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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Biologia dos vetores

Aedes aegypti

O Aedes aegypti (Linnaeus,1762) e também o Aedes albopictus (Skuse, 1894)
pertencem ao RAMO Arthropoda (pés articulados), CLASSE Hexapoda (três pares de patas),
ORDEM Diptera (um par de asas anterior funcional e um par posterior transformado em
halteres), FAMÍLIA Culicidae, GÊNERO Aedes.
O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo mundo,
entre as latitudes 35ºN e 35ºS. Embora a espécie tenha sido identificada até a latitude
45ºN, estes têm sido achados esporádicos apenas durante a estação quente, não sobrevi-
vendo ao inverno.
A distribuição do Aedes aegypti também é limitada pela altitude. Embora não seja
usualmente encontrado acima dos 1.000 metros, já foi referida sua presença a 2.200 me-
tros acima do nível do mar, na Índia e na Colômbia (OPS/OMS).
Por sua estreita associação com o homem, o Aedes aegypti é, essencialmente,
mosquito urbano, encontrado em maior abundância em cidades, vilas e povoados. Entre-
tanto, no Brasil, México e Colômbia, já foi localizado em zonas rurais, provavelmente trans-
portado de áreas urbanas em vasos domésticos, onde se encontravam ovos e larvas (OPAS/
OMS).
Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida
do Aedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvários), pupa e
adulto.



2.1.1. Ovo

.



As fêmeas se alimentam mais freqüentemente de sangue, servindo como fonte de
repasto a maior parte dos animais vertebrados, mas mostram marcada predileção pelo
homem (antropofilia). antropofilia
 Figura 3FUNASA - abril/2001 - pag. 14
O repasto sangüíneo das fêmeas fornece proteínas para o desenvolvimento dos
ovos. Ocorre quase sempre durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao anoitecer. O
macho alimenta-se de carboidratos extraídos dos vegetais. As fêmeas também se alimen-
tam da seiva das plantas.
Em geral, a fêmea faz uma postura após cada repasto sangüíneo. O intervalo entre
a alimentação sangüínea e a postura é, em regra, de três dias, em condições de tempera-
tura satisfatórias. Com freqüência, a fêmea se alimenta mais de uma vez, entre duas suces-
sivas posturas, em especial quando perturbada antes de totalmente ingurgitada (cheia de
sangue). Este fato resulta na variação de hospedeiros, com disseminação do vírus a vários
deles.
A oviposição se dá mais freqüentemente no fim da tarde. A fêmea grávida é atra-
ída por recipientes escuros ou sombreados, com superfície áspera, nas quais deposita os
ovos. Prefere água limpa e cristalina ao invés de água suja ou poluída por matéria orgânica.
A fêmea distribui cada postura em vários recipientes.
É pequena a capacidade de dispersão do Aedes aegypti pelo vôo, quando compa-
rada com a de outras espécies. Não é raro que a fêmea passe toda sua vida nas proximi-
dades do local de onde eclodiu, desde que haja hospedeiros. Poucas vezes a dispersão
pelo vôo excede os 100 metros. Entretanto, já foi demonstrado que uma fêmea grávida
pode voar até 3Km em busca de local adequado para a oviposição, quando não há recipi-
entes apropriados nas proximidades.
A dispersão do Aedes aegypti a grandes distâncias se dá, geralmente, como resul-
tado do transporte dos ovos e larvas em recipientes.
Quando não estão em acasalamento, procurando fontes de alimentação ou em
dispersão, os mosquitos buscam locais escuros e quietos para repousar.
A domesticidade do Aedes aegypti é ressaltada pelo fato de que ambos os sexos
são encontrados em proporções semelhantes dentro das casas (endofilia). endofilia
O Aedes aegypti quando em repouso é encontrado nas habitações, nos quartos de
dormir, nos banheiros e na cozinha e, só ocasionalmente, no peridomicílio. As superfícies
preferidas para o repouso são as paredes, mobília, peças de roupas penduradas e mosqui-
teiros.
Quando o Aedes aegypti está infectado pelo vírus do dengue ou da febre amarela,
pode haver transmissão transovariana destes, de maneira que, em variável percentual, as
fêmeas filhas de um espécime portador nascem já infectadas (OPAS/OMS).
Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses,
mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias. Com uma mortalidade diária de 10%,
a metade dos mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95% durante o primei-
ro mês.



Transmissores silvestres
Os mosquitos que transmitem a febre amarela silvestre pertencem aos gêneros
Haemagogus (Haemagogus janthinomys, Haemagogus leucocelaenus, Haemagogus
capricornii, Haemagogus spegazzinii) e Sabethes (Sabethes cloropterus). Alguns Aedes sil-
vestres (Aedes scapularis, Aedes fluviatilis, e outros) que, em laboratório, têm demonstrado
capacidade de transmissão, não foram, contudo, encontrados naturalmente infectados.
Os Haemagogus são mosquitos com hábitos selváticos. Seus focos são encontra-
dos quase sempre em cavidades de árvores no ambiente silvestre.
2.3. Aedes albopictus
Em fins de maio de 1986, ocorreu o primeiro achado de Aedes albopictus (Skuse,
1894) no Brasil, em foco localizado na Universidade Rural do Rio de Janeiro, no Município
de Itaguaí. Logo a seguir novos focos foram reportados, na Universidade de Viçosa, em ,
Minas Gerais, e nas proximidades das cidades de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo.
O Aedes albopictus é um espécie que se adapta ao domicílio e tem como criadouros
recipientes de uso doméstico como jarros, tambores, pneus e tanques. Além disso, está
presente no meio rural, em ocos de árvores, na imbricação das folhas e em orifícios de
bambus. Essa amplitude de distribuição e capacidade de adaptação a diferentes ambientes
e situações determina dificuldades para a erradicação através da mesma metodologia se-
guida para o Aedes aegypti. Além de sua maior valência ecológica, tem como fonte alimen- . .
tar tanto o sangue humano como de outros mamíferos e até aves. Ademais disso, é mais
resistente ao frio que o Aedes aegypti...
É necessário que se promovam levantamentos regulares para a detecção de sua
presença e o aprofundamento de estudos sobre hábitats naturais e artificiais.
Recomenda-se ainda o desenvolvimento de estudos para avaliação da capacidade
de dispersão da espécie, incluindo a competitividade com outros vetores, propagação pas-
siva, capacidade vetorial e de sua participação na transmissão.
2.4. Outras espécies (figuras 7, 8, 9, 10 e 11)
2.4.1. Aedes scapularis
Colorido geral escuro. É característica a existência de mancha creme na cabeça e
dorso. Não tem anéis brancos nas patas. Pica de preferência à tarde, pessoas que estão
próximas às habitações, como nas varandas. Raramente é encontrado em repouso dentro
de casa, uma vez que, logo após a alimentação, volta a seus esconderijos habituais no
meio da vegetação. Faz posturas em poças e alagados ou em outro local onde haja vege-
tação e água acumulada de chuvas recentes.
2.4.2. Aedes taeniorhynchus
Colorido escuro. Caracteriza-se por anel branco na probóscida e por anéis tam-
bém brancos nas patas. É o mosquito que, no interior da habitação, mais se parece com os
Aedes aegypti e Aedes albopictus. Seus hábitos alimentares se assemelham aos do Aedes
scapularis, invadindo as casas com mais freqüência. Faz postura em águas salobras e seu
vôo pode ultrapassar 50 km.FUNASA - abril/2001 - pag. 19
2.4.3. Aedes fluviatilis
Colorido pardo escuro. Caracteriza-se por mancha dourada clara na parte supe-
rior da cabeça. Patas com anéis brancos. É raramente encontrado dentro das casas. Os
locais preferenciais para desova são as cavidades das pedras e as margens dos rios, mas,
recentemente, tem sido encontrado ovipondo na parte externa das casas nos mesmos de-
pósitos em que se encontra Aedes aegypti (caixas d’água, tanques, barris, tonéis, pneus).
2.4.4. Mansonia sp
De coloração escura, é caracterizado pelas asas aveludadas e escuras; patas com
anéis claros e anel na tromba. Sua picada é dolorosa e o vôo é longo. Quase nunca é
encontrado em repouso nas casas. Os criadouros de Mansonia são lagos, lagoas e alaga-
dos, onde existam algumas plantas aquáticas em particular, como goivo, bodocó ou baro-
nesa (aguapés). As larvas do Mansonia respiram utilizando o tecido poroso das raízes da
planta.
2.4.5. Limatus durhamii
Mosquito pequeno, frágil, de aparência multicolorida, tromba comprida e muito
fina, patas escuras, sem anéis. Nunca invade as casas. Tem como criadouros preferenciais
árvores e plantas (gravatás, bambus) e ainda cacos de vidro e latas, existentes no ambiente
extradomiciliar. Suas larvas se parecem com as do Aedes aegypti quando vistas a olho nu.
2.4.6. Culex quinquefasciatus
É o mosquito doméstico mais comumente encontrado. É de cor parda, quase uni-
forme, não apresentando qualquer característica importante de relevo. Pica ao escurecer e
sua atividade se prolonga por toda a noite. A fêmea faz a postura de uma só vez (ovos
formando “jangada”). Desova de preferência em criadouros com água parada e poluída
com matéria orgânica (fossas, valas e outros), podendo desovar eventualmente em depó-
sitos de água limpa. É transmissor da filariose bancroftiana.
2.4.7. Anopheles sp
Também chamado mosquito prego porque pousa perpendicularmente na parede.
As asas têm manchas características. Todas as espécies do subgênero Nyssorhynchus têm
anéis brancos nas patas. As espécies do subgênero Cellia, ao qual pertence o Anopheles
gambiae, vistas a olho nu, têm coloração uniforme nas patas. Desova preferencialmente
em criadouros naturais com água limpa e sombreada (lagoas, brejos, córregos, remanso
de rios e igarapés).
Os mosquitos do gênero Anopheles são transmissores da malária.





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