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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

DDT: Ex servidores da SUCAM até hoje sentem o impacto

DDT: Ex servidores da SUCAM até hoje sentem o impacto


O DDT é um potente inseticida utilizado para o controle de pragas e endemias que pode ser absorvido pelas vias cutânea, respiratória e digestiva, acumulando no tecido adiposo humano, o que determina a sua lenta degradação, com capacidade de acumular no meio ambiente e em seres vivos, contaminando o homem diretamente ou por intermédio da cadeia alimentar. Em sua intoxicação aguda grave, o veneno atua principalmente no sistema nervoso central, provocando vários sintomas podendo levar até a morte.

                               DDT: Ex servidores da SUCAM até hoje sentem o impacto

Vejam mais videos e fotos no link abaixo:

http://waldirmadruga.blogspot.com.br/2013/07/os-sucazeiros-que-fizeram-e-faz-parte.html


 O DDT: dicloro-difenil-tricloroetano


A maioria dos inseticidas atuais pertencem a dois grupos: o dos

organoclorados e o dos organofosforados. Um dos mais conhecidos e iniciais

representantes do primeiro grupo é está o dicloro-difenil-tricloroetano (DDT).

Da manipulação de compostos simples a base de carbono, substituindo

hidrogênios por átomos de cloro chegou-se ao DDT. Essa substância foi

sintetizada pela primeira vez em 1874 mas suas propriedades inseticidas

foram descobertas pelo suíço Paul Muller, em 1939. Em 1948, ele foi

laureado com o Prêmio Nobel. O uso do DDT foi tão familiar a todos que a

desinsetização, usada a partir da década de 1930, ganhou o nome de

dedetização, a partir da década de 1940. Um de seus primeiros empregos, o

DDT em pó foi usado em soldados para o controle de piolhos. Na ocasião,

como não houve nenhuma descrição de efeitos tóxicos o produto foi

assumido como inofensivo. A forma em pó do DDT, por suas propriedades

químicas, não é absorvida pela pele. Entretanto, quando diluído em óleo é,

sem dúvida alguma, muito tóxico, acumulando-se especialmente nas

adrenais, nos testículos e na tireoide (18).

Os efeitos tóxicos do DDT são percebidos, ao menos em animais de

laboratórios, em concentrações a partir de 3 partes por milhão (ppm).

Pesquisas realizadas na década de 1950, mostraram que pessoas que não

lidam diretamente com o DDT podem acumular 5,3 ppm; os agricultores, 17,1

e os operários da fábricas de DDT, acumulam 648 ppm (18). Pesquisas

apontaram ainda que o DDT pode ir para o leite materno, sendo portanto

transferido para o recém-nascido. Em frutas e verduras, não adianta a

lavagem porque ela não remove a substância de sua superfície (18).

A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes

de 2001 trouxe, em se anexo B, o DDT como substância de uso restrito e

destaca a importância de se fazer uma transição de seu uso para alternativas

mais seguras (20). Apesar da restrição, o DDT continua ainda hoje sendo

produzido e utilizado, sendo que seu emprego tem aumentado nos últimos

anos, particularmente na África. A produção do DDT ocorre na Índia, na

China e na Coreia do Norte. Em levantamento feito em 2007, 21 países faziam uso do DDT, essencialmente para o controle do Anopheles (vetor da

malária) e de flebotomíneos (vetores da leishmaniose visceral) (21).


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