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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ministério da Saúde não permite mais o fumaçê

Ministério da Saúde não permite mais o fumaçê


A prática conhecida como Fumaçê que foi largamente utilizada para o controle da dengue nos municípios, não é mais permitida pelo Ministério da Saúde (MS). A afirmação é do secretário municipal de saúde de Ji-Paraná, Renato Fuverki, em resposta ao questionamento de parte da população sobre o porquê da não utilização deste sistema na cidade. “Foi comprovado pelo Ministério da Saúde que o fumaçê é pouco eficiente no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, além de causar danos ambientais, como a eliminação de abelhas e outros insetos benéficos ao homem”. Explicou. 

O que o MS recomenda desde 2013, e que foi adotado pela Secretaria Municipal de saúde (Semusa) é o Levantamento Rápido do índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA), sistema que em Ji-Paraná reduziu em mais de 70 % dos casos comprovados da dengue em relação aos anos anteriores quando se usava o fumaçê. “O índice atual no Município é de 2,3 % para cada 100 moradias, com um total de apenas 65 casos confirmados em 2014, e destes, vários foram de moradores de outras cidades de Rondônia”, afirmou.

Para se ter uma idéia da melhoria na prevenção da dengue, Ji-Paraná já chegou a registrar mais de 500 casos da doença em um único ano, quando se usava o fumaçê. Após a adoção do novo sistema, o número de casos confirmado caiu bastante, em 2014, por exemplo, foram apenas 65 casos.

Renato Fuverki acrescentou ainda que no caso de alguma notificação comprovada da doença, é realizado rapidamente o bloqueio do local e neste caso usa-se o fumaçê de modo restrito, apenas num raio de 150 metros do local do foco. 

“Lembramos a todos que a nossa responsabilidade enquanto poder público é com os casos de epidemia, seja da dengue ou da chikungunia, que também já ameaçou se alastrar no Brasil, e causa conseqüências até piores do que a dengue”, avisou. Ele reiterou que cuidar da eliminação do mosquito caseiro transmissor destas doenças é de responsabilidade de cada morador.

Para o secretário, o sucesso na redução de casos específicos da dengue em Ji-Paraná, se deu pela adoção do novo método LIRA e dos bloqueios, aliado às campanhas de recolhimento de entulhos, pneus e outros recipientes que favorecem à proliferação do mosquito, realizadas pela Semusa, com a participação da população.
10/12/2014

Divisão de Controle das Endemias DIZ:

O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da doença em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada num momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.
Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.


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