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PORTAL DO SERVIDOR PUBLICO DO BRASIL: PÁGINA OFICIAL

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Introdução A dengue

Introdução

A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo
a população de todos os estados, independentemente da classe social. Nesse
cenário, torna-se imperioso que um conjunto de ações para a prevenção da
doença seja intensificado, permitindo assim a identificação precoce dos casos
de dengue, a tomada de decisões e a implementação de medidas de maneira
oportuna, a fim de principalmente evitar óbitos. Preservar a vida humana é
obrigação de todos.

A capacitação de profissionais de saúde no atendimento ao paciente com
dengue é um dos principais componentes do Programa Nacional de Controle
da Dengue (PNCD) do Ministério da Saúde. Para atender a essa necessidade de
treinamento, a Secretaria de Vigilância em Saúde elaborou o presente material,
que visa orientar os profissionais de enfermagem, para uma identificação precoce e uma assistência adequada ao paciente com dengue.
A classificação da dengue, segundo a Organização Mundial da Saúde, na
maioria das vezes é retrospectiva e depende de critérios clínicos e laboratoriais
que nem sempre estão disponíveis precocemente, porém a ação sistemática e
efetiva do atendimento de enfermagem permite auxiliar no reconhecimento precoce de formas potencialmente graves, que necessitam de tratamento imediato.
A proposta deste manual é, portanto, abordar aspectos da assistência de enfermagem, desenvolvendo um atendimento integral, que possa colaborar para
o restabelecimento da saúde individual e coletiva.

2 Espectro clínico

A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Dentre estes, destaca-se a ocorrência de febre hemorrágica da dengue, hepatite, insuficiência hepática, manifestações do sistema nervoso,
miocardite, hemorragias graves e choque.
Na dengue, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC)
de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retroorbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia podem ser observados por dois a seis dias.
Alguns pacientes podem evoluir para formas graves da doença e passam a
apresentar sinais de alarme da dengue, principalmente quando a febre cede, os
quais precedem as manifestações hemorrágicas graves.
As manifestações hemorrágicas como epistaxe, petéquias, gengivorragia,
metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e outros, bem como a plaquetopenia podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue. É
importante ressaltar que o fator determinante na febre hemorrágica da dengue
é o extravasamento plasmático, que pode ser expresso por meio da hemoconcentração, hipoalbuminemia e ou derrames cavitários.
2.1 aspectos clínicos na criança
A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos: apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarréia ou fezes amolecidas.
Nos menores de 2 anos de idade, especialmente em menores de 6 meses, os
sintomas como cefaléia, mialgias e artralgias podem manifestar-se por choro
persistente, adinamia e irritabilidade, geralmente com ausência de manifesta-
ções respiratórias, podendo confundir com outros quadros infecciosos febris,
próprios desta faixa etária.
As formas graves sobrevêm geralmente em torno do terceiro dia de doen-
ça, acompanhadas ou não da defervescência da febre.
Na criança, o início da doença pode passar despercebido e o quadro grave
ser identificado como a primeira manifestação clínica. O agravamento geralmente é súbito, diferente do adulto, no qual os sinais de alarme de gravidade
são mais facilmente detectados. O exantema, quando presente, é maculopapular, podendo apresentar-se sob todas as formas (pleomorfismo), com ou sem
prurido, precoce ou tardiamente.
2.2 Febre hemorrágica da dengue (FHd)
As manifestações clínicas iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas descritas nas formas clássicas de dengue. Entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando da defervescência da febre, surgem sinais e sintomas como vô-
mitos importantes, dor abdominal intensa, hepatomegalia dolorosa, desconforto
respiratório, letargia, derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite), que alarmam a possibilidade de evolução do paciente para a forma hemorrágica da doença. Em geral, esses sinais de alarme precedem as manifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas (prova do laço positiva) e os sinais de insuficiência
circulatória, que podem existir na FHD. O paciente pode evoluir em seguida para
instabilidade hemodinâmica, com hipotensão arterial, taquisfigmia e choque.
2.3 dengue com complicações
É todo caso grave que não se enquadra nos critérios da OMS de FHD e
quando a classificação de dengue clássica é insatisfatória.
Nessa situação, a presença de um dos achados a seguir caracteriza o quadro:
alterações graves do sistema nervoso; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência
hepática; plaquetopenia igual ou inferior a 50.000/mm3
; hemorragia digestiva;
derrames cavitários; leucometria global igual ou inferior a 1.000/mm3
; óbito.
Manifestações clínicas do sistema nervoso, presentes tanto em adultos como
em crianças, incluem: delírio, sonolência, coma, depressão, irritabilidade, psicose, demência, amnésia, sinais meníngeos, paresias, paralisias, polineuropatias, síndrome de Reye, síndrome de Guillain-Barré e encefalite. Podem surgir
no decorrer do período febril ou mais tardiamente, na convalescença.
2.4 Caso suspeito de dengue
Todo paciente que apresenta doença febril aguda com duração de até sete
dias, acompanhada de pelo menos dois dos sintomas como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração ou exantema, associados ou não à
presença de hemorragias. Além de ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde
esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti.
Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica.
3 Diagnóstico diferencial
As principais doenças que fazem diagnóstico diferencial são: influenza, enteroviroses, doenças exantemáticas (sarampo, rubéola, parvovirose, eritema
infeccioso, mononucleose infecciosa, exantema súbito, citomegalovirose e outras), hepatites virais, abscesso hepático, abdome agudo, hantavirose, arboviroses (febre amarela, Mayaro, Oropouche e outras), escarlatina, pneumonia,
sepse, infecção urinária, meningococcemia, leptospirose, malária, salmonelose, riquetsioses, doença de Henoch-Schonlein, doença de Kawasaki, púrpura auto-imune, farmacodermias e alergias cutâneas. Outros agravos podem ser
considerados conforme a situação epidemiológica da região.
4 Atendimento de enfermagem ao paciente
com suspeita de dengue
Cabe ao profissional de enfermagem coletar e registrar dados da forma mais
detalhada possível no prontuário do paciente. Esses dados são necessários para
o planejamento e a execução dos serviços de assistência de enfermagem.
4.1 roteiro de atendimento
4.1.1 Histórico de enfermagem (entrevista e exame físico)
a) Data do início dos sintomas.
b) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, freqüência respiratória,
temperatura.
c) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal
(IMC).
d)Pesquisar sinais de alarme.
e) Realizar prova do laço na ausência de manifestações hemorrágicas.
f) Segmento da pele: pesquisar pele fria ou quente, sinais de desidratação,
exantema, petéquias, hematomas, sufusões e outros.
g) Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz, edema subcutâneo palpebral,
hemorragia conjuntival, petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.
h) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório, de derrame
pleural e pericárdico.
i) Segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite, timpanismo, macicez e outros.
j) Segmento neurológico: pesquisar cefaléia, convulsão, sonolência, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade e depressão.
k) Sistema músculo-esquelético: pesquisar mialgias, artragias e edemas.
l) Realizar a notificação e investigação do caso.
m)Registrar no prontuário as condutas prestadas de enfermagem.

dengue: manual de enfermagem – adulto e criança
secretaria de Vigilância em saúde / Ms
11
referência de normalidade para pressão arterial em crianças
• Recém-Nascido até 92 horas: sistólica = 60 a 90mmHg
 diastólica = 20 a 60mmHg
• Lactentes < de 1 ano: sistólica = 87 a 105mmHg
 diastólica = 53 a 66mmHg
Pressão média sistólica (percentil 50) para crianças > de 1 ano = idade em anos x 2 + 90
Para determinar hipotensão arterial, considerar: pressão sistólica limite inferior (percentil
5) para crianças > de 1 ano: idade em anos x 2 + 70. Achados de pressão arterial
sistólica abaixo deste percentil ou valor sinaliza hipotensão arterial.
Pediatric Advanced Life Support, 1997; Murahovschi, J. 2003.
➤ Em crianças, usar manguito apropriado para a idade e peso.
Prova do laço
A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casos
suspeitos de dengue durante o exame físico.
• Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área ao redor da falange distal do
polegar) no antebraço da pessoa e verificar a pressão arterial (deitada ou sentada).
• Calcular o valor médio: (PAS+PAD)/2.
• Insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por cinco minutos em
adultos (em crianças, 3 minutos) ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses.
• Contar o número de petéquias no quadrado. A prova será positiva se houver 20 ou
mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças.
A prova do laço é importante para a triagem do paciente suspeito de dengue, pois é a única manifestação hemorrágica de FHD representando a fragilidade capilar.

4.1.2 Histórico de epidemiologia
a) Perguntar sobre presença de casos semelhantes no local de moradia ou de
trabalho.
b) Perguntar sobre história de deslocamento nos últimos 15 dias para área de
transmissão de dengue.
4.1.3 Orientações aos pacientes e familiares
a) Todos os pacientes (adultos e crianças) devem retornar imediatamente em
caso de aparecimento de sinais de alarme.
b) O desaparecimento da febre (entre o segundo e o sexto dia de doença) marca
o início da fase crítica, razão pela qual o paciente deverá retornar para nova
avaliação no primeiro dia desse período.
c) Orientar o paciente sobre o uso e importância do “Cartão de Identificação
do Paciente com Dengue” (Anexo E).
Para seguimento do paciente, recomenda-se:
A adoção do “Cartão de Identificação do Paciente com Dengue”, que é entregue
após a consulta ambulatorial em que constam as seguintes informações: dados de
identificação, unidade de atendimento, data de início dos sintomas, medição de PA,
prova do laço, hematócrito, plaquetas, sorologia, orientações sobre sinais de alarme
e local de referência para atendimento de casos graves na região

Indicações para internação hospitalar
a) Presença de sinais de alarme.
b) Recusa na ingesta de alimentos e líquidos.
c) Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
d) Plaquetas <20.000/mm3
, independentemente de manifestações hemorrágicas.
e) Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde.
f) Co-morbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca,uso de dicumarínicos, crise asmática, etc.
g) Outras situações a critério médico.
6 Estadiamento
O manejo adequado do paciente com dengue depende do reconhecimento
precoce dos sinais de alarme, do contínuo monitoramento, reestadiamento dos
casos e da pronta reposição hídrica. Com isso, torna-se necessário a revisão
da história clínica, acompanhado do exame físico completo a cada reavaliação
do paciente, com o devido registro em instrumentos pertinentes (prontuários,
ficha de atendimento, cartão de acompanhamento).
6.1 Grupo a
a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecíficos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
b) Prova do laço negativa e ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas.
c) Ausência de sinais de alarme.
6.2 Grupo B
a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecíficos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
b) Prova do laço positiva ou manifestações hemorrágicas espontâneas, sem repercussão hemodinâmica.
c) Ausência de sinais de alarme.

◗ ATenÇÃO!!!
Os sinais de alarme e o agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de remissão
da febre.
6.3 Grupos C e d
 a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecíficos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
b) Presença de algum sinal de alarme (que caracteriza o Grupo C) e/ou manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes.
c) Presença de sinais de choque (o que caracteriza o Grupo D).
sinais de choque
a) Hipotensão arterial.
b) Pressão arterial convergente (PA diferencial <20mmHg).
c) Extremidades frias, cianose.
d) Pulso rápido e fino.
e) Enchimento capilar lento (>2 segundos).
7 Assistência de enfermagem
.1 Febre
7.1.1 Objetivo
a) Reduzir a temperatura.
b)Avaliar a evolução clínica.
c) Prevenir a convulsão por febre.
d)Proporcionar conforto para o paciente.
7.1.2 Conduta
a) Controle rigoroso de temperatura.
b)Aplicar compressas mornas (nunca fria devido ao risco de vasoconstricção
súbita).
c) Orientar, auxiliar e supervisionar a ingesta de líquidos (oferta de soro oral).

d)Orientar, auxiliar e supervisionar banho com água morna.
e) Atentar para o risco de crise convulsiva (crianças menores de 5 anos, principalmente lactentes).
f) Observar diurese (quantidade, aspecto e cor).
g) Realizar balanço hídrico e hidroeletrolítico.
h)Administrar medicação prescrita.
i) Registrar sinais vitais.
j) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
.2 Cefaléia, dor retroorbitária, mialgias e artralgias
7.2.1 Objetivo
a) Controlar e reduzir a dor.
b) Prevenir complicações.
c) Avaliar a evolução clínica.
d)Proporcionar conforto para o paciente.
7.2.2 Conduta
a) Verificar sinais vitais.
b) Diminuir a luminosidade e ruídos, se possível.
c) Orientar repouso relativo.
d)Estimular a mudança de decúbito.
e) Aplicar a escala de dor para a tomada de conduta.
f) Administrar medicação prescrita.
g) Aplicar protocolo de cuidados de enfermagem com acesso venoso periférico
ou central.
g) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
.3 Prurido
7.3.1 Objetivo
a) Avaliar a evolução clínica.
b)Restabelecer e manter a integridade da pele.
c) Proporcionar conforto para o paciente.
7.3.2 Conduta
a) Auxiliar, orientar e dar banhos com água em temperatura ambiente ou aplicar compressas umedecidas em água na pele do paciente, sem fricção.
b) Manter as unhas aparadas e lixadas.
c) Orientar para a utilização de sabonete neutro.
d)Orientar quanto ao uso de medicação prescrita.
e) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
.4 dor abdominal
7.4.1 Objetivo
a) Avaliar a evolução clínica.
b) Observar evolução para formas graves.
c) Proporcionar alívio à dor.
d)Controlar complicações.
e) Proporcionar conforto ao paciente.
7.4.2 Conduta
a) Realizar exame físico dirigido: localização da dor, distensão abdominal, som
maciço à percussão, edema, presença de defesa abdominal.
b)Aplicar e avaliar a escala de dor (Anexo B).
c) Colocar o paciente em posição confortável, preferencialmente com a cabeceira elevada (semi-Fowler).
d)Auxiliar o paciente em qualquer movimentação.
e) Verificar e avaliar os sinais vitais.
f) Controlar líquidos ingeridos e eliminados.
e) Aplicar protocolo de cuidados de enfermagem com acesso venoso periférico
ou central.
g) Atentar para o risco de choque hipovolêmico*.
h)Administrar a medicação prescrita.
i) Medir a circunferência abdominal para avaliar distensão e edema, hemorragia digestiva alta e baixa (melena), hematúria ou hipermenorréia.
k) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
◗ ATenÇÃO!!!
A dor abdominal é um achado importante que pode anteceder o choque, constituindo um
dos principais sinais de alarme.
. Plaquetopenia
7.5.1 Objetivo
a) Avaliar a evolução clínica.
b) Controle e avaliação de exames de laboratório.
c) Prevenir complicações.
7.5.2 Conduta
a) Realizar exame físico dirigido: verificar edema, petéquias, equimose, hematoma, sangramentos (epistaxe, gengivorragia, metrorragia e outros).
b) Manter o acesso venoso permeável.
c) Controlar a diurese e densidade urinária.
d)Atentar para o risco de choque.
e) Manter cabeceira do leito elevada (semi-Fowler).
f) Providenciar a coleta exames de controle de acordo com a solicitação médica.
g) Notificar ao médico sempre que o resultado da plaqueta for menor ou igual
a 100.000 e o hematócrito maior do que 10% em relação ao valor basal ou
anterior.
h)Verificar sinais vitais.
i) Observar sinais de irritação, agitação, sonolência e convulsão.
j) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
Paciente com hematócrito aumentado em até 10% acima do valor basal ou, na ausência
deste, com as seguintes faixas de valores:
• crianças: ≥ 38% e ≤ 42%
• mulheres: ≥ 40% e ≤ 44%
• homens: ≥ 45% e ≤ 50% e/ou plaquetopenia entre 50 e 100.000 cels/mm3
 e/ou leucopenia <1.000 cels/mm3
anorexia, náuseas e vômitos
7.6.1 Objetivo
a) Acompanhar evolução clínica.
b) Estabelecer e manter o equilíbrio hídrico e hidroeletrolítico.
c) Prevenir complicações.
7.6.2 Conduta
a) Realizar exame físico.
b)Orientar e supervisionar a aceitação da dieta.
c) Aplicar protocolo de cuidados de enfermagem com sonda nasogástrica para
alimentação, se necessário.
d)Estimular a ingesta de soro de reidratação oral (livre demanda em crianças e
em adultos 1/3 do peso corporal, conforme aceitação).
e) Atentar para sinais de hiponatremia e hipocalemia.
f) Incentivar a ingesta de alimentos/frutas ricas em potássio (laranja, banana,
tomate, etc.).
g) Adequar a ingesta de líquidos conforme os hábitos do paciente (chimarrão,
água de coco, etc.).
h)Pesar o paciente diariamente e/ou a cada retorno.
i) Observar e avaliar os sinais e sintomas de desidratação (turgor e elasticidade
da pele reduzidos, diminuição da reserva salivar, pulso filiforme, oligúria ou
anúria, fontanela deprimida e taquicardia).
j) Verificar e avaliar as alterações dos sinais vitais (Anexo A).
k) Realizar e avaliar curva térmica e pressórica.
l) Anotar volume, característica, data, hora do vômito e freqüência.
m)Manter o ambiente livre de odores desagradáveis.
n) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
 sangramentos: gengivorragia, hematêmese,
epistaxe, metrorragia e outros
7.7.1 Objetivo
a) Acompanhar evolução clínica.
b)Reduzir os fatores que contribuem para o sangramento.
c) Prevenir complicações.
7.7.2 Conduta
 a)Identificar e avaliar a ocorrência de sangramento, anotando o local, volume
e as características.
b) Não administrar medicamentos por via intramuscular.
c) Utilizar o dispositivo venoso de acordo com o calibre da veia.
d)Exercer pressão no local da retirada de venopunção até cessar o sangramento ou fazer curativo se necessário.
e) Aplicar bolsa de gelo ou gelo seco sobre a área de venopunção na persistência de sangramento e/ou aplicar compressão direta sobre o local.
f) Verificar sinais vitais.
g) Realizar exame físico dirigido: abdome (dor pélvica, distensão, abdominal,
presença de defesa abdominal) e sinais de choque.
h)Realizar controle hídrico e hidroeletrolítico.
i) Avaliar os exames laboratoriais: plaquetas, tempo de atividade, protrombina,
hematócrito e hemoglobina.
j) Preparar o paciente para a realização de exames complementares (ultra-sonografia), etc.
k) Não aplicar pomadas antitrombolíticas.
l) Aplicar assistência de enfermagem na administração de hemoderivados.
m)Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
7.7.3 Gengivorragia
7.7.3.1 Conduta
a) Orientar a higiene oral com escova de cerdas macias ou “bonecas de gaze”
com movimentos suaves.
b)Orientar bochechos com anti-séptico oral não alcoólico.
c) Evitar a ingestão de alimentos ácidos, duros e quentes; adequar a dieta de
acordo com o estado do paciente e respectiva necessidade calórica.
.4 Epistaxe
7.7.4.1 Conduta
a) Aplicar compressa fria sobre a pirâmide nasal e realizar compressão com o
auxílio de gazes.
b) Manter o paciente sentado ou em posição semi-Fowler.
c) Não realizar hiper-extensão de pescoço.
d)Realizar tamponamento nasal com gazes.
e) Interagir com o profissional médico para avaliação da necessidade de tamponamento nasal posterior.
f) Manter fixação do tamponamento, identificando data, hora e nome do profissional que realizou o procedimento.
g) Avaliar os exames laboratoriais: plaquetas, TAP, hematócrito e hemoglobina.
h)Orientar e supervisionar a não remoção de crostas, coágulos ou sujidades
nasais.
i) Verificar sinais vitais.
j) Observar aspectos de sangramento e sua duração.
k) Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
7.7.5 Hematêmese
7.7.5.1 Conduta
a) Avaliar, orientar e registrar a ocorrência: hora, volume e característica.
b) Verificar e registrar os sinais vitais.
c) Realizar exame físico dirigido: dor e distensão abdominal, abdome em tá-
bua, pele e mucosas e sinais de choque.
d)Posicionar o paciente em Fowler alto.
e) Orientar a higiene oral com escova de cerdas macias ou “bonecas de gaze”
com movimentos suaves.
f) Orientar bochechos com anti-séptico oral não alcoólico.
g) Administrar antiemético conforme prescrição médica.
h)Realizar controle de diurese.
i) Realizar balanço hídrico e hidroeletrolítico.
j) Controlar e avaliar eliminações atentando para: diurese (presença de hematúria, oligúria e anúria), fezes (melena, enterorragia).
k)Investigar fatores desencadeantes (úlcera péptica, cirrose hepática, medicamentos anticoagulantes).
l) Avaliar exames laboratoriais: plaquetas, TAP, hematócrito e hemoglobina.

domingo, 25 de agosto de 2013

RENDIMENTOS DE IMÓVEIS /DIA /AGENTE, POR ATIVIDADES NO COMBATE A DENGUE

As atividades operacionais de campo serão desenvolvidas em uma área de abrangência restrita, denominada zona (área de zoneamento), que corresponderá à área zona  de atuação e responsabilidade de um agente de saúde. Cada zona deverá ter de 800 a 1.000 imóveis. Assim, deverá existir maior vínculo e identificação do agente de saúde pública com a comunidade, onde ele desenvolve o seu trabalho. 

A descentralização das operações de campo deve implicar a incorporação de novas atividades e serviços aos Estados e Municípios, o que, por sua vez, deve determinar o desenvolvimento de novos modelos de organização adequados a cada caso particular, preservando as diretrizes gerais do SUS.


DESENHO DAS ATIVIDADES POR TIPO E RENDIMENTOS 

TIPOS DE DEPÓSITOS (CRIADOUROS DOS MOSQUITOS); NATURAIS, UTEIS E INSERVIVEIS




Tabela de tratamentos para uso de TEMEPHÓS e BTI granulado

Tabela de tratamentos para uso de TEMEPHÓS e BTI granulado


Participação comunitária no combate a Dengue

Participação comunitária

Tradicionalmente, o combate ao Aedes aegypti foi desenvolvido seguindo as diretrizes da erradicação vertical, onde a participação comunitária não era considerada como atividade essencial. No entanto, a abordagem ampla e a participação comunitária são fundamentais e imprescindíveis. Inicialmente, o Programa de Erradicação doAedes aegypti no Brasil (PEAa) propõe (PEAa) que o agente de saúde, que há décadas trabalha para a comunidade, passe agora a traba- para a comunidade
lhar com a comunidade. Esta mudança, se bem conduzida, fará com que a população com a comunidade perceba que o combate ao Aedes aegypti não é só um “programa do Ministério da Saúde” e sim, atividade de interesse comum.
Em cada visita ou inspeção ao imóvel, o agente de saúde deve preocupar-se em realizar sua atividade junto com os moradores, de tal forma que possa compartir informações, tais como:
• No caso de vasos de flores ou plantas, manter o prato que fica sob os vasos sempre seco, podendo utilizar, para isso, areia;
• A água das jarras de flores deve ser trocada duas vezes por semana e a jarra bem lavada para eliminar os ovos de Aedes aegypti que possam estar aderidos às paredes. Esta recomendação é válida para áreas que não estejam sob tratamento focal;
• O cultivo de plantas em vasos com água deve ser evitado, se possível enchendo-se o vaso com terra ou areia;
• Toda vasilha de lata deve ser furada antes de ser descartada, para que não acumule água, sendo colocadas em lixeiras tampadas;
• Todos os objetos que podem acumular água de chuva (copinhos plásticos, tampas de refrigerantes, cascas de coco) devem ser esvaziados e, se inservíveis, acondicionados em lixeira ou enterrados;
• As garrafas vazias devem ser guardadas de cabeça para baixo em locais cobertos;
• Os bebedouros de aves e animais devem ter sua água trocada pelo menos uma vez por semana, após serem lavados com escova;
• Os pneus velhos devem ser furados para escoar a água de chuva e, se possível, guardados em local coberto. Se inservíveis, o melhor destino é o lixo;
• Os poços, tambores e outros depósitos de água devem estar sempre tampados;
• As caixas d’água e cisternas dos prédios devem ser limpas com freqüência e mantidas cobertas;
• As calhas e piscinas devem ser mantidas limpas;
• O lixo não deve ser jogado em terrenos baldios;
• Deve-se manter o lixo tampado.
O agente de saúde deve transmitir as informações de que dispõe e discutir as soluções possíveis com o morador, que pode oferecer alternativas novas e adequadas às suas possibilidades.
Na próxima visita ao mesmo imóvel, o agente de saúde deverá avaliar o quanto foi produtivo e conseqüente o contato anterior.

Controle biológico e manejo ambiental no combate a Dengue

Controle biológico e manejo ambiental
O controle de vetores em uma concepção atualizada procura contemplar idéias de integração de métodos e estratégias. Entende-se dentro desse princípio que se devem trabalhar racionalmente diversos métodos dentro de um enfoque ecológico. No combate ao
Aedes aegypti, o PEAa procura trabalhar essa abordagem juntamente com a concepção da descentralização. Nesse contexto, são abordadas de maneira sucinta algumas formas de
manejo, principalmente de manejo ambiental e biológico, já que o controle químico tem um capítulo próprio neste Manual.

13.1. Controle biológico

O controle biológico existe na natureza, reduzindo naturalmente a população de mosquitos através da predação, do parasitismo, da competição e de agentes patógenos
que produzem enfermidades e toxinas. Atualmente, existem pesquisas no sentido de utilizar o controle biológico, que teria a grande vantagem de minimizar os danos ambientais que os
inseticidas comuns podem causar. Algumas pesquisas estão sendo feitas com base no uso de algumas espécies predadoras (peixes larvófagos, copépodos), parasitas (nematóides) e patógenos (protozoários – microsporídios , Bacillus produtores de toxinas, fungos e vírus).
Estes últimos, agem como inseticidas de natureza biológica, padrão que foge ao mecanismo clássico da regulação biológica.
Nessa concepção de larvicidas biológicos, temos hoje produtos comerciais à base de Bacillus thuringiensis sub.sp. israelensis (Bti), com boa atividade contra larvas de Bti Aedes e
o Bacillus sphaericus, para larvas de Anopheles e Culex. Ambos apresentam boa atividade contra larvas de várias espécies de culicíneos. Apesar dos avanços nessa área de controle,
ainda há muitos impedimentos quanto ao uso desses métodos em grande escala na prática operacional de rotina, considerando os custos, o baixo efeito residual, e a intolerância à exposição direta da luz solar.
O uso de peixes larvófagos tem sido difundido em várias partes do mundo no controle de doenças como a malária e o dengue, além de outras doenças ou incômodos também causados por mosquitos.
Espécies apropriadas de peixes apresentam usualmente as seguintes características:
• Preferência por larvas de mosquitos maior do que outros tipos de alimentos localizados na superfície da agua;
• Tamanho reduzido para permitir o acesso superficial na água e penetração entre
a vegetação;
• Tolerância à poluição, salinidade, temperatura variáveis e transporte.
Para esse fim, devem ser utilizados peixes originários da região onde o controle é realizado.
São exemplos:
Peixes do gênero Poeciliidae e Cyprinodontidae. Algumas dessas espécies têm sido usadas com sucesso em vários países (Gambusia affinis) e o Guppy (Poecilia reticulata). O Gambusia é muito eficiente em água limpa enquanto o Poecilia (lebiste) tolera altas temperaturas e pode ser usado com sucesso em águas poluídas organicamente.

Estratificação entomo-epidemiológica do município

. Estratificação entomo-epidemiológica dos municípios
A estratificação dos municípios para efeito operacional do PEAa fae-se-á segundo o enfoque de risco com base em dados entomo-epidemiológicos.

Estrato I: áreas com transmissão de dengue clássico pelo menos por dois anos Estrato I: consecutivos ou não, com circulação simultânea ou sucedânea de mais de um sorotipo, com risco de ocorrência da febre hemorrágica por dengue, e/ou ocorrência de casos de FHD.

• Estrato II: áreas com transmissão de dengue clássico. Estrato II: 

• Estrato III: áreas infestadas pelo Estrato III: Aedes aegypti.

• Estrato IV: áreas não infestadas (sem o vetor). : 

8.1. Desenho de operação para os estratos

8.1.1. Municípios infestados (estratos I, II e III):

• Levantamento de índice amostral e tratamento focal em ciclos bimensais.
• Pesquisa entomológica nos pontos estratégicos em ciclos quinzenais, com tratamento químico mensal, ou quando necessário.
• Atividades de informação, educação e comunicação em saúde (IEC), buscando a conscientização e participação comunitária na promoção do saneamento domiciliar.
• Arrastão de limpeza em municípios ou bairros visando à eliminação ou remoção dos depósitos predominantes.
• Regularização da coleta pública de lixo.
• Bloqueio da transmissão de dengue (quando necessário).
8.1.2. Município não infestado (estrato IV):
• Levantamento de índice amostral em ciclos quadrimensais; quadrimensais
• Pesquisa entomológica nos pontos estratégicos em ciclos quinzenais. quinzenais
• Pesquisa entomológica com ovitrampas ou larvitrampas em ciclos semanais.
• Atividades de IEC, buscando a conscientização e participação comunitária na promoção do saneamento domiciliar.
• Regularização da coleta pública de lixo.
• Serviço marítimo ou fluvial e serviço portuário nas cidades portuárias que mantenham intercâmbio com áreas infestadas, por meio de embarcações.
• Delimitação de foco (quando necessário).
Em todos os municípios, independentemente do estrato, recomenda-se que sejam
sempre priorizadas no programa as intervenções de busca e eliminação de focos do vetor,
e educação em saúde, que são as medidas de maior impacto na redução das populações do mosquitos.
8.1.3. Bloqueio de transmissão
Nas localidades infestadas far-se-á o bloqueio da transmissão de dengue, após  Neste caso, será feita a aplicação de inseticida em UBV, sempre concomitante com as medidas de controle larvário, nas seguintes situações:
• Em áreas onde a transmissão de dengue (casos autóctones) já tenha sido confirmada por isolamento de vírus ou sorologia.
• Quando da notificação de caso suspeito procedente de região ou país onde esteja ocorrendo a transmissão por um sorotipo não circulante naquele município.
• Quando da confirmação de caso importado em município do estrato III.
Nestas situações deverá ser realizado o controle larvário com eliminação e tratamento de focos, concomitante com a utilização de equipamentos de UBV portáteis para nebulização domiciliar nas áreas de transmissão focais delimitadas (no mínimo nove quarteirões em torno do caso) em apenas um ciclo. Se necessário complementar o bloqueio da
transmissão com UBV pesado na área delimitada em ciclos semanaisinvestigação epidemiológica conclusiva acerca do sorotipo viral circulante.

Dengue

Dengue
É doença febril aguda caracterizada, em sua forma clássica, por dores musculares e articulares intensas. Tem como agente um arbovírus do gênero Flavivírus da família Flaviviridae, do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles confere proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e
temporária contra os outros três. Trata-se, caracteristicamente, de enfermidade de áreas tropicais e subtropicais, onde as condições do ambiente favorecem o desenvolvimento dos vetores. Várias espécies de mosquitos do gênero Aedes podem servir como transmissores do vírus do dengue. No Brasil, duas delas estão hoje instaladas: Aedes aegypti e Aedes albopictus... A transmissão ocorre quando a fêmea da espécie vetora se contamina ao picar um indivíduo infectado que se encontra na fase virêmica da doença, tornando-se, após um FUNASA
período de 10 a 14 dias, capaz de transmitir o vírus por toda sua vida através de suas picadas.  As infeções pelo vírus do dengue causam desde a forma clássica (sintomática ou assintomática) à febre hemorrágica do dengue (FHD). Na forma clássica é doença de baixa letalidade, mesmo sem tratamento específico. No entanto, incapacita temporariamente as pessoas para o trabalho. Na febre hemorrágica do dengue a febre é alta, com manifestações hemorrágicas,
hepatomegalia e insuficiência circulatória. A letalidade é significativamente maior do que na forma clássica, dependendo da capacidade de atendimento médico-hospitalar da localidade.
Os primeiros relatos históricos sobre dengue no mundo mencionam a Ilha de Java, em 1779. Nas Américas, a doença é relatada há mais de 200 anos, com epidemias no Caribe e nos Estados Unidos.
No Brasil, há referências de epidemias por dengue desde 1923, em Niterói/RJ, sem confirmação laboratorial. A primeira epidemia com confirmação laboratorial foi em 1982, em Boa Vista (RR), sendo isolados os virus DEN-1 e DEN-4. A partir de 1986, em vários
Estados da Federação, epidemias de dengue clássico têm ocorrido, com isolamento de vírus DEN-1 e DEN-2.

Noções básicas sobre febre amarela e dengue

1. Noções sobre febre amarela e dengue

1.1. Febre amarela
A febre amarela é doença febril aguda, de curta duração, de natureza viral, com gravidade variável, encontrada em países da África, das Américas Central e do Sul. A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar o paciente à morte em no máximo 12 dias. É causada por um arbovírus pertencente ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae.
A transmissão se faz através da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti (febre amarela urbana) e várias espécies de Haemagogus (febre amarela silvestre).
Na forma urbana, que não ocorre no país desde 1942, o vírus é transmitido pela
picada de Aedes aegypti (ciclo homem-mosquito-homem);
Na forma silvestre, a transmissão se faz de um macaco infectado para o homem, através da picada de mosquitos Haemagogus (ciclo macaco-mosquito-homem). A febre amarela silvestre na realidade é uma zoonose, doença própria de animais que passa para o homem. O homem não imunizado se infecta de forma acidental ao ingressar em matas onde o vírus está circulando entre os macacos.
As formas urbana e silvestre diferem apenas epidemiologicamente, não existindo diferenças etiológicas, clínicas, histopatológicas ou laboratoriais.
® Febre amarela silvestre: descrita no Brasil em 1937, estando ainda presente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e faixa pré-amazônica maranhense.
® Febre amarela urbana: é conhecida no Brasil desde 1685, ano de registro da
primeira epidemia, em Recife. Foi responsável por muitos óbitos e perdas de natureza econômica e social. Ocorre em forma epidêmica, com alta letalidade,
nos casos que evoluem para formas graves (com hemorragias e icterícia). O último caso descrito foi em 1942, em Sena Madureira, Acre.

O combate ao Aedes aegypti no Brasil

O combate ao Aedes aegypti no Brasil foi institucionalizado de forma sistematizada, a partir do século XIX, quando diversas epidemias de febre amarela urbana ocorriam no país, levando à morte milhares de pessoas.
Desde a criação do Serviço Nacional de Febre Amarela (SNFA), em 1946, diversos manuais e guias foram produzidos, com instruções para o controle do vetor. A última edição foi feita em 1986, já pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM), que sucedeu ao Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) que, por sua vez, incorporou o SNFA (1956).
As normas aqui contidas não representam apenas mais uma revisão, mas, sobretudo, trazem importantes mudanças na forma, modelo e tecnologia de controle para erradicação do vetor da febre amarela urbana e dengue. Durante décadas, trabalhou-se na perspectiva da erradicação do Aedes aegypti, tendo-se conseguido êxito por duas vezes. ,
Entretanto, falhas na manutenção possibilitaram a ampla dispersão do vetor. A atual situa- ação epidemiológica levou o governo brasileiro a aprovar o PEAa, elaborado por técnicos brasileiros, com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa) nasceu em 1996, com data
prevista para início de execução em março de 1997. O Decreto nº 1.934, de 18/06/96, criou a Comissão Executiva Nacional e a Portaria Ministerial nº 1.298, de 27/06/96, criou a Secretaria Executiva do Plano, vinculada ao Gabinete do Ministro da Saúde. O PEAa incorporou novas práticas e conceitos da erradicação e também princípios do SUS, como a
descentralização da política e das ações de controle do vetor para Estados e Municípios, alterando o modelo atual vigente de gestão centralizada e verticalizada, de prestação de serviço segmentada por procedimentos e equipes específicas para cada doença.
Este manual é conseqüência da necessidade de implantação do Programa de Erradicação do Aedes aegypti no Brasil, produto de amplo e prolongado processo de discussão entre o pessoal técnico envolvido nas atividades do Programa de Controle da Febre Amarela e Dengue, (PCFAD), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Conselho
Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) e outros técnicos especializados em diversas áreas.

sábado, 24 de agosto de 2013

Atribuições dos Agentes de Saúde,Supervisor e Supervisor geral no combate à Dengue 2013

Divisão de Controle de Endemias Ji Paraná Ro
Denuncie Dengue: Você é a arma principal de combate a Dengue...

ADMINISTRAÇÃO: (69) 3424 3029 E 3424 6301
DENÚNCIA: 0800 6424554
EMAIL: DCEJIPA@GMAIL.COM
ENDEREÇO:
RUA MANOEL FRANCO Nº 1832 BAIRRO NOVA BRASILIA JI PARANA RONDÔNIA

Organização das operações de campo

As atividades operacionais de campo será o desenvolvidas em uma  Área de
Abrangência restrita, denominada zona (Área de zoneamento), que corresponder à Área zona de atuação e responsabilidade de um agente de saúde. Cada zona deverá ter de 800 a 1.000 imóveis. Assim, deverá existir maior vínculo e identificação do agente de saúde
publica com a comunidade, onde ele desenvolve o seu trabalho.
A descentralização das operações de campo deve implicar a incorporação de novas atividades e serviços aos Estados e Municípios, o que, por sua vez, deve determinar o desenvolvimento de novos modelos de organização adequados a cada caso particular, preservando as diretrizes gerais do SUS.

Atribuições:

Agente de saúde

Na organização das atividades de campo o agente  o responsável por uma zona fixa de 800 a 1.000 imóveis, visitados em ciclos bimensais nos municípios infestados por Aedes aegypti. Ele tem como obrigação básica: descobrir focos, destruir e evitar a formação de criadouros, impedir a reprodução de focos e orientar a comunidade com ações educativas.
Suas atribuições no combate aos vetores são:
• Realizar a pesquisa larvária em imóveis para levantamento de índice e descobrimento de focos nos imóveis e pontos estratégicos no município.
• Realizar a eliminação de criadouros tendo como método de primeira escolha o controle mecânico (remoção, destruição, vedação, etc.);
• Executar o tratamento focal e perifocal como medida complementar ao controle mecânico, aplicando larvicidas autorizados conforme orientação técnica;
• Orientar a população com relação aos meios de evitar a proliferação dos vetores;
• Utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual indicados para
cada situação;
• Repassar ao supervisor da Área os problemas de maior grau de complexidade
não solucionados;
• Manter atualizado o cadastro de imóveis e pontos estratégicos da sua zona;
• Registrar as informações referentes às atividades executadas nos formulários Específicos;
• Deixar seu itinerário diário de trabalho no posto de abastecimento (PA);
• Encaminhar aos serviços de saúde os casos suspeitos de dengue.

Supervisor

É o responsável pelo trabalho realizado pelos agentes de saúde, sob sua orientação. É também o elemento de ligação entre os seus agentes, o supervisor geral e a coordenação dos trabalhos de campo.
Tem como principais atribuições:
• Acompanhamento das programações, quanto a sua execução, tendo em vista não só a produção mas também a qualidade do trabalho;

Supervisor geral

O supervisor  geral e o servidor de campo ao qual se atribui maior responsabilidade na execução das atividades. É o responsável pelo planejamento, acompanhamento, Supervisão e avaliação das atividades operacionais de campo. As suas atividades exigem não só o integral conhecimento de todos os recursos técnicos empregados no combate ao Aedes aegypti mas, ainda, capacidade de discernimento na solução de situações não previstas e muitas vezes emergenciais. Ele é responsável por uma equipe de cinco supervisores. São funções do supervisor-geral:

• Participar da elaboração do planejamento das atividades para o combate ao vetor;
• Elaborar, juntamente com os supervisores de Área, a programação de supervisão das localidades sob sua responsabilidade;
• Supervisionar e acompanhar as atividades desenvolvidas nas áreas;
• Elaborar relatórios mensais sobre os trabalhos de supervisão realizados e
Encaminhá-los ao coordenador municipal do programa;
• Dar suporte necessário para suprir as necessidades de insumos, equipamentos e Instrumentais de campo; Participar da organização e execução de treinamentos e reciclagens do pessoal de campo;
• Avaliar, juntamente com os supervisores de Áreas, o desenvolvimento das atividades nas suas Áreas, com relação o cumprimento de metas e qualidade das ações empregadas;
• Participar das avaliações de resultados de programas no município;
• Trabalhar em parceria com entidades que possam contribuir com as atividades de campo nas suas Áreas de trabalho;

• Implementar e coordenar ações que possam solucionar situações não previstas ou consideradas de emergência.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A MUDANÇA!!

Blog: do Servidor Público do Brasil

Este Blogger quer reiterar a gratidão e o respeito que sempre dedicam ao serviço público. Respeito expresso no diálogo, na transparência, no incentivo à qualificação e ao profissionalismo. O objetivo deste, e para abrir espaço democrático e transparente à todos os interessados em discutir os Direitos Humanos e atuação dos políticos brasileiros. (http://www.youtube.com/user/MsMadrugao) (waldyr.madruga4@gmail.com)

A MUDANÇA!!

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?
- Ainda bem que esse infeliz morreu!
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos:  

"Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um ESPELHO e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA, QUANDO SEU(SUA) ESPOSA OU MARIDO MUDAM. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "VOCÊ MUDA".

ENTÃO MUDE E AJUDE ALGUÉM A MUDAR!!!



“Madruga”

terça-feira, 20 de agosto de 2013

CONVOCAÇÃO do Advogado Wolmy Barbosa de Freitas 2013

CONVOCAÇÃO 
O Advogado  Wolmy Barbosa de Freitas, no uso das atribuições que lhe confere as ações processuais, convoca  todos os servidores da Ex. Sucam que tenham ação com  Advogado acima mencionado,Para uma Reunião Extraordinária que, será realizado no dia 09 de Setembro de 2013 (segunda-feira), às 15:00 horas, no pátio da Divisão de controle de Endemias, para informes  e deliberar sobre a seguinte pauta:
01.INFORMES;
02.  Ação por Danos  Moraes ” DDT”
03.Outros assuntos processual.


Ji-Paraná, 21 de Agosto de 2013.

Grato; Valdir Madruga


DIVISÃO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ ESTADO DE RONDÔNIA - PRESENTE NA VI - SEMANA DA CIDADANIA DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL TANCREDO DE ALMEIDA NEVES.

A diretora da divisão de educação permanente em saúde pública da Secretaria Municipal de Saúde do município de Ji-Paraná estado de Rondônia, Vilma Lima, agradece e apresenta a todos os visitantes do BLOG da divisão de controle de endemias de Ji-Paraná. O maravilhoso trabalho de prevenção da dengue realizado em todos os segmentos de ensino educacional do município. Dentre estes destacamos a Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo de Almeida Neves, localizado na Rua Xapuri, 1866, bairro Riachuelo, fone: 3423.4006. Diretor: Paulo Roberto Pires, Vice Diretora: Vasty Gomes Moreira.
Com o objetivo precípuo de controlar ou porque não dizer de erradicar o mosquito transmissor da dengue, o famoso Aedes aegypti no município de Ji-Paraná, a Secretaria Municipal de Saúde através da Divisão de Educação Permanente em Saúde, realiza anualmente no município atividades educativas de prevenção e mobilização social no combate a dengue, Os serviços de saúde pública prestados visam atingir todos os segmentos institucionais e não institucionais do município. Temos como principal parceiros os profissionais da rede de ensino, presidentes de associações,entidades religiosas e filantrópicas e demais órgãos.Registramos aqui o nosso cordial agradecimento a toda a população do município de Ji-Paraná, pelo apoio e bom recebimento das ações a eles direcionadas no combate ao mosquito transmissor da dengue. 
  

Atividades educativas realizadas: palestra, oficina, video, teatro, rep, paródia, jogral, poesia entre outras.












































































DRAMATIZAÇÃO: PROFESSORES DA ESCOLA TANCREDO A. NEVES 





VICE DIRETORA  VASTY GOMES MOREIRA




VOCÊS FAZEM A DIFERENÇA!!!
PARABÉNS A VICE DIRETORA NOTA 10 -VASTY GOMES MOREIRA E TODOS OS PROFESSORES NOTA - 10.

PARABÉNS QUERIDOS ALUNOS NOTA 10 !!!!.