceram, sofrem o ataque quase ininterrupto dos Mansoniini que se criam no enorme lago da hidrelétrica.


Mansonia titillans, fotografado em Fort Pearce, St. Lucie County, Florida, EUA. Foto de Sean McCann.


Grupo de Mansonia uniformis, uma espécie australiana, fixo à raiz de uma planta aquática. Foto de Stephen Doggett.


Haemagogus

Além da Dengue e Malária, outra doença transmitida por mosquitos culicídeos é a Febre Amarela, também uma arbovirose (um acrônimo, de “arthropod borne virus”). Desde 1942 a Febre Amarela é considerada erradicada em áreas urbanas do Brasil, em parte devido a uma eficiente campanha de vacinação para as pessoas que visitam áreas endêmicas. Nas cidades, o vetor da Febre Amarela é o Aedes aegypti. Nas áreas endêmicas, o vírus ocorre em animais portadores (principalmente macacos cebídeos), a transmissão se dá pela picada de um mosquito silvestre que previamente picara estes hospedeiros animais, o mais comum (vetor primário) é o gênero Haemagogus, mas outro gênero importante, secundário, é o Sabethes.
Ao contrário do Aedes e outros mosquitos, a transmissão vertical do vírus em mosquitos desempenha um importante papel na manutenção do reservatório viral silvestre. Diferentemente do que muitos acreditam, os mosquitos são os verdadeiros reservatórios do vírus ao passo que macacos são fontes de infecção para mosquitos apenas durante alguns dias. Depois de picados por um vetor infectado com o vírus, ou estes mamíferos morrem ou se tornam imunes a novas infecções. Desta forma, os macacos, quando infectados, podem transmitir o vírus para mosquitos que os picarem por apenas três a cinco dias, período da viremia. São os mosquitos que mantêm o vírus no ambiente silvestre, até mesmo na ausência de macacos infectados.
Haemagogus é um gênero restrito ao Novo Mundo, e quase todas as espécies são Neotropicais, 8 espécies assinaladas no Brasil. As espécies deste gênero estão entre os mais bonitos Culicinae. Seu corpo é recoberto de escamas de cores variadas e de reflexo metálico (azulado, esverdeado, violáceo, prateado). Parecem ser os culicíneos mais próximos, filogeneticamente, dos Sabethini, tribo que inclui os mosquitos de coloridos e brilhos mais intensos.

Ovos: Seus ovos, muito resistentes à dessecação, são colocados, isoladamente, em substratos úmidos de recipientes naturais. A eclosão se dá na época mais chuvosa do ano, quando os ovos de cada espécie parecem ter respostas diferentes aos estímulos externos para eclosão (número de contatos com a água), de maneira que as primeiras chuvas favorecem o aparecimento das larvas de alguns Haemagogus, enquanto outras de suas espécies nascerão quando a estação chuvosa já estiver plenamente estabelecida.
Larvas: Têm um aspecto bastante parecido com os Aedes.
Adultos: São mosquitos de escudo revestido de escamas coloridas em tons de verde, azul, cobre, bronze ou cores semelhantes, mas com forte brilho metálico. Lembram os sabetinos, dos quais são parentes próximos, mas não têm as cerdas em forma de remo nas pernas.
Habitat: Os criadouros preferidos dos Haemagogus são, decididamente, os buracos ou ocos de árvores. Podem ser encontrados criando-se, com muito menor frequência, em cascas de frutas e internódio de bambu. Sua presença está vinculada à existência desses criadouros, o que torna os Haemagogusrestritos às florestas e, no máximo, à sua vizinhança. São muito mais frequentes nas copas das árvores, onde se alimentam principalmente do sangue de macacos.
Comportamento: São mosquitos essencialmente diurnos e silvestres.


Haemagogus e Sabethes, os principais vetores da forma silvestre da Febre Aamarela. Fotos de Genílton Vieira (Instituto Oswaldo Cruz).


Sabetinos

Os mosquitos Sabetinos (tribo Sabethini) são muitas vezes chamados de “Mosquitos-borboletas”, por serem bastante coloridos, muitas vezes com uma cor iridescente e metálica. Várias espécies têm longas cerdas e escamas nas pernas, formando estruturas parecidas com remos, usadas em uma elaborada exibição sexual. Outra característica peculiar é a forma como pousam, com as pernas posteriores tão dobradas por cima do corpo que passam sobre a cabeça. Das 375 espécies conhecidas, 124 já foram encontradas no Brasil.
As formas imaturas aquáticas dos sabetinos se desenvolvem na água contida em recipientes formados por plantas, como a água acumulada em bromélias, bambus furados ou cortados, ocos de árvores, frutas cortadas e caídas no solo. A postura de uma espécie comum, Sabethes chloropterus, é especialmente curioso: as fêmeas pairam diante do furo de um bambu e lançam os ovos no seu interior, com ótima pontaria e com força suficiente para que eles atinjam uma distância de 2,5 cm a 10 cm. O Trichoprosopon digitatum (vetor da Encefalite de Saint Louis) é outra espécie com um comportamento interessante, a mãe, após colocar os ovos, permanece sobre eles, aparentemente para protegê-los, até o nascimento das pequenas larvas, 24 horas após a postura.
Suas larvas são em geral predadoras, principalmente de outras larvas de mosquitos, até mesmo das de seus irmãos. Diante disso e do fato de as fêmeas depositarem poucos ovos em cada criadouro, a quantidadde larvas encontradas costuma ser pequena.

Ovos: Os ovos são depositados isoladamente. Suas fêmeas grávidas são realmente adaptadas a desovar em recipientes cuja abertura para o meio externo é pequena: um orifício estreito. Neste caso, as fêmeas sobrevoam o local, aproximam-se do orifício e, voltando a ponta do abdome em direção à abertura, atiram 1 ou 2 ovos através dela.
Larvas: Têm o aspecto habitual das larvas da subfamília Culicinae, adquirindo uma posição oblíqua em relação à superfície da água, quando obtêm oxigênio do ar atmosférico.
Adultos: Os Sabethes são, indubitavelmente, os mais belos mosquitos. São dotados de colorido variado e de reflexos cintilantes. Seu escudo, pleura e abdome são intensamente recobertos por escamas que emprestam ao mosquito um aspecto metálico. As tíbias podem apresentar tufos de escamas longas que dão a esses apêndices a aparência de pás de remos. Pousam com as pernas posteriores tão dobradas por cima do corpo que passam sobre a cabeça.
Habitat: E uma tribo quase inteiramente neotropical. Suas espécies são essencialmente silvestres, está geralmente ligado à existência de florestas densas, quentes e úmidas.
Cria-se em recipientes naturais permanentes, preferencialmente em ocos de árvore, principalmente naqueles grandes mas com abertura pequena para o exterior (o que prolonga a existência do líquido, protegendo-o da evaporação intensa). Outros possíveis criadouros são internódios de bambu e axilas de folhas.
Comportamento: São exclusivamente diurnos, o que explica suas colorações vivas. São mosquitos muito "tímidos", geralmente pouco agressivos ou mesmo muito "inibidos", que sobrevoam muitas vezes a vítima antes de pousar, o que frequentemente fazem sobre o rosto, particularmente no nariz. Voam lentamente, com as pernas posteriores voltadas para frente, em arco acima do tórax, e quando ameaçados, afastam-se do hospedeiro voando de costas, de ré.



Sabethes cyaneus, fotografado na Guiana Francesa. Fotos de Paul Bertner.


Sabetino picando a ponta do nariz da sua vítima. Foto de Anthony Érico Guimarães.


Sabetino, provável Wyeomyia, um dos gêneros menos coloridos. Fotografado no Parque Estadual das Dunas de Natal, Natal, RN. Foto gentilmente cedida por Tibério Graco.



  

Toxorhynchites

Toxorhynchites é o único gênero conhecido da subfamília Toxorhynchitinae, os maiores culicídeos do mundo pertencem a este gênero, podendo atingir 12 mm de envergadura das asas. São conhecidas 93 espécies, 13 delas ocorrem no Brasil. É o único culicídeo cujas fêmeas adultas não são hematófagas, estas se alimentam de néctar, como os machos. São longevos, adultos têm uma expectativa de 4 meses.
Os mosquitos do gênero Toxorhynchites são bastante pesquisados, por terem larvas carnívoras, predadoras de outras espécies de mosquitos (muitas vezes canibais), podem consumir até 400 larvas durante seu desenvolvimento. Associado ao fato de terem adultos inócuos, é uma espécie com grande potencial como agente de controle biológico de mosquitos vetores de doenças.

Larvas: As larvas são grandes (até 2 cm), geralmente de coloração marrom escura ou avermelhada, com pelos conspícuos no abdômen. A cápsula cefálica possui um par de poderosas mandíbulas. Pelo seu comportamento, as populações destes mosquitos são de poucos indivíduos, cada reservatório possui somente uma ou algumas larvas.
Adultos: estes mosquitos são grandes, coloridos de cores iridescentes e brilhantes Uma característica peculiar deste gênero é seu proboscis, com uma curvatura para baixo em 90º. São, por isso, chamados em inglês de “elephant mosquitoes”.
Habitat: São mosquitos silvestres, encontrados principalmente em áreas florestais tropicais, Suas grandes larvas são encontradas em ambientes semelhantes aos Sabetinos, como buracos de árvores, reservatórios de bromélias, etc.
Comportamento: São mosquitos diurnos. As formas adultas deste gênero não possuem hábitos hematófagos, sendo, portanto desprovidas de importância epidemiológica na transmissão de doenças.
  


Toxorhynchites fotografado em uma fazenda, em Goiás. Note a probóscide curva para baixo, característica destes mosquitos. Foto de Sonia Furtado.


Toxorhynchites macho fotografado no Parque Natural do Caraça, MG. Foto de Troy Bertlett.



Larva de Toxorhynchites rutilus, uma espécie norte-americana. Foto de David Guzman.



Este artigo só foi possível com a colaboração de diversos amigos e colegas, aos quais somos muito gratos. Agradecimentos à fotógrafa Sonia Furtado,Troy Bertlett (EUA), Genílton Vieira (Instituto Oswaldo Cruz), CONASEMS, ao aquarista Mateus Camboim de Oliveira, aos zoólogos Daniel Ramos,Marcos Teixeira de FreitasTibério GracoSean McCann (EUA), Stephen L. Doggett (Austrália), Paul Bertner (EUA), Anthony Érico Guimarães e David Guzman (EUA) pela cessão das fotos para o artigo.


 As fotografias de Walther Ishikawa, Troy BertlettGenílton VieiraCONASEMSDaniel Ramos e Sean McCann estão licenciados sob uma  Licença Creative Commons . As demais fotos têm seu "copyright" pertencendo aos respectivos autores.  

Larvicida mais eficiente no combate à dengue será utilizado a partir de segunda nos bairros de Ji Paraná Ro.

Larvicida mais eficiente no combate à dengue será utilizado a partir de segunda nos bairros de Ji Paraná Ro.



A partir desta segunda-feira, 23 de novembro, será incluído um novo larvicida no combate a dengue em Ji -Paraná, é o Pyritroxyfen em pó, em substituição ao Organofosforado Temefós Abate. A diferença entre os dois é que a nova substância é mais eficiente que a anterior. Ela não controla diretamente as larvas de mosquito, mas age imitando o hormônio juvenil do inseto e no quarto estágio interrompe o processo normal de desenvolvimento do inseto, que resulta em anormalidade da larva e da pupa, na mortalidade da pupa.

Portanto o novo LARVICIDA não mata imediatamente a larva, mas inibe o crescimento desta, que morre quando chega ao estádio de pupa por estar debilitada. Basta apenas 1 grama do pó para tratar 500 litros de água. “A vantagem em relação ao anterior, é que ele consegue matar a pupa, o Temefós Abate só matam a larva. Dali ele não passa não vira mais mosquito”.

O tempo de ação do novo larvicida também é de 60 dias, este é o período suficiente para que as equipes voltem e façam novamente o tratamento. No entanto informamos o índice de infestação predial registrado no último LIRAª foi de 2,3%, Outubro de 2014 muito além do suportado pelo Ministério da Saúde, que é de <-1%. 

A ação do larvicida consiste na inibição do crescimento do mosquito Aedes aegypti, levando-o a má formação e esterilidade, caso o ovo consiga eclodir. “Essa forma de ação permite um efetivo controle de larvas, com baixa dosagem, reduzindo dessa forma os riscos de intoxicação e contaminação”, 

“Quanto à população, os profissionais da saúde continuam pedindo que se mantenha mobilizada, eliminando de suas casas, apartamentos e outros imóveis os objetos que acumulam água, que atenda os agentes durante as inspeções nas residências e aproveite para tirar possíveis dúvidas. 


edes aegypti adulto se alimentando.
Seu abdome está cheio de sangue.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


fêmea adulta do Aedes aegypti põe ovos
principalmente em recipientes artificiais
com água limpa e estagnada em ambientes domésticos.
Crédito: Vieira G.J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.




Aedes albopictus é vetor de diversas
infecções arboriais, especialmente a dengue.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


Aedes albopictus de barriga cheia.
Listrado, também é chamado de mosquito-tigre.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


Larva do Aedes albopictus. Ele causa pequenos surtos
de dengue principalmente no Sudeste da Ásia.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. 



Larva e pupa do do mosquito Aedes albopictus,
o vetor secundário da dengue.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.


Uma larva quebra a casca do ovo. As larvas
se desenvolvem na água e se tornam pupas.
Crédito: cortesia de Secundino NFC Pimenta Nacif R Pimenta PFP Miranda da Cruz D., Laboratório de Entomologia Médica.



Fêmea adulta de Aedes aegypti,
vetor do vírus da dengue, picando uma pessoa.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


Ovos de Aedes aegypti. As fêmeas adultas
depositam entre 5 e 500 ovos na água.
Crédito: Berhnard Nocht, Institute for Tropical Medicine and Garms


As pupas de Aedes aegypti vivem na água, em recipientes
feitos pelo homem e em ambientes domésticos.
Crédito: Stich A., Liverpool School of Tropical Medicine.


As larvas de Aedes aegypti passam por quatro estágios de desenvolvimento. Em condições ideais, o processo leva 7 dias.
Crédito: Vieira G. J., Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.

sábado, 15 de novembro de 2014

INFORME TÉCNICO FEBRE AMARELA

INFORME TÉCNICO



Centro de Vigilância Epidemiológica
"Prof. Alexandre Vranjac"
Divisão de Imunização, Divisão de Zoonoses 

e de Doenças Transmitidas por Vetores


Febre amarela

 visão geral

O que é Febre amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), e de gravidade variável. Possui dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre primatas não humanos, onde o vírus é transmitido por mosquitos silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil desde 1942).

Causas

A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus da febre amarela, (pertencente ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae) ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado. O vírus e a evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febre amarela urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor da doença. A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus. Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela urbana.

 sintomas

Sintomas de Febre amarela

Dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

tratamento e cuidados

Tratamento de Febre amarela

Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva.

 prevenção

Prevenção

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. A vacina contra febre amarela é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. É administrada em dose única a partir dos 9 meses de idade e é válida por 10 anos. Deve ser aplicada 10 dias antes de viagens para as áreas de risco de transmissão da doença. O Aedes aegyptiprolifera-se nas proximidades de habitações, em recipientes que acumulam água limpa e parada. Para evitar a proliferação do mosquito devem ser adotadas medidas simples como colocar areia nos pratinhos de plantas, cobrir recipientes que acumulam água - lixeiras,pneus,caixas d'água, tonéis,retirar água de lajes,desentupir calhas,guardar garrafas de vidros ou pet,baldes e vasos vazios e de boca para baixo
1. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS


A febre amarela é um dos maiores problemas de saúde pública, pela sua gravidade e pela sua influência na política e na econômica de um país.


Desde 1942 não se registra no Brasil surto epidêmico de Febre Amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti. Os 3 últimos casos ocorreram no ACRE. Na África ainda ocorrem epidemias de Febre Amarela Urbana, em regiões contíguas a regiões de floresta chuvosa, onde a Febre Amarela Silvestre é enzoótica.

No Brasil a Febre Amarela Silvestre é enzoótica em uma enorme área constituída pelos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e DF (tabela 1).

Até 1997, a incidência dos casos apresentava certa regularidade, com epidemias cíclicas, a intervalos mais ou menos regulares de cinco a sete anos, alternados com pequena ocorrência de casos. A partir de 1998 esta tendência se modificou, com aumento progressivo do número de casos confirmados, com tendência de deslocamento para o sul e leste, expansão da área de transição e reativação ou ativação de novos focos da doença para áreas, até então consideradas indenes (figura 1).

Em 1998 ocorreu, em nosso país, um surto na ilha de Marajó – Pará - com transmissão prosseguindo em 1999.

Em 2000 ocorreram casos humanos nos estados de Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, São Paulo e Tocantins.

No primeiro trimestre de 2001 ocorreu um surto no estado de Minas Gerais, nas regionais de Divinópolis e de Patos de Minas e em 2003 no vale do Jequitinhonha.

Em 2004, foram confirmados 5 casos, 3 no Amazonas e 2 no Pará, com 2 óbitos.

Em 2005 tivemos 3 casos, 2 no Amazonas e 1 em Roraima com 3 óbitos.

Nestes últimos anos também se observa intensificação da circulação viral em países vizinhos ao Brasil, principalmente Peru e Bolívia.


No estado de São Paulo os casos de febre amarela ocorreram até a década de cinqüenta (figura 2). Em 2000, foram notificados dois casos na região de São José do Rio Preto (municípios de Santa Albertina e Ouroeste, residentes respectivamente em São José do Rio Preto e Dolcinópolis), além de casos importados em outros municípios (figura 3).


No início de 2003, houve a informação de morte de um macaco no município de Miguelópolis (figura 4) pertencente à regional de Franca. As mortes em macacos podem significar a ocorrência de surtos de febre amarela entre estes primatas e, mesmo não havendo a possibilidade de identificar a causa deste óbito (notificação tardia), mas considerando a localização geográfica do município (fronteira com Minas Gerais) e a situação epidemiológica da febre amarela silvestre no país foram adotadas as seguintes estratégias:

- vacinação casa-a-casa, imediata, da população ribeirinha ao rio Grande;

- coleta de informações junto a esta população sobre a morte de primatas e casos suspeitos em humanos;

- intensificação da vacinação de viajantes para esta área;

- busca ativa de casos com quadro clínico de febre, icterícia e hemorragia;

- intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti para afastar a possibilidade de reurbanização da doença;

- instituição junto aos municípios de toda a área de transição da notificação de óbitos de macacos à Vigilância Epidemiológica regional;

- planejamento de intensificação da vacinação da população residente em todos os municípios da área de transição no estado de São Paulo;

As investigações realizadas naquele ano não identificaram casos de febre amarela em humanos ou em macacos, no entanto as recomendações para a vacinação de TODA a população residente na área, especialmente a ribeirinha e da área rural, além dos viajantes que para lá se dirigem se mantém atualmente. 


1.1. Modo de Transmissão

Nas zonas urbanas e em alguns aglomerados rurais a transmissão é pela picada do Aedes aegypti infectado e nas selvas da América do Sul, pela picada de mosquitos silvestres, tais como : Haemagogus janthinomys, Haemagogus albomaculatus, Haemagogus leucocelaenus e Sabethes chlopterus.

1.2. Período de Incubação

Varia de 3 a 6 dias.

1.3 Período de Transmissibilidade

O sangue do paciente é infectante para o mosquito pouco antes do início da febre e durante os 3 a 4 primeiros dias da doença. Localidades onde existam muitas pessoas suscetíveis e densidade elevada de mosquitos transmissores, estão sujeitas a ocorrência de epidemias.

O ciclo extrínseco de incubação do vírus no Aedes aegypti é, em geral de 9 a 12 dias nas temperaturas normais de verão (23º a 32º C). Uma vez infectado, o Aedes aegypti assim permanecerá durante toda a vida, que dura em média de 30 a 60 dias.

É importante ressaltar a possibilidade de que um indivíduo picado na mata, por mosquitos silvestres infectados, chegue a localidades infestadas por Aedes aegypti ainda no período de incubação ou em plena fase virêmica. Nestas condições, pode ser picado por estes mosquitos e dar início 9 a 12 dias mais tarde, a um surto urbano da doença.

1.4. Suscetibilidade e Resistência

A doença confere imunidade duradoura não se conhecendo segundo ataque; na infecção natural os anticorpos aparecem no decorrer da primeira semana de doença e permanecem por toda a vida.

A imunidade passiva transitória, dos filhos nascidos de mães imunes, pode durar até 6 meses.

A imunidade ativa é obtida mediante a aplicação da vacina contra a febre amarela. Atualmente, o Regulamento Sanitário Internacional exige revacinação a intervalos de 10 anos, no entanto há estudos que revelam a presença de anticorpos em níveis elevados por mais de 20 anos. 

2. ASPECTOS CLÍNICOS

A Febre Amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada por vírus, do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

O quadro clínico caracteriza-se por início abrupto, com febre alta, cefaléia, calafrio, dor lombar, náuseas, vômitos, mialgia, prostração, congestão conjuntival, artralgia e fotofobia com duração, em torno, de 3 dias. Após esse período a doença pode evoluir para a cura ou agravamento do caso. Nos quadros graves aparece novo acesso febril, icterícia progressiva, fenômenos hemorrágicos (epistaxe, hemorragias bucais e cutâneas, hematêmese e melena), hipotensão, bradicardia (dissociação pulso-temperatura – sinal de Faget), prostração acentuada, oligúria ou anúria. O comprometimento do sistema nervoso central manifesta-se em geral por delírio, convulsão e coma. Este quadro que caracteriza uma síndrome hepato-nefro-tóxica termina entre o 7º e 10º dia de doença. Dentre os casos graves notificados, a letalidade é superior a 40%.

A confirmação laboratorial é realizada através do isolamento do vírus, da demonstração de anticorpos específicos IgM por técnica de Elisa, ou de aumento significativo de anticorpos específicos em amostras pareadas de soro, pelas técnicas de Fixação de Complemento, Inibição de Hemaglutinação e Neutralização. Pode ser realizada também através de Imunohistoquímica e pela Reação em Cadeia de Polimerase (PCR).

Os principais diagnósticos diferenciais são: hepatite aguda fulminante, malária por Plasmodium falciparum, leptospirose, septicemias bacterianas com icterícia, e outros

3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

3.1 - Definição de Caso Suspeito:

3.1.1 – Indivíduo com quadro febril agudo (há menos de 7 dias), acompanhado de icterícia e manifestação hemorrágica, independentemente do estado vacinal para febre amarela.

3.1.2 - Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias) que resida ou que tenha se deslocado para área de transmissão viral (ocorrência de casos humanos, epizootias ou de isolamento viral em mosquitos) nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.

3.2 - Definição de Caso Confirmado

Paciente com quadro clínico compatível que apresente diagnóstico laboratorial confirmado através de:

a) - Isolamento de vírus a partir de amostras de sangue ou tecido hepático; e/ou

b) - Detecção de anticorpos do tipo IgM pela técnica de Mac Elisa em indivíduos não vacinados; e/ou

c) - Demonstração de aumento de 4 vezes ou mais no título de anticorpos IgG pela
técnica de Inibição da Hemaglutinação; e/ou

d) – Detecção do genoma viral (PCR); e/ou

e) – Imunohistoquímica.

No curso de surto ou epidemia todo caso suspeito que evolua para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, 
será considerado caso confirmado, desde que outros casos já tenham sido confirmados laboratorialmente. Também será considerado confirmado todo indivíduo assintomático ou oligossintomático originado de busca ativa que não tenha sido vacinado contra febre amarela e que apresente sorologia positiva para FA (MAC-ELISA).

Obs: Diante de um caso confirmado de Febre Amarela em áreas com infestação domiciliar pelo Aedes aegypti deverá ser realizada a busca ativa de outros casos suspeitos na área de residência e/ou trabalho do paciente. Na suspeita de febre amarela autóctone a busca ativa de casos deverá ser realizada antes da confirmação do caso. 

3.3 - Investigação Epidemiológica

Notificação imediata e preenchimento da ficha de investigação do SINAN;

Determinação do local provável de infecção especificando a(s) localidades, município(s) visitado(s), tempo de permanência, datas de viagem e retorno a São Paulo;

Coleta de sangue para exame sorológico e isolamento do vírus. Nos pacientes com coleta de sangue anterior ao 5º dia do início dos sintomas coletar uma 2º amostra;

Verificação de antecedente de vacinação contra febre amarela;

Notificação a SUCEN ou o órgão de controle do Aedes aegypti para realização da pesquisa entomológica na área de residência e/ou trabalho do paciente.

4. MEDIDAS DE CONTROLE

4.1 Medidas referentes a via de transmissão:

Na forma silvestre, onde os vetores estão amplamente distribuídos e com hábitos silvestres, não é possível a aplicação de medidas de controle.

Na forma urbana, onde o vetor é o Aedes aegypti, há risco de transmissão quando os índices de infestação são superiores a 5%. Devem ser aplicadas as medidas de combate a esse vetor, de acordo com as técnicas preconizadas no controle de vetores da Febre Amarela e Dengue.

4. 2 Medidas referentes ao novo hospedeiro

4.2.1 Vacinação

É uma vacina viral atenuada originária da cepa 17D do vírus da Febre Amarela. O vírus vacinal é cultivado em ovos embrionados de galinha.

4.2.2 Indicações

A vacinação tem como objetivo:

§ Conferir proteção individual

§ Conferir proteção coletiva na população

§ Bloquear a propagação geográfica da doença criando uma barreira de imunidade na prevenção de epidemias.

Portanto está indicada:

· a partir dos 9 meses de idade residindo e/ou viajando para áreas endêmicas;

OBS: em situações de epidemia ou surtos pode-se antecipar a idade da vacinação para 6 meses.

· pessoal de laboratório suscetível à exposição de vírus amarílico selvagem.

· a partir da confirmação de um caso de febre amarela o município de residência do paciente deverá ser avaliado segundo a infestação domiciliar pelo Aedes aegypti e vacinação anterior contra febre amarela:

ü município infestado pelo Aedes aegypti e com vacinação de rotina deverá ser realizada intensificação da 
vacinação.

ü município infestado pelo Aedes aegypti sem vacinação de rotina deverá ser realizado vacinação de bloqueio.

ü Município sem infestação pelo Aedes aegypti, manter vigilância.

OBS: O limite mínimo da abrangência para realização do bloqueio é de 30 km ao redor do caso suspeito.

A vacinação requer estratégias que garantam a cobertura de 100% de forma homogênea para a proteção efetiva da população suscetível com risco de adoecer e morrer de febre amarela. Neste sentido é importante ressaltar que na área indene a atividade de vacinação deve ser direcionada na área indene: esta atividade deve ser direcionada à população de risco (caminhoneiros, motoristas, turistas, pescadores, caçadores, garimpeiros, dentre outros) que se dirigem esporádica e/ou freqüentemente às áreas de risco. A vacina deve ser aplicada, no mínimo, 10 dias antes do deslocamento.

Essas atividades são preconizadas pela SECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE (SVS/MS), porém as ações deverão ser desencadeadas após avaliação conjunta com CVE.

4.2.3 Imunidade e Duração da Proteção

A vacina confere imunidade em cerca de 95% dos vacinados. O início da proteção é a partir do 10º dia. O Regulamento Sanitário Internacional preconiza a revacinação a cada dez anos.

4.2.4 Contra-indicações gerais

• crianças menores de 6 meses de idade são susceptíveis a eventos adversos graves (encefalite);

• portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida ou neoplasia maligna (leucemias, linfomas e AIDS);

• pacientes sob tratamentos com imunossupressores (corticóide, quimioterapia antineoplásica, radioterapia etc.)

• gestante : como regra geral nenhuma vacina viral atenuada deve ser administrada na gravidez. Caso não haja possibilidade de adiar o deslocamento para áreas endêmicas, e considerando-se o alto risco de exposição, recomenda-se neste caso a vacinação;

• pessoas com história de reação anafilática após ingestão de ovo.

4.2.5 Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação.


• vigência de doenças febris graves, sobretudo para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou mesmo confundidos com os possíveis eventos adversos da vacina.

• tratamento com imunossupressor (até três meses após a suspensão de seu uso).

4.2.6 Vacinação simultânea e intervalo entre as vacinas virais


• não há contra indicação em relação a vacinação simultânea, com outras vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI) como também não se observa maior incidência de eventos adversos nestas situações;

• recomenda-se agendar um intervalo de pelo menos 2 semanas entre as vacinas virais atenuadas (sarampo, rubéola, caxumba), exceto em situações especiais (por ex. vacinação de bloqueio contra o sarampo). Não há necessidade de suspensão da vacina contra a Febre Amarela antes ou após as Campanhas Nacionais de Vacinação contra a Poliomielite.

4.2.7 Eventos Adversos


• Cerca de 2 a 5 % dos vacinados poderão apresentar após o 6º dia, febre, mialgia e

• Reações imediatas de hipersensibilidade são raras (incidência < 1/1.000.000).

• A encefalite é raríssima, dados da OMS (1994) referem mais de 200 milhões de vacinas aplicadas com a descrição de 17 casos de encefalites temporalmente associados (4 casos em crianças menores de 4 meses).

A partir de 1998, visando evitar a ocorrência de surtos de grande magnitude, iniciou-se uma ampla campanha de intensificação da vacinação contra febre amarela, nas áreas de risco. Durante a intensificação a comunidade científica foi surpreendida com um novo fato: casos fatais com quadro clínico de febre amarela, associados temporariamente à vacina.

Diante das modificações verificadas no perfil epidemiológico da febre amarela a partir de 1998, tanto temporal como espacial, como ampliação da área de transição (figura1) e considerando os eventos adversos à vacina recomenda-se a vacinação de febre amarela para as pessoas que viajem para a área endêmica e para a área de transição.

Indicação da vacina de Febre Amarela no Estado de São Paulo:

A partir de 9 meses de idade, nos indivíduos residentes na área de transição: Direções Regionais de Saúde (DIR) de Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Ribeirão Preto, Franca e parte da DIR de Marília.

Clique aqui para verificar a lista de municípios paulistas

Indivíduos que viajem para a área endêmica e área de transição: estados de Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Distrito Federal e regiões de Piauí, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul


Clique para verificar a lista de municípios da região endêmica e de transição

Indivíduos que viajem, no estado de São Paulo, para os municípios ribeirinhos ao Rio Grande, ao Rio Paraná e ao Rio Paranapanema e municípios fronteiriços ao estado de Minas Gerais da DIR de Franca e da DIR de Ribeirão Preto, além de viajantes que pretendam freqüentar regiões de matas com possibilidade de circulação de vírus de febre amarela




Bibliografia consultada
1.      Monath T. Yellow fever vaccine. In: Plotkin AS, Orestein WA, eds. Vaccines. Third ed. Philadelphia, PA:WA Saunders Co, 2004.
2.      American Academy of Pediatrics Report of the Committee on infections Disease, 25ª edição Elk Grove Village, 2000.
3.      CDC. Yellow Fever  Vaccine Recommendations of the Advisory Committee on Immunizations e Practices. MMWR, 2002; 51(RR-17):1-10.
  1. The Immunological basis for Immunization – Module 8 : Yellow Fever – WHO/EPI/GEN – 1993.
  2. Tauil P L. Febre Amarela no Brasil. Médicos - HCFMUSP 1998; 1 (3): 50-2.
  3. Brasil/ Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde - Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela - 2º ed. 2004.
  4. Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Febre Amarela – julho/2001. Disponível em http://www.saude.gov.br/svs.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sistema de Informação de Agravos de Notificação

- Portal da Saúde - www.Saude.gov.br - Vigilância


Vigilãncia em Saãde

































O QUE É O SINAN
https://www.google.com.br/#newwindow=1&q=http+%2F%2Fdtr2004.saude.gov.br%2Fsinanweb%2Fnovo%2FO Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 ), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo.

Leia mais

Portaria GM/MS Nº 201, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010 Parâmetros para monitoramento da regularidade na alimentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), para fins de manutenção do repasse de recursos do Componente de Vigilância e Promoção da Saúde do Bloco de Vigilância em Saúde.

Portaria GM/MS Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013 Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
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